domingo, 7 de setembro de 2025

Restaurante Tomba-Lobos em Portalegre

Sala de refeições do Tomba Lobos

Se está em Portalegre, almoce ou jante no restaurante Tomba-Lobos, instalado no coração da zona histórica de Portalegre, mesmo ao lado da GNR, desde 2002.



À frente da cozinha está José Júlio Vintém, portalegrense de gema, que apresenta aos seus clientes o melhor que o Alentejo tem, misturando tradição, criatividade e muito, muito sabor. 

Couvert
Na cozinha dá-se realce aos produtos da região, respeitando as estações do ano. O segredo, diz, “está em cozinhar com simplicidade respeitando os aromas e sabores de cada produto”.

Cozido de grão

Além de se comer muito bem, somos sempre muito bem recebidos. A sala de jantar, no que resta dum convento, com o teto em tijolo de burra, ambienta-nos com a tradição. A loiça vem do atelier Barru, uma olaria orgânica e natural, criada em 2014, que elabora as suas peças à mão de forma artesanal, com matérias primas 100% nacionais e com design moderno.

Sopa de tomate com ovo escalfado
A Barru aplica novos processos de moldar, vidrar, carimbar e dar novas formas e paleta de cores a peças orgânicas de cerâmica, , criadas em roda de oleiro, a partir de diferentes pastas moldáveis como o barro branco ou o grés nacional.



Barriga de porco

 

Álvaro Mendes expõe em Portalegre

Capa do catálogo

Vale sempre a pena ir a Portalegre, "
cidade / Do Alto Alentejo, cercada / De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros”, como escreveu José Régio. Mas até ao final de novembro deste ano, tem ainda mais uma razão para lá ir. O pintor Álvaro Mendes, natural de Sintra, expõe nesta na galeria municipal de São Sebastião, uma série de obras inspiradas na cidade sob o título "Portalegre - Património e memórias" .

O pintor com a Presidente da Câmara durante a inauguração
                                                                       (foto CMP)
Como diz Fermelinda Pombo Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Portalegre, “olhar para os quadros de Álvaro Mendes sobre Portalegre é mergulhar na riqueza patrimonial da nossa terra e ver em profundidade em composições que evidenciam os elementos estéticos e artísticos presentes a cada espaço”. 

O artista continua a assumir o património como tema central de uma obra há muito reconhecida e apreciada pelos portalegrenses, mostrando “edifícios retratados através de camadas sobrepostas, onde as fachadas coabitam com elementos estéticos históricos, arquitetónicos e decorativos reveladores do seu conteúdo”. Álvaro Mendes juntou à sua técnica de aquarela toques de folha de ouro, desvendando “uma forma renovada de olhar onde brilha cor”.

Quem visita a exposição poderá reconhecer monumentos como a Sé, a Igreja da Penha, a Igreja do Bonfim, o edifício da Câmara Municipal, o Colégio de São Sebastião, bem como silhuetas da cidade e alusões às artes e ofícios tradicionais.

A inauguração da exposição foi muito concorrida



 

O Convento de São Bernardo em Portalegre

 

Convento de São Bernardo

Em 1957, o meu pai, natural de Cabeço de Vide, no Alentejo, capitão do Exército, foi colocado a comandar o quartel de Portalegre, instalado no Convento de São Bernardo. Estando em Portalegre para a inauguração da exposição de Álvaro Mendes, resolvemos ir até lá para ver em que estado estaria. Atualmente,  está aí instalada, desde 1985, a Escola Prática da Guarda Nacional Republicana.

Segundo li na Wikipedia, o Convento de São Bernardo ou Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Monjas da Ordem de Cister foi fundado em 1518 pelo bispo da Guarda Jorge de Melo para albergar "donzelas sem dote", tendo como padroeira Nossa Senhora da Conceição. O primeiro registo sobre as obras de construção data de 1526. Nesse documento, alvará régio de João III, o rei confirma a doação do sítio da Fontedeira às religiosas do novo mosteiro por parte do concelho. Apesar da igreja e algumas dependências, como o dormitório, o refeitório e a sala do capítulo, já estarem erigidas em 1530, as obras prolongaram-se por várias décadas e a consagração só ocorreu em 16 de março de 1572, quando André de Noronha estava à frente da Diocese de Portalegre.

