
Bem, mas na realidade estávamos
ali não para ouvir música mas para a inauguração do primeiro restaurante
peruano em Portugal, o Segundo Muelle, que chega a Portugal pelas mãos
do Grupo Portugália Restauração. Para Francisco Carvalho Martins, administrador
do Grupo Portugália Restauração, a pergunta pertinente é: Como é que um grupo
de restaurante famoso pelos seus bifes se associa a uma cadeia de restaurantes
peruana que aposta no peixe e que até tem por slogan pasión por el mar.
Inicialmente
desenvolvido para servir o público que visitava as pequenas instalações numa
pequena garagem em San Isidro, Lima, o Segundo Muelle foi crescendo graças ao sabor,
frescura e criatividade dos seus pratos, todos desenvolvidos por Daniel
Manrique, seu fundador e e responsável
máximo.
Com um cardápio composto unicamente por pratos 100%
peruanos, são visíveis as influências de outras gastronomias, trazidas para o Peru
por imigrantes de várias regiões e que se foram instalando no Peru ao longo dos
séculos: Espanhóis, Africanos, Chineses, Japoneses e Italianos, e que deram origem
a uma verdadeira cozinha de fusão.
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Ceviche |
Dