sábado, 14 de dezembro de 2024

Turismo e aviação – o problema do sobreturismo

 

Sobreturismo em Veneza

Estamos em Sófia, a capital da Bulgária, na conferência de aviação AviationEvent. Discute-se a aviação, aeroportos e turismo. Aqui no Leste da Europa ainda não se fala de overtourism (sobreturismo), como em Portugal e Espanha. Aqui, ainda se tenta atrair touristas, nalguns casos, manter o interesse turístico pela cidade, pela região, pelo país.

Este fenómeno é visto como algo negativo para as comunidades, apesar de criar uma grande valorização para esses locais. Qual será, porém, a melhor aproximação ao tema? Queremos turismo ou mais turismo, mas como não cair no overtourism? Na Europa de Leste, ainda ninguém de queixa de sobreturismo. Para Sergiu Manea, presidente da Associação dos Empregadores da Indústria de Turismo da Moldova, e para Denitsa Milosavljevic, diretora do Departamento de Desenvolvimento do Negócio da Aviação, os esforços estão dirigidos para a atração de turistas. Trabalham de mão dadas com os aeroportos e outras infraestruturas e desenvolvem campanhas de marketing, criando narrativas atraentes.

Denitsa Milosavljevic sabe que são as companhias de aviação, normalmente as companhias de baixo custo, que criam a procura. A maioria dos aeroportos servidos por estas companhias pagam-lhes para elas voarem para lá (ou para que mantenham as rotas). As companhias de baixo custo têm feito um bom trabalho na criação de interesse por um destino. Tal como Owain Jones, chief corporate affairs officer da Wizz Air, referiu “Estamos a crescer em Sófia e Sófia está a crescer connosco”. Este fenómeno já aconteceu em Cluj, em Quixinau e noutras cidades do leste europeu (e não só).

Para Andreas Papatheodorou, professor de Economia Industrial e Espacial e diretor do departamento de Turismo da Universidade do Egeu, tudo tem de andar de mãos dadas: infraestrutura – marketing - cidades – companhias de aviação. O turista quer experiências completas sem problemas, seamless como dizem os anglo-saxões. Mas para que tudo funcione bem tem de haver inclusão de todas partes interessadas, incluindo as populações locais. E para que não se caia no exagero, no overtourism, as autoridades locais têm de ver além, e pensar noutros destinos. Um exemplo que Martina Groenegres, ex-diretora do Lufthansa City Center International, contou a experiência de boas práticas que teve este ano no nosso país. Estava a planear fazer o congresso das agências de viagens alemãs em Lisboa. O Turismo de Portugal disse que só apoiaria o congresso se fosse fora de um dos grandes centros e propôs Braga. A sugestão foi aceite – e os organizadores ficaram entusiasmados com a alteração, tendo continuado a promover as infraestruturas do Norte de Portugal e ficando a conhecer (e com vontade de integrar em programas turísticos futuros) uma região desconhecida e que nem tinha sido tida em consideração.

Todos os peritos presentes em Sófia estavam de acordo que não se pode cair no sobreturismo, que para tal é preciso ver além e promover regiões em vez de cidades, tal como se tem feito com a cooperação doe Alentejo com a Extremadura espanhola. Ou, como referiu Sergiu Manea, um pacote para visitar Iasi, na Roménia, Quixinau, na Moldova e Odessa, na Ucrânia. Pretende dar-se ao turista a possibilidade de visitar mais países numa só viagem, onde, porém, tudo tem de funcionar: aeroportos, comboios, estradas. Um plano que parecia interessante e que ficou parado por causa da guerra, mas que não foi abandonado.

 

 

 

 

Korean Air adquire uma participação de 63,88% na Asiana Airlines

 


A Korean Air concluiu a aquisição da Asiana Airlines, quatro anos após ter anunciado a sua decisão em 16 de novembro de 2020.

Em 12 de dezembro, a Korean Air adquiriu 131 578 947 ações recentemente emitidas da Asiana Airlines, o que representa uma participação de 63,88% e torna a Asiana Airlines uma filial da Korean Air.

A Asiana Airlines realizará uma assembleia geral extraordinária de acionistas em 16 de janeiro para nomear os novos administradores nomeados pela Korean Air.

A Korean Air planeia concluir a integração com a Asiana Airlines no prazo de dois anos. A estratégia de integração inclui a otimização da rede através da diversificação dos horários de voo em rotas que se sobrepõem, a expansão dos serviços para novos destinos e o reforço dos investimentos na segurança. A fusão tem por objetivo reforçar a competitividade do sector da aviação nacional, melhorar as capacidades do aeroporto de Incheon e expandir o alcance da rede global.

A integração será efetuada sem reestruturação do pessoal. A organização combinada projeta um crescimento natural do pessoal através da expansão do negócio, sendo os empregados com funções sobrepostas reafectados dentro da organização.

A estrutura do programa integrado de passageiro frequente será apresentada à Comissão de Comércio Justo da Coreia até junho de 2025. Os detalhes do programa serão comunicados aos clientes após a revisão regulamentar.