As diversas campanhas de obra que tiveram lugar em diferentes épocas deixaram traços de vários estilos no convento, desde o Manuelino e Renascentista do século XVI, ao Barroco do século XVIII. Datam do século XVI o púlpito em mármore de Estremoz, decorado com motivos grotescos, o portal principal e o túmulo do fundador, D. Jorge de Melo. Estas obras foram erigidas entre 1538 e 1540 e são usualmente atribuídas a Nicolau de Chanterenne. A fachada original foi substituída por um portal alpendrado, provavelmente no século XVII.

No século XVIII foram feitas novas obras na igreja, tendo sido colocados diversos painéis de azulejos, apresentando cenas da vida de São Bernardo.

O convento foi extinto em 1878, nele sendo instalado no ano seguinte o seminário diocesano. Em 1911 foi convertido em quartel.

Convento de São Bernardo, sob o olhar de Álvaro Mendes


 

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Moagem – Industrial Lodge

 Viana do Alentejo tem um novo hotel. Trata-se do Moagem – Industrial Lodge, que recupera uma antiga moagem, convertendo-a num espaço de alojamento contemporâneo. Com arquitetura industrial e design apurado, a unidade conta ainda com um restaurante e uma zona de wellness com piscina interior.

Um hotel onde a matéria-prima é a memória, mas onde a experiência é profundamente contemporânea, é assim que se apresenta o Moagem – Industrial Lodge, que propõe um conceito diferenciador em Portugal: um alojamento verdadeiramente industrial, instalado num antigo edifício fabril e desenhado para quem procura autenticidade, design e uma nova forma de viver o território.




Mais do que uma reconversão, o Moagem representa uma reinterpretação cuidada dos antigos Moinhos de Santo António, edifício marcante na história de Viana do Alentejo. O projeto preservou equipamentos industriais e materiais como o ferro, a pedra e a madeira, integrando-os numa linguagem arquitetónica coerente, onde o passado é respeitado e ativado por soluções contemporâneas.


“Não queríamos simplesmente abrir mais um hotel no Alentejo. O que nos moveu foi a vontade de prolongar a história deste edifício, respeitando a sua identidade e trazendo-o para o presente com sobriedade e propósito. O Moagem resulta de uma intervenção contida, onde cada escolha, da arquitetura aos materiais, procura criar uma ligação autêntica entre o espaço, a paisagem e quem nos visita”, explica Joana Gomes, coordenadora de projetos de hotelaria da Mainside Investments.
 
Com 17 unidades de alojamento, o hotel privilegia o conforto com alma. Há quartos com varandas amplas sobre a vila, suites familiares em cápsulas modulares, penthouses com vistas desafogadas, e sempre uma estética que funde o industrial ao essencial, o rústico ao elegante. Camas Hästens, pavimento radiante, mobiliário de autor e um sistema interativo de comunicação compõem a base de uma experiência desenhada ao detalhe.



A cozinha, liderada pelo Chef Pedro Dias, é outro ponto de encontro entre memória e inovação. No centro da sala, uma monumental chaminé de sete metros dá forma a uma cozinha aberta onde o fogo comanda. O menu de degustação diário, a par de pratos fixos inspirados na gastronomia alentejana, valoriza ingredientes locais, sazonais e biológicos. A carta de vinhos privilegia produtores nacionais, com identidade e respeito pela terra.
  



O restaurante organiza-se em três ambientes distintos: um “refeitório” interior com materiais naturais, um pátio exterior que prolonga os finais de tarde alentejanos e um bar com lounge, ladeado por uma lareira central onde se servem cocktails de autor e vinhos portugueses.

A par da oferta diária, o Moagem pode ser reservado em exclusivo para eventos e celebrações intimistas. A equipa disponibiliza toda a unidade — alojamento, restaurante e zonas comuns — para criar experiências desenhadas à medida.

Sustentável desde a origem, o projeto integra soluções como painéis fotovoltaicos, reaproveitamento de águas pluviais, bombas de calor e uma abordagem consciente à gestão de resíduos.  

Passadiços de Esmoriz

 


Fomos passar uns dias a Espinho para fugir ao calor do Sul de Portugal e caminhar. Em tempos, tínhamos lido algo simpático sobre os passadiços de Esmoriz e quisemos ver como eram.


Na realidade estes passadiços de madeira, com cerca de oito km de extensão, serpenteiam a paisagem junto à costa, ligando o Furadouro, no concelho de Ovar, à praia de Esmoriz, em Ovar, oferecendo um percurso cénico e tranquilo, ideal para quem procura o sossego e o contacto com a natureza.


O trajeto é plano, sempre paralelo às dunas/à praia, tornando-o acessível a caminhantes de todas as idades. A beleza do percurso reside na diversidade de ecossistemas que atravessa. A duna primária, com a sua vegetação rasteira e resistente, o pinhal densamente povoado e, claro, o vasto oceano Atlântico. A proximidade do mar é constante, e o som das ondas acompanha a caminhada, proporcionando uma sensação de paz e relaxamento.

No 1º dia, começámos em Espinho e fomos para sul até à Lagoa de Paramos/Barrinha de Esmoriz, um habitat natural classificado como Zona de Proteção Especial, é um verdadeiro paraíso para os amantes da ornitologia. A diversidade de aves que ali se alimentam e nidificam é notável, e é comum avistar garças, patos e outras espécies migratórias.

No caminho passámos pela sentida homenagem a um pescador, Guigas, que apareceu morto no passadiço no início do mês de agosto. Terá sofrido uma paragem cardio-vascular. 

Homenagem a Guigas 



Na praia de Paramos, parámos junto à pequena  Capela de Nossa Senhora da Boa Nova um dos ex-libris da Praia de Paramos. A origem da capela remonta ao século XVIII e, segundo a lenda, a sua construção deve-se à promessa de pescadores que se salvaram de um naufrágio. A devoção à Nossa Senhora da Boa Nova, padroeira dos pescadores, é secular. Todos os anos, no mês de agosto, a pequena capela e as ruas de Paramos enchem-se de cor e vida para celebrar a festa em honra da sua santa protetora, uma manifestação de fé, onde se juntam o sagrado e o profano.

Relaxar, pescando

A capela está erguida num promontório rochoso, que avança sobre o mar. A sua arquitetura é simples, mas notável pela sua resistência. Enfrenta diariamente a força das marés e a inclemência do vento. A paisagem envolvente é deslumbrante, permitindo uma vista panorâmica sobre o mar e as dunas, que abraçam a praia de Paramos. 

Capela de Paramos

Continuando pelo passadiço, chega-se à praia de Esmoriz e logo a seguir à Barrinha de Esmoriz. Chama-nos a atenção a ponte de madeira, edificada em 2017 sobre os encontros da antiga ponte construída em 1854, para atravessamento da barrinha  que foi usada até finais do século XIX. Este meio de passagem, mesmo de dimensões reduzidas, resolvia uma importante questão de segurança, visto que, outrora, muitos atravessavam de uma margem para outra recorrendo a modestas embarcações, a jangadas ou até fazer o trajeto a nado. O risco de afogamento era grande, pelo que a ponte veio facilitar o intercâmbio e o diálogo seguros entre as comunidades envolvidas. 

A principal referência encontra-se na obra de Júlio Diniz, o Canto da Sereia, que retrata a vida dos pescadores na praia do Furadouro, referindo a presença de uma ponte sobre a Barrinha. Este livro foi escrito durante a sua passagem por Ovar, em 1863. De acordo com o autor, a ponte pautava-se por quatro arcos que se exibiam então sobre o fundo esverdeado das águas da lagoa. Aires de Amorim na sua obra Esmoriz e a sua história menciona a existência de uma ponte anterior, de 1806, que servia a estrada, de Ovar rumo ao Porto pelo areal. O autor refere ainda a cobrança de portagens sobre as pessoas e mercadorias que atravessavam a ponte, de forma saudar as despesas de sua reconstrução. Os passageiros até pagava 15 reis e os carros de boi o besta pagavam 19 reis. O caminho de Ferro diria a fazer concorrência e, em 1877, já só restavam os Pegões, tal como ainda hoje podemos testemunhar.