A aquisição representa um marco estratégico para o sector da aviação da Coreia. A Korean Air continuará a implementar medidas para reforçar as capacidades de aviação do país e melhorar a sua posição competitiva no mercado global.

Servindo o mundo há mais de 55 anos, a Korean Air é uma das 20 maiores companhias aéreas do mundo, transportando mais de 27 milhões de passageiros em 2019, antes da COVID. Com o seu hub global no Aeroporto Internacional de Incheon (ICN), a companhia aérea serve 115 cidades em 40 países em cinco continentes

 

 

Cronologia da aquisição da Asiana Airlines pela Korean Air

16 de novembro de 2020 - O Hanjin Group anuncia a decisão de adquirir a Asiana Airlines

17 de novembro de 2020 - Acordo de investimento assinado pela Hanjin KAL, pelo Korea Development Bank e pelos acionistas associados

Acordo de aquisição de obrigações permutáveis assinado pela Hanjin KAL e pelo Korea Development Bank

Acordo de aquisição de novas ações assinado pela Korean Air e pela Asiana Airlines

Acordo de aquisição de obrigações perpétuas assinado pela Korean Air e a Asiana Airlines

14 de janeiro de 2021 - A Korean Air apresenta relatórios sobre a concentração de atividades à Comissão de Comércio Justo da Coreia e a 13 autoridades da concorrência estrangeiras

4 de fevereiro de 2021 -  A Autoridade da Concorrência turca aprova a concentração

4 de maio de 2021 - A Comissão de Comércio Justo de Taiwan aprova a concentração

20 de maio de 2021 - O Gabinete da Comissão de Concorrência Comercial da Tailândia conclui a análise

25 de maio de 2021 - A Comissão da Concorrência das Filipinas conclui a sua análise

9 de setembro de 2021 - A Comissão da Aviação da Malásia aprova a concentração

11 de novembro de 2021 - O Ministério da Indústria e do Comércio do Vietname aprova a concentração

8 de fevereiro de 2022 - A Comissão da Concorrência e dos Consumidores de Singapura aprova a concentração

21 de fevereiro de 2022 - A Comissão de Comércio Justo da Coreia concede uma aprovação condicional da concentração

1 de setembro de 2022 - A Comissão da Concorrência e dos Consumidores da Austrália aprova a concentração

26 de dezembro de 2022 - O Ministério do Comércio da República Popular da China aprova a concentração

1 de março de 2023 - A Autoridade da Concorrência e dos Mercados do Reino Unido aprova a concentração

31 de janeiro de 2024 - A Comissão de Comércio Justo do Japão aprova a concentração

13 de fevereiro de 2024 - A Comissão Europeia concede aprovação condicional à concentração

maio de 2024 A Korean Air inicia a transferência das rotas europeias para a T'way Air

junho de 2024 - Air Incheon selecionada como proponente preferencial para o negócio de cargueiros da Asiana

agosto de 2024 - Assinatura do acordo-quadro relativo à venda da atividade de transporte de carga da Asiana

26 de novembro de 2024 - A Korean Air apresenta o calendário de aquisição das ações da Asiana Airlines ao Departamento de Justiça dos EUA

28 de novembro de 2024 - A Comissão Europeia aprova a fusão

12 de dezembro de 2024 - A Korean Air adquire 63,88% de participação na Asiana Airlines

 

 

 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

MSC CRUZEIROS OFERECE 21 CRUZEIROS COM PARTIDA E CHEGADA A LISBOA NO VERÃO 2025

 



 

A MSC Cruzeiros voltará a ter cruzeiros para todos os gostos. Em 2025, será possível embarcar em Lisboa, descobrir a beleza das Caraíbas e do Mediterrâneo ou do Norte da Europa - a MSC Cruzeiros oferece uma enorme variedade de cruzeiros diferentes. 

CRUZEIROS PORTUGUESES E MSC WORLD AMERICA

O grande destaque do Verão 2025 são os 18 cruzeiros de 10 noites com embarque e desembarque em Lisboa durante todo o Verão, a que se junta um cruzeiro com embarque e desembarque na capital, de 12 noites, e ainda dois mini-cruzeiros, um com embarque em Lisboa e desembarque em Génova e outro com embarque em Génova e desembarque em Lisboa. 

O MSC Musica realizará, do final de Abril até Novembro de 2025, itinerários com partida e/ou chegada a Lisboa com passagens por Génova (Itália), Marselha (França), Málaga (Espanha), Cádis (Espanha), Alicante, Mahón (Espanha) e Olbia (Itália). 

Preparando o terreno para o Verão, o novíssimo navio para 2025, MSC World America, fará a sua temporada inaugural de Verão nas Caraíbas. Atracado no novo terminal da MSC Cruzeiros em PortMiami, oferece um acesso inigualável aos destinos mais procurados das Caraíbas, através de uma variedade de cruzeiros de 7 noites que incluem escalas na República Dominicana, Porto Rico, México e muito mais, incluindo a ilha privada da MSC Cruzeiros, Ocean Cay MSC Marine Reserve (Bahamas). O itinerário oferece acesso a culturas deslumbrantes e praias imaculadas, emolduradas por mares azul-turquesa cristalinos num navio impressionante e moderno. 

Um novo mundo de cruzeiros, o MSC World America baseia-se no design futurista e na excelente experiência dos passageiros a bordo do seu navio irmão MSC World Europa, com o novo navio adaptado especificamente para a América do Norte, com novos locais e conceitos que certamente irão encantar.

 

UMA FUGA PELO MEDITERRÂNEO COMO NENHUMA OUTRA

A MSC Cruzeiros é conhecida pelos seus itinerários no Mediterrâneo. 

O MSC World Europa convidará os passageiros a explorar algumas das cidades europeias com cruzeiros de 7 noites partindo de Barcelona para Génova, Nápoles, Messina (Itália), Valletta (Malta) e Marselha (França). 

O deslumbrante MSC Seaview partirá todos os sábados de Barcelona, oferecendo um itinerário para quem procura sol, com destinos como Cannes (França), Génova, La Spezia para Cinque Terre e Florença, Civitavecchia para Roma (Itália) e Palma de Mallorca (Espanha). Para não ficar para trás, o seu navio irmão, o MSC Seaside, oferecerá uma viagem desde Barcelona (Espanha) para La Goulette (Tunísia), Palermo, Nápoles, Livorno para Florença e Pisa (Itália) e Marselha para Provença (França).

De Maio a Setembro de 2025, o MSC Magnifica irá oferecer um itinerário de 7 noites no Mediterrâneo Ocidental durante a sua temporada de Verão com partida de Barcelona que inclui visitas a destinos como Marselha, La Spezia, Nápoles, Palermo e Valleta, em Malta.

Continuando a seleção de itinerários populares, o MSC Grandiosa partirá de Valência todos os sábados, oferecendo aos passageiros pausas em Civitavecchia, Génova, Palermo (Itália), Ibiza) e Marselha (França).  Ainda com partida de Valência, o MSC Splendida vai disponibilizar um itinerário de 7 noites com escala em Livorno, Civitavecchia, Génova, Marselha e Tarragona.

Com partida de Civitavecchia para Roma, o MSC Divina oferecerá cruzeiros de 7 noites para os passageiros explorarem as extraordinárias maravilhas da Grécia com escalas em Míconos e Santorini, bem como outros belos destinos, incluindo Kusadasi/Éfeso (Turquia) e Nápoles. A MSC Cruzeiros terá nos itinerários realizados pelo MSC Divina, um Pacote Especial Cruzeiro e Voos de Lisboa para Roma e de regresso a Lisboa, a que acrescem os transferes e o cruzeiro.

 

Tanto o MSC Lirica como o MSC Armonia oferecerão itinerários de 7 noites com partida da encantadora cidade de Veneza-Marghera (Itália), incluindo escalas em várias cidades em Itália e na Grécia. Para além disso, o MSC Lirica também fará escala na cidade velha de Kotor (Montenegro), enquanto o MSC Armonia fará escala na cidade costeira de Split (Croácia). O MSC Opera também partirá de Veneza-Marghera, num itinerário de 7 noites para destinos como Dubronvik (Croácia), Corfu (Grécia), Kotor (Montenegro), Bari (Itália) e Zadar (Croácia). Nos itinerários realizados pelo MSC Armonia, MSC Lirica e MSC Opera com partida de Veneza, a MSC Cruzeiros terá disponível o Pacote Especial Cruzeiro e Voos de Lisboa para Veneza e regresso a Lisboa. 

Com embarques em Pireus a bordo do MSC Sinfonia, o navio fará ainda escalas em destinos gregos, ao longo de 7 noites - Santorini, Katakolon/Olimpia, Corfu, Cefalonia/Argostoli e Bari. Os passageiros poderão também desfrutar do Pacote Especial Cruzeiro e Voos de Lisboa para Atenas para este itinerário. 

Com itinerários de 9 noites, o MSC Fantasia realizará partidas de Trieste (Itália) para explorar destinos, incluindo Katakolon, Pireus (Grécia), Kusadasi, Istambul (Turquia), Corfu (Grécia), Bari e Trieste (Itália). Para este itinerário, a MSC Cruzeiros terá também disponível o Pacote Especial Cruzeiro e Voos de Lisboa para Veneza.



O NORTE DA EUROPA ESPERA POR SI 

O MSC Euribia terá como porto de embarque Kiel (Alemanha), oferecendo itinerários de 7 noites, para explorar a capital da Dinamarca, Copenhaga, antes de se aventurar para Norte até aos fiordes Noruegueses, com escalas nos Fiordes Patrimoniais na área de Hellesylt/Geiranger, Alesund, e uma navegação panorâmica através de Nordfjordeid ou Molde Fjord a caminho da vila de Flaam. 