Praia de Espinho com as suas barracas coloridas

No 2º dia, fomos para norte, até à Capela do Senhor da Pedra, num dos percursos mais bonitos do litoral norte de Portugal. Com uma extensão de aproximadamente sete quilómetros, este caminho de madeira une Espinho ao santuário, em Miramar, já no concelho de Vila Nova de Gaia. 


Praia da Granja





Em Arcozelo, parámos para almoçar no restaurante Sabor a Mar, umas belas pataniscas de bacalhau com arroz de feijão e linguados fritos também com o mesmo arroz.
Patamiscas de bacalhau

A esplanada do restaurante, com o seu pequeno lago onde vivem duas famílias de tartarugas,  é muito relaxante.

Uma das famílias de tartarugas


Já reconfortadas, seguimos até à capela do Senhor da Pedra. Erguida em 1686 (1763 segundo outras fontes) num rochedo que muitas vezes fica rodeado pelo mar, a capela do Senhor da Pedra está associada a uma das romarias mais tradicionais de Vila Nova de Gaia e que se realiza na praia no domingo da Santíssima Trindade, 40 dias depois das Páscoa.

Capela do Senhor da Pedra

A capela está implantada sobre maciço rochoso, no areal da praia de Miramar. Acredita-se que a origem do culto na Capela do Senhor da Pedra possa ter origem num antigo culto pagão, de carácter naturalista, dos povos pré-cristãos, cujas divindades eram veneradas em plena natureza, tendo posteriormente sido convertido ao Cristianismo.

Há várias lendas sobre a origem das capelas. Umas dizem que a capela foi construída como pagamento de uma promessa, por alguém que sobreviveu a um naufrágio em alto mar e foi salvo por uma onda que o transportou até à rocha. Outros acreditam que a imagem de Cristo foi ali parar, trazida pelo próprio mar e “que num belo dia pousou sobre aquela pedra onde, mais tarde, veio a ser erguida a capela”.

Outros ainda contam que, quando os habitantes de Gulpilhares se preparavam para construir uma ermida ao Senhor da Pedra, no terreiro conhecido por arraial, apareceu uma misteriosa luz, sobre os rochedos junto ao mar. Todas as noites a luz voltava a aparecer, fazendo os habitantes acreditar que era um sinal do Céu. Por esse motivo, desistiram da construção da ermida no arraial e resolveram construir a capela no sítio onde a luz costumava aparecer.

 

O número seis

A capela apresenta planta hexagonal. Internamente possuiu um altar-mor dois retábulos laterais de talha dourada em estilo barroco/rococó.

O número 6 tem uma importância particular na religião cristã, frequentemente associado à imperfeição, ao pecado e à natureza humana. Diferente do 7, que simboliza a perfeição e a totalidade divina, o 6 é visto como "um a menos" que a perfeição, o que o coloca em uma posição de incompletude.

Aqui estão alguns dos principais significados e referências do número 6 no cristianismo:

* A Criação do Homem: No livro de Gênesis, a Bíblia relata que o ser humano foi criado no sexto dia da criação. Essa associação do número 6 com a humanidade reforça a ideia de nossa natureza finita e imperfeita, distinta da perfeição de Deus.

* O "Número da Besta": A referência mais famosa e, muitas vezes, mais temida ao número 6 é encontrada no livro do Apocalipse. O capítulo 13, versículo 18, afirma: "Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. E o seu número é seiscentos e sessenta e seis (666)." Este número é frequentemente interpretado como um símbolo de mal, anti-cristo e o oposto da Trindade divina.