O MSC Poesia partirá de Copenhaga com partidas todos os domingos a partir de Maio de 2025, oferecendo uma rotação de itinerários de 7 noites pelos Fiordes e pelo Báltico com visitas a destinos populares, tais como Warnemunde, Stavanger/Lysefjord, Eidfjord, Kristiansand e Oslo (Noruega) e Copenhaga (Dinamarca) no itinerário dos fiordes e Gydnia/Gdansk-Danzig (Polónia), Klaipeda (Lituânia), Riga (Letónia), Estocolmo (Suécia) na rota do Báltico. 

Nestes itinerários, a MSC Cruzeiros disponibiliza o Pacote Especial Cruzeiro e Voos inclui voos de Lisboa para Hamburgo e Copenhaga e de regresso, a que acrescem os transferes e o cruzeiro. 

O MSC Virtuosa terá como porto de embarque Southampton, oferecendo aos passageiros uma escolha de itinerários de 2 a 14 noites que exploram os fiordes, as cidades das Pérolas do Norte, as Ilhas Canárias, a costa atlântica da Europa e o Mediterrâneo. 

Os passageiros que procuram um cruzeiro um pouco mais longo podem optar pelo MSC Preziosa que parte de Hamburgo (Alemanha), oferecendo itinerários com duração entre 10 e 14 noites. Apresentando as maravilhas da Noruega, incluindo os fiordes, Honningsvag e Tromso ou cruzeiros na Islândia com pernoitas em Reiquejavique, Isafjordur, Akureyri, bem como nas Ilhas Orkney e Shetland no Reino Unido, o MSC Preziosa oferece aos aventureiros uma série de oportunidades para descobrir os segredos do Norte. Outros itinerários destacarão a Ilha Esmeralda, com escalas em Cork (Irlanda), Belfast (Irlanda do Norte), Liverpool (Inglaterra) e Greenock para Glasgow (Escócia).


 

AVENTURA NAS CARAÍBAS

Para além do novíssimo MSC World America, existe mais oferta de itinerários a partir de PortMiami: o MSC Seascape com itinerários de 3 e 4 noites, incluindo visitas às Bahamas e à Ocean Cay MSC Marine Reserve, bem como itinerários de 7 noites, incluindo destinos nas Bahamas, Jamaica e Ilhas Caimão. 

O MSC Seashore navegará a partir de Port Canaveral (Orlando, EUA) proporcionando itinerários de 3 a 7 noites para os paraísos tropicais de Ocean Cay MSC Marine Reserve, Nassau (Bahamas), Costa Maya e Cozumel (México). Os cruzeiros com início a partir de 7 de Junho e 3 de agosto de 2025, oferecerão uma escala alargada de segundo dia em algumas pernoitas e uma visita às Honduras, para além do México e da Ocean Cay MSC Marine Reserve. 

O MSC Meraviglia oferecerá itinerários de Nova Iorque de 7 noites para os principais destinos, incluindo Port Canaveral (Orlando, EUA), Ocean Cay MSC Marine Reserve e Nassau (Bahamas).

Para mais informações e para reservar estes incríveis itinerários de Verão 2025, visite: Ofertas Verão 2025

Caso pretenda embarcar à porta de casa, visite: Cruzeiros Portugueses

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Lufthansa Technik investe milhões em nova localização no nosso país

 



A nova fábrica da Lufthansa Technik em Portugal 

Com a construção de uma nova unidade a cerca de 35 quilómetros a sul do Porto, a Lufthansa Technik vai continuar a crescer de acordo com a sua estratégia empresarial e expandir significativamente as suas capacidades de reparação de peças de motores e componentes de aviões. A futura fábrica da Lufthansa Technik Portugal deverá estar concluída até ao final de 2027 e estará equipada com as tecnologias mais recentes no sector MRO (manutenção, reparação e revisão). A empresa criará mais de 700 novos postos de trabalho. As candidaturas vão abrir já no próximo ano. A Lufthansa Technik adquiriu recentemente um terreno de 230 000 metros2 no parque industrial Lusopark, em Santa Maria da Feira, e celebrou a assinatura do contrato de compra e venda com representantes da política e do mundo dos negócios em Portugal.

“O dia de hoje marca o início de um novo capítulo para a Lufthansa Technik: pela primeira vez na história da empresa, estamos a construir e a abrir as nossas próprias instalações em Portugal. Estamos muito satisfeitos por estarmos a ser recebidos de braços abertos aqui em Santa Maria da Feira”, afirmou Harald Gloy, Chief Operating Officer da Lufthansa Technik. “A Lufthansa Technik tem objectivos de crescimento ambiciosos e queremos continuar a expandir a nossa posição de liderança como líder de mercado global no setor MRO no futuro. É por isso que já estamos a começar a ampliar as nossas capacidades, acrescentando localizações estrategicamente importantes à nossa rede global e garantindo assim que podemos continuar a satisfazer, no futuro, as expetativas dos nossos mais de 800 clientes internacionais da melhor forma possível.”

(Esq. para dir) Ricardo Arroja, Harald Gloy e Amadeu Albergaria


As equipas da Lufthansa Technik trabalharam durante vários meses com apoio externo para encontrar a localização ideal para este investimento de vários milhões de euros. “Estamos convencidos de que encontrámos o local ideal em Santa Maria da Feira. Algo realmente grande será criado aqui - para a região, para a Lufthansa Technik e para os nossos colaboradores e clientes. Este investimento é também um sinal do empenhamento do Grupo Lufthansa em Portugal“, continuou Harald Gloy. A cooperação com o governo português, representado pela AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), e com a câmara municipal de Santa Maria da Feira foi particularmente profícua - ambas as instituições deram um grande apoio à Lufthansa Technik num processo muito intenso.

O Ministro da Economia, Pedro Reis, reconheceu a importância do projeto para o país. “Este investimento significativo da Lufthansa Technik em Portugal, que irá criar mais de 700 postos de trabalho, é muito bem-vindo. É mais um passo para a reindustrialização do nosso país e representa a confiança nas nossas infra-estruturas e na nossa mão de obra, especialmente nos nossos engenheiros altamente qualificados do setor da aviação. Mostra também que estamos no bom caminho para atrair investimento estrangeiro que ajudará a impulsionar a economia portuguesa”, afirmou Pedro Reis. “Portugal e a Alemanha, em conjunto, através de projectos estratégicos e alianças como esta, podem ajudar a Europa a acelerar o seu crescimento sustentável rumo a um futuro brilhante para as nossas economias e empresas.”

Ricardo Arroja, Presidente e Diretor Executivo da AICEP, afirmou: “Estamos muito satisfeitos com a decisão da Lufthansa Technik de instalar uma unidade de reparação de peças de motores e componentes de aviões em Portugal. A Lufthansa Technik é um líder mundial no setor aeroespacial. A indústria aeroespacial está a crescer em Portugal, uma vez que cada vez mais empresas de alto calibre se estão a instalar aqui, assegurando um ciclo de produção completo, desde o desenvolvimento à produção e à manutenção. A capacidade e o conhecimento especializado que a Lufthansa Technik está a trazer para Portugal com as suas novas instalações irão aumentar a competitividade do nosso país no setor aeroespacial na Europa e ajudar a fortalecer este grupo. A AICEP continuará a apoiar a Lufthansa Technik nas diferentes fases do projeto para que esta cooperação seja um êxito para todas as partes envolvidas. Bem-vinda, Lufthansa Technik!”

“É com grande satisfação que recebemos a Lufthansa Technik no concelho de Santa Maria da Feira”, afirmou Amadeu Albergaria, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. “Este investimento é também um compromisso com o futuro da região e do país, criando emprego especializado, reforçando a comunidade económica e acrescentando valor. Continuamos disponíveis para acompanhar de perto este projeto de grande dimensão, pois estamos convictos de que será um motor de desenvolvimento económico e social para a nossa região.”

 

A procura de trabalhadores em Portugal vai começar em breve

Por Portugal ser membro da seio da União Europeia e ter um quadro político estável foram critérios importantes na escolha da localização. Igualmente decisivos: as boas infra-estruturas e, sobretudo, o mercado de trabalho atrativo. A Lufthansa Technik irá construir um centro de formação em Santa Maria da Feira já no próximo ano para formar os futuros colaboradores da Lufthansa Technik Portugal, para que a produção possa começar assim que as novas instalações de 54 000 metros quadrados estiverem concluídas. Os primeiros postos de trabalho para a nova localização serão anunciados online nas próximas semanas e incluem mecânicos, técnicos de eletrónica, engenheiros, gestores de processos e de recursos humanos (de todos os sexos, claro). Mais informações estarão disponíveis oportunamente no sítio Web da Lufthansa Technik Portugal e no LinkedIn. A transferência da propriedade do imóvel em Santa Maria da Feira está ainda sujeita a alguns condicionalismos, tais como aprovações por parte da autarquia.



O Grupo Lufthansa Technik AG é um dos principais fornecedores mundiais de serviços técnicos para aviação. Certificada internacionalmente como organização de manutenção, produção e design, a empresa emprega mais de 24 000 pessoas em dezenas de locais em todo o mundo. A Lufthansa Technik oferece uma gama completa de serviços para aviões comerciais, VIP e de missões especiais, que inclui manutenção, reparação, inspeção e modificação de estruturas, motores, componentes e trens de aterragem, bem como o fabrico de produtos inovadores para a cabina e apoio digital à frota.


sábado, 30 de novembro de 2024

A Academia Militar búlgara: onde se aprende a paz e a guerra

 

Salão


A 1 de março de 1912, foi fundada em Sofia, a Academia Militar Georgi Rakovski, a instituição militar de ensino superior mais antiga da Bulgária, tendo recebido o nome Georgi Sava Rakovski. Porém, só pôde ser inaugurada em janeiro de 1915 por causa das duas Guerras dos Balcãs de 1912-1913.

Desde a sua criação, a academia tem sido a principal instituição de formação de comandantes e pessoal militar na Bulgária e não só e a principal instituição no domínio da segurança nacional e das ciências militares, bem como da compatibilidade operacional da NATO. A academia forma 1 500 oficiais e civis por ano e tem 148 professores qualificados.