* Incompletude e Pecado: A repetição do 6 no 666 (três vezes) pode ser interpretada como uma tentativa de imitar a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), mas falhando, resultando em uma "trindade" de maldade e imperfeição. Enquanto o número 7 representa a perfeição de Deus, o 6 fica aquém, representando a falha humana em alcançar essa perfeição.

É importante notar que, embora o 6 seja associado a esses conceitos, ele não é inerentemente "mau" por si só. Seu significado é contextual, sendo interpretado principalmente à luz das passagens bíblicas em que aparece, especialmente em contraste com a simbologia de outros números como 3 (Trindade) e 7 (perfeição divina).

Ainda estamos no verão, mas o Natal há de vir - Turismo da Suíça e Bestravel apresentam campanha de comunicação para mercados de Natal na Suíça

 



A rede de agências de viagens Bestravel apresenta uma nova campanha dedicada aos mercados de Natal da Suíça, com o objetivo de revelar aos portugueses um lado menos conhecido deste país. Com o lema "Viaje para a magia do Natal", a campanha convida a desfrutar-se do frio e da neve típicos da Suíça, enquanto se saboreia a verdadeira magia do Natal. 

De Zurique a Montreux, passando por Basileia e Lucerna, a Suíça transforma-se num verdadeiro cenário de conto de fadas. Os viajantes podem desfrutar de experiências únicas, como mercados tradicionais com artesanato e gastronomia típica, cenários alpinos, além de diversas atividades culturais de inverno. 

Ricardo Teles, Diretor Operacional da Bestravel, afirma que  “a procura por experiências autênticas e imersivas tem-se intensificado, com os viajantes cada vez mais interessados em vivenciar tradições locais durante os mercados de Natal. Na Suíça, essa busca é particularmente evidente, pois os mercados de Natal oferecem uma rica combinação de cultura, gastronomia e artesanato, permitindo que os visitantes se conectem profundamente com as tradições locais e desfrutem de uma experiência única durante a época festiva”.



A campanha da Bestravel oferece diversas opções para explorar a Suíça durante a época natalina, incluindo pacotes de voo + hotel para Montreux, Lucerna, Basileia, Zurique e Genebra, além de viagens de comboio que ligam Zurique, Lucerna e Lago Constança e um itinerário de quatro noites por várias cidades suíças. Também está disponível uma viagem em autocarro com o mini circuito "Suíça Autêntica". Para além dos mercados de Natal, a Bestravel apresenta ofertas como Fly & Drive por Zurique, Lucerna, Interlaken e Genebra, e o Swiss Travel Pass, que inclui vários trajetos icónicos, bem como circuitos completos pelo melhor da Suíça. 

Durante a época natalícia, a Suíça transforma-se num verdadeiro conto de fadas, com mercados de Natal que atraem visitantes de todo o mundo. Montreux destaca-se com a sua encantadora “Casa do Pai Natal” nas montanhas e um mercado pitoresco junto ao Lago Léman, onde um dos eventos mais esperados é a atração do Pai Natal que voa sobre o lago, descendo de trenó e trazendo magia e encanto a todos os presentes. Lucerna e Berna oferecem mercados mais intimistas e artesanais, localizados em centros históricos medievais, proporcionando uma experiência única. Os visitantes podem degustar especialidades suíças como raclette, fondue, rösti e castanhas assadas, além de delícias natalícias como as bolachas  tradicionais Mailänderli e Zimtsterne. A atmosfera festiva é ainda enriquecida por vinho quente e música ao vivo, criando um ambiente acolhedor e vibrante. Muitos destes mercados estão rodeados por montanhas e vilas históricas, fazendo da Suíça um destino imperdível durante o Natal, onde a diversidade cultural do país se reflete nas decorações, estilos e gastronomia. Com mercados tão antigos quanto o de Basileia, a tradição é preservada com grande cuidado, tornando cada visita uma celebração mágica.