Ao longo de todo o período da sua existência, a Academia Militar tem tido um papel muito importante não só no exército, mas também na vida pública da Bulgária. É uma instituição académica de grande prestígio com um enorme potencial, um foco de conhecimento militar, um símbolo da ciência militar nacional e um local onde o pensamento teórico militar búlgaro é forjado. É, sem dúvida, o centro de ciência e educação militar mais importante do país.

e a modernização do exército búlgaro, levadas a cabo no início do século XX, condicionaram uma procura crescente de formação superior para os oficiais. Foi essa a razão que levou o Ministro da Defesa a apresentar uma proposta bem fundamentada para a criação de uma Academia Militar em 11 de dezembro de 1911, com um relatório ao Czar Fernando I. Nos motivos da sua proposta, salientou que o rápido desenvolvimento da ciência militar exigia “a criação de uma escola militar superior sob a designação de Academia Militar”.

Foi uma decisão rápida. No dia seguinte, o relatório sobre a criação da Academia foi aprovado pelo Czar Fernando I. “Congratulo-me com a apresentação deste projeto de lei na 15ª Assembleia Nacional Ordinária e felicito o exército por esta feliz decisão”. Três dias depois, o Ministro da Defesa anuncia a decisão e o projeto de lei é submetido à apreciação e aprovação da Assembleia Nacional.

As atividades académicas começar a 4 de Janeiro de 1915 com a presença d Czar. Mas mais uma vez, surgiram problemas. Os estudantes não puderam terminar o curso, porque, entretanto, a I Grande Guerra chegou à Bulgária no outono desse ano. Todos os oficiais do exército búlgaro foram enviados para as suas unidades e os cursos interrompidos.

No entanto, o final da guerra não trouxe consigo tempos melhores. Nos termos do Tratado de Neuilly, assinado com os países da Entente no outono de 1919, a Bulgária encerrou todos os seus centros de oficiais na reserva e instituições de formação militar. Apenas a Academia Militar permaneceu. Apesar das cláusulas restritivas do contrato, em 1922, a Academia Militar começou a sua existência em segredo nas instalações da Escola Militar de Sófia, mas disfarçada de Curso de Formação de Instrutores, mantendo-se nesta forma até 1938.

Mas nova guerra começou na Europa. Em 1946, os alunos regressaram à acidemia militar, que recebeu então o nome do escritor revolucionário e Georgi Stoykov Rakovski.

Nos anos seguintes, assistiu-se a uma série de mudanças no país – e na Escola Superior de Defesa - relacionadas com a sua transição para um modo de existência em tempo de paz, com a racionalização da experiência da guerra e, sobretudo, com a aspiração do Partido Comunista a assumir o controlo da instituição. Tudo isto se refletiu na implementação de reorganizações estruturais e de pessoal básicas, bem como na formação e educação ideológica do seu pessoal.

Fooram também iniciados programas de investigação científica. Em 1954, foram admitidos os primeiros doutorandos, foram atribuídos os primeiros títulos académicos e foi eleito o primeiro professor.

Foram criadas novas faculdades, incluindo a preparação do pessoal de comando e dos responsáveis pela ideologia, e conselhos científicos especializados em ciências militares, filosóficas e económicas. Especialistas militares da União Soviética, de Cuba, do Iémen e do Vietname também iniciaram a sua formação na instituição.

As condições em que esta Academia Militar existiu nos anos da Guerra Fria tiveram um impacto na sua estrutura e nas matérias curriculares. Os seus contactos eram limitados no âmbito do Pacto de Varsóvia e o processo de aprendizagem tinha basas ideológicas.

As profundas mudanças sociopolíticas que ocorreram em todas as esferas públicas na Bulgária após a queda da chamada “Cortina de Ferra” em1989 afetaram também esta instituição. Houve que a despolitizar e  despartidarizar. As estruturas políticas do Partido Comunista foram abolidas e a faculdade político-militar, juntamente com os departamentos ideológicos da academia, foi encerrada.

A nível político e governamental foram iniciados contactos com a OTAN e com as estruturas científicas militares dos seus países membros e dos países vizinhos. A integração do ensino militar e civil foi acelerada.

Desde 2000, a cooperação internacional da academia tem vindo a expandir-se. Atualmente, mantém relações oficiais com mais de 20 instituições similares de outros países.

A Academia Militar não está fechada à sociedade. O seu salão pode ser alugado para eventos sociais.



Bulgária, líder europeu em serviços de MRO

 

Jesús Ramos Caballero


A Bulgária é conhecida como grande produtor de cereais ou de rosas, mas é na aeronáutica e na indústria da aviação que tem uma das suas maiores forças económicas. a sua grande força Jesús Ramos Caballero, CEO do aeroporto internacional de Sófia, mencionou durante a conferência AviationEvent que decorreu esta semana na capital búlgara, que existem em Sófia seis grandes empresas a operar na Bulgária no setor de MRO (manutenção), e que mantêm viva a herança búlgara no campo da aviação e da aeronáutica.

Estas empresas empregam diretamente 1 850 pessoas que fazem anualmente a manutenção de mais de 600 aviões. “O nosso aeroporto tem assim uma grande vantagem no campo dos serviços MRO e grande capacidade para fazer a manutenção das frotas de diversas companhias aéreas”, referiu Jesus Ramos Caballero. “Quando quisemos trazer para a Bulgária serviços de MRO, sabíamos que primeiro que tudo teríamos de apostar na formação. Falámos com as escolas e com as universidades, criámos centros de formação com todas as certificações e assim conseguimos formar centenas de técnicos altamente especializados”. O tema da formação foi também focado por Krasimira Stoyanova, Ministra dos Transportes e das Comunicações, que realçou que o mais importante para o desenvolvimento do país.

Krasimira Stoyanova


Para o êxito do aeroporto de Sófia para captar negócio é a localização. A Bulgária está num cruzamento entre o Oeste e o Leste, e também perto do Norte de África, o que permite terem clientes de mais de 50 países de diferentes regiões.

A tradição neste setor é grande e longa. A Bulgária tem sido pioneira e inovadora desde os seus inícios e contribuído para o desenvolvimento da aviação a nível global.  Começou a fabricar aviões em 1924 na fábrica DAR, sob a batuta de um grande designer de aeronave, Tsvetan Lazarov.

Foi o 3º país do mundo a pôr o pé no espaço, tendo tido dois astronautas no espaço (Georgi Ivanov e Aleksandr Aleksandrov). A companhia aérea búlgara é uma das mais antigas do mundo.

E é na Bulgária que se está a desenvolver o 1º cargueiro do mundo dirigido por drones pela empresa Dronamics, que em princípio será lançado em 2025. Este cargueiro, batizado com o nome de Black Swan, tem uma capacidade de 350 kg e um alcance de 2500 km, ou seja, pode ser usado em viagens na Europa, nos EUA, por exemplo, entre Nova Iorque e Austin, entre Hong Kong e Osaca ou entre Abu Dabi e Riade. Este cargueiro, batizado com o nome de Black Swan, tem uma capacidade de 350 kg e um alcance de 2500 km, ou seja, pode ser usado em viagens na Europa, nos EUA, por exemplo, entre Nova Iorque e Austin, entre Hong Kong e Osaca ou entre Abu Dabi e Riade.

Plovdiv , o charme búlgaro


Plovdiv, a segunda cidade da búlgara, situada às margens do rio Maritsa, é o centro cultural do país, assim como o seu centro económico e académico. 

A história de Plovdiv remonta há mais de 6 000 anos, muito antes de Atenas ou Roma, o que a torna uma das cidades europeias que continuamente habitadas durante mais tempo. Conhecida como Eumolpia, no ano 342 a.C. foi conquistada pelo rei Filipe II da Macedónia, pai de Alexandre, o Grande, que mudou o nome da cidade para Filipópolis. Mais tarde passou a estar sob o domínio dos trácios, que a denominaram Pulpudeva até que foi incorporada ao Império Romano. O seu nome mudou então para Trimonte ("Cidade das três colinas"), tendo-se tornado a capital da província de Trazia. Durante a Quarta Cruzada, ali foi estabelecido o Ducado de Filipópolis.

Os eslavos tomaram a cidade no século VI e a rebatizaram como Puldin. Os búlgaros conquistaram-na em 815. As primeiras referências ao nome de Plovdiv aparecem pela primeira vez no século XV.

Sob o governo otomano, Plovdiv foi um importante centro dos movimentos nacionalistas búlgaros e a primeira imprensa em idioma búlgaro se estabeleceu nessa cidade. A cidade saiu da dependência otomano em 1878. Plovdiv tornou-se então a capital da região semi-independente de Rumelia do Leste até que a zona se uniu finalmente à Bulgária em 1885.

Durante o período de governo soviético que se estabeleceu no país a partir do final da 2ª Grande Guerra, Plovdiv foi o centro de diversos movimentos democráticosque derrubaram finalmente o regime pró soviético em 1989.

Basílica Episcopal de Filipópolis 






Sem dúvida que o ponto alto de qualquer visita a Plovdiv são as ruínas da Basílica Episcopal de Filipópolis, também conhecida como a Grande Basílica. É a maior igreja cristã antiga tardia descoberta na Bulgária e uma das maiores desse período nos Balcãs. 

Uma moeda da época do imperador romano Licínio (308-324), descoberta durante as escavações da Basílica do Bispo, gerou a hipótese de que a basílica terá sido uma das primeiras a ser erguidas no Império Romano após a instituição do cristianismo como religião estatal, em 313. As suas dimensões, a sua decoração e a sua localização central, perto do fórum da antiga cidade, indicam a existência de uma comunidade cristã considerável e influente em Filipópolis.