 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Brussels Airlines - Mulheres na manutenção e engenharia: muita coisa mudou, mas ainda há um longo caminho a percorrer


20 anos após a contratação da sua primeira técnica, a Brussels Airlines continua a atrair mulheres para carreiras técnicas

Há 20 anos, a Brussels Airlines orgulhosamente deu as boas-vindas à sua primeira técnica nas suas instalações de manutenção. Carolien Sterckx começou a sua carreira no início dos anos 2000 e obteve a sua licença oficial em agosto de 2005. Hoje, a Brussels Airlines emprega 28 mulheres no seu departamento de Manutenção e Engenharia, o que ainda representa apenas 8% da força de trabalho total nessa área.

Diversidade e inclusão no centro

A Brussels Airlines valoriza a diversidade e a inclusão. Uma força de trabalho diversificada traz uma ampla gama de competências, perspetivas e experiências, tornando a empresa mais flexível e criativa. Estas qualidades são essenciais para a inovação e a adaptabilidade. Esta diversidade também permite uma compreensão mais profunda das necessidades dos clientes, contribuindo para o desenvolvimento de produtos e serviços mais focados no cliente.


No total, 52% dos funcionários da Brussels Airlines são mulheres. A representação feminina também é forte ao nível executivo, onde 9 em cada 20 (47%) dos gestores de topo são mulheres. No entanto, a representação de género varia significativamente entre os departamentos.

As operações em terra (incluindo check-in, portão e salas VIP) têm a maior proporção de funcionárias, com 76%, seguidas pela tripulação de cabine, com 72%. Os departamentos com menor representação feminina incluem TI (26%), cockpit (10%) e manutenção e engenharia (8%).

 

Um marco na evolução

Há exatamente 20 anos, a primeira mulher tornou-se técnica de aeronaves totalmente licenciada na Brussels Airlines. Carolien Sterckx, que ainda hoje está na empresa, passou de técnica para uma função de supervisão.

«Quando era pequena, vivia fascinada por aviões e, mesmo após 20 anos no setor, esse fascínio ainda permanece. O meu trabalho mudou ao longo dos anos, mas continuo a vir trabalhar com prazer. E estou feliz por já não ser a única mulher na Manutenção e Engenharia, e estou ansiosa por receber ainda mais colegas mulheres», referiu Carolien Sterckx, engenheira do Centro de Controlo de Manutenção. Hoje, Carolien Sterckx já tem outras 27 colegas femininas no departamento de Manutenção e Engenharia.



“Passei a maior parte da minha carreira em funções administrativas, mas a certa altura percebi que queria trabalhar com as mãos. Foi então que me tornei técnica de cabine na Brussels Airlines e nunca me arrependi. É importante desafiar os estereótipos — as mulheres são tão capazes quanto os homens em funções técnicas. Qualquer pessoa que seja apaixonada pela aviação e goste de trabalho prático é mais do que bem-vinda», afirmou Pascale Slootmans, técnica de reparação de cabines.


Atualmente, a Brussels Airlines tem 24 vagas em aberto, 16 das quais no departamento de Manutenção e Engenharia. Todas as vagas podem ser encontradas na página de carreiras do site da Brussels Airlines.



 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Elvas: A Sentinela Muralhada do Alentejo

 

Elvas vista do Forte da Graça

Aninhada no coração do Alto Alentejo, a cidade de Elvas ergue-se majestosamente como um testemunho vivo da história militar e da arquitetura fortificada. Classificada como Património Mundial da UNESCO desde 2012, a sua singularidade reside no seu impressionante complexo de fortificações abaluartadas, o maior do mundo, que lhe valeu o epíteto de "Rainha da Raia".



Forte da Graça

Ao percorrer as ruas de Elvas, somos imediatamente transportados para um passado glorioso, onde cada pedra parece contar uma história de batalhas, defesas e resistências. As imponentes muralhas medievais abraçam o centro histórico, revelando um labirinto de ruas estreitas e casas caiadas de branco, onde o tempo parece abrandar. No interior, a riqueza arquitetónica é palpável, com destaque para a antiga Sé de Elvas, originalmente uma mesquita e posteriormente adaptada a igreja, que exibe uma mistura fascinante de estilos.

Entrada do Forte da Graça


No entanto, são as fortificações externas que verdadeiramente definem a identidade de Elvas. O colossal Forte de Santa Luzia e o imponente Forte da Graça, ambos exemplos notáveis de arquitetura militar do século XVII e XVIII, são de visita obrigatória. Estas fortalezas, estrategicamente posicionadas, oferecem vistas panorâmicas deslumbrantes sobre a paisagem circundante, um mar de planícies douradas pontuadas por olivais e sobreiros.

O aqueduto da Amoreira visto do carro @Flobela Barão da Silva

Outro ícone inconfundível de Elvas é o Aqueduto da Amoreira. Esta magnífica obra de engenharia, construída entre os séculos XVI e XVII, estende-se por mais de 7 quilómetros, com os seus arcos monumentais a dominar a paisagem. Além de ser uma proeza arquitetónica, o aqueduto foi vital para o abastecimento de água da cidade, especialmente em tempos de cerco, evidenciando a engenhosidade das suas defesas.

  

Mas Elvas não é apenas história e pedra. A cidade vibra com a cultura alentejana, visível na sua rica gastronomia – onde o porco preto, o queijo e os doces conventuais são reis –, no artesanato local e na hospitalidade calorosa dos seus habitantes. Os eventos e festividades ao longo do ano trazem vida às praças e ruas, convidando os visitantes a mergulhar nas tradições locais.

Visitar Elvas é embarcar numa viagem no tempo, onde a grandiosidade militar se funde com a autenticidade de uma cidade alentejana. É uma experiência que cativa pela sua história, impressiona pela sua arquitetura e encanta pela sua alma.

Vila Galé Collection Elvas: Um Tesouro Alentejano

Vila galé Collection Elvas

No coração da histórica cidade de Elvas, Património Mundial da UNESCO, ergue-se um hotel que é mais do que um simples alojamento: o Vila Galé Collection Elvas. Este antigo Convento de São Paulo, meticulosamente restaurado, combina na perfeição o charme intemporal da arquitetura histórica com o conforto e as comodidades modernas de um hotel de cinco estrelas. É um destino que convida à imersão na rica tapeçaria cultural do Alentejo, oferecendo uma experiência de estadia verdadeiramente memorável.

O claustro

Ao entrar no Vila Galé Collection Elvas, somos imediatamente transportados para uma atmosfera de serenidade e elegância. 



Os amplos claustros, os tetos abobadados e os pormenores originais do convento foram cuidadosamente preservados, criando um ambiente que evoca a sua grandiosa história. Os quartos e suites, por sua vez, são um oásis de conforto contemporâneo, equipados com todas as amenidades necessárias para uma estadia relaxante. Muitos deles oferecem vista sobre a cidade ou os jardins interiores, convidando à contemplação.

Cada quarto é dedicada a uma fortaleza ou forte português no mundo.





Mas o Vila Galé Collection Elvas é muito mais do que um refúgio tranquilo. A sua localização privilegiada permite um acesso fácil aos principais pontos turísticos de Elvas, como as imponentes muralhas, o Aqueduto da Amoreira e os vários fortes que rodeiam a cidade. Após um dia a explorar, os hóspedes podem relaxar na piscina exterior, desfrutar de um tratamento no Satsanga Spa & Wellness – que inclui piscina interior aquecida, sauna e banho turco – ou saborear a deliciosa gastronomia local no restaurante do hotel, que serve pratos típicos alentejanos confecionados com produtos frescos da região. O bar, por sua vez, é o local ideal para desfrutar de um copo de vinho local ou de uma bebida refrescante.




Piscina infantil

Para além do lazer, o hotel oferece também excelentes condições para eventos e reuniões, com salas equipadas e versáteis que podem acolher desde conferências a celebrações especiais. A combinação da sua localização estratégica, o ambiente histórico e a qualidade dos serviços fazem do Vila Galé Collection Elvas a escolha ideal tanto para turistas que buscam uma experiência cultural rica, como para quem viaja em negócios.

Em suma, o Vila Galé Collection Elvas não é apenas um hotel; é uma porta de entrada para a alma do Alentejo, um local onde a história se encontra com o conforto, proporcionando uma estadia inesquecível.