Foi erguida sobre as ruínas de um antigo edifício provavelmente datado do século I. Com um interior arquitetónico luxuoso, colunas com símbolos cristãos nos capitéis e pavimentos em mosaico (com uma área total de 2 000 m2!), a sua arquitetura incluía uma nave central e duas laterais, uma abside, um nártex (antessala) e um átrio com colunatas (pátio interno). Um presbitério decorado com mármore (uma plataforma para o bispo e o clero) erguia-se na nave central.

A igreja estava no centro da vida cristã da cidade até ser demolida e abandonada, provavelmente como resultado de um terremoto. Depois de ter sido abandonada nos séculos X-XII, esse local foi ocupado por uma grande necrópole cristã que tinha uma igreja do cemitério decorada com murais.

As suas ruínas foram descobertas nos anos 80 do século XX, mas só em 2015 começaram a ser tratadas. Foi construído um museu onde se podem admirar os belos mosaicos, em três camadas, e que foram protegidos pela necrópole em cima da camada superior.

Necrópole


Villa Flavia 




Perto da basílica, podem ainda ser vistas outras ruínas romanas, os banhos da Villa Flavia, descobertas aquando da construção do hotel homónimo. As escavações foram preservadas e abertas ao público.

Os banhos, construídos em mármore, estão muito bem preservados, podendo ainda ser vistas as câmaras inferiores onde se acendia o lume para os aquecer.


Bairro revivalista







A saída dos otomanos e a sua elevação a capital da Rumelia do Leste no século XIX trouxeram um boom económico a Plovdiv. Os seus comerciantes, habituados a contactos com o resto da Europa e do mundo, ajudaram a renovar a imagem da cidade, introduzindo novos elementos arquitetónicos e artísticos na cidade. Assim surgiu o denominado estilo nacional revivalista na arquitetura búlgara: casas grandes com fachadas coloridas e interiores requintados.

Um bom exemplo é a Casa Hindliyan. Construídaem 1834-35, a Casa Hindliyan é uma das poucas casas simétricas, preservadas na sua forma original. O seu proprietário era o herdeiro de uma das quatro famílias mais ricas da Arménia. Foi um comerciante importante, cujas viagens no início do século XIX o levaram até à Índia – daí o nome “Hindliyan”.

O estilo decorativo nas paredes e nos tetos é único, tendo sido autorizado por dois decoradores um dos quais italiano. Foi a 1ª casa na cidade a ter uma casa de banho construída como os banhos romanos. Na sala de jantar foi colocada um lavatório de cuja torneira saia água de rosas. De notar que, a 60 km da cidade, está o Vale das Rosas onde há enormes plantações de rosas desde o século XIX, sendo a Bulgária um dos grandes produtores e exportadores de óleo e de água de rosas. 

 

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Bulgária muito interessada nas ligações com Portugal

Marcel Riwalsky, organizador do AviationEvent, e Jesús Caballero Pinto

“As ligações entre 
Sófia e Lisboa são muito importantes para nós, pois o aeroporto de Lisboa é o hub ideal para a América do Sul”, realçou Jesús Caballero Pinto, CEO do aeroporto de fia, na conferência de imprensa na véspera da conferência AviationEvent SOF. “Estamos nos extremos da Europa e podemos aproveitar das sinergias de ambos os países”.

Sófia estar a fazer grandes investimentos no aeroporto internacional para não só se tornar um aeroporto de estrelas, mas um importante hub regional. A concorrência é grande, mas Sófia tem, segundo Jesús Caballero Pinto, um ponto muito forte a seu favor: as taxas aeroportuárias mais baixas de toda a Europa

Além de ser um destino turístico para todo o ano, a Bulgária tem uma posição geográfica estrategicamente muito importante entre a Europa e o Médio Oriente e a Ásia, especialmente desde a integração do país na zona Schengen a 31 de março deste ano.

77% do tráfego do aeroporto de Sófia tem de companhias de baixo custo. A estratégia de Jesús Caballero Pintocontinua a  investir em ligações ponto-a-ponto, mas também na redução do turn around time, ligando o futuro terminal 3 ao já existente terminal 2, e, assim, do turnaround price. Paralelamente está a ser expandido o terminal de carga, vai ser fundada uma academia de aviação e ser construído terminal próprio para a aviaçãoexecutiva privado.

O aeroporto de Sófia quer escrever um novo capítulo na aviação da Bulgária. A tradição neste setor é grande e longa. A Bulgária tem pioneira e inovadora desde os seus inícios e contribuído para o desenvolvimento da aviação a nível global.  Começou a fabricar aviões em 1924 na fábrica DAR, sob a batuta de um grande designer de aeronave, Tsvetan Lazarov. Foi o 3º país do mundo a pôr o pé no espaço, tendo tido dois astronautas no espaço (Georgi Ivanov e Aleksandr Aleksandrov). A companhia aérea búlgara é uma das mais antigas do mundo. O aeroporto de Sófia é líder europeu em serviços MRO (manutenção), por exemplo, a Lufthansa Technik tem aqui  a maior instalação fora da Alemanha e, juntamente com outras empresas, centenas de aviões fazem a sua manutenção anualmente em Sófia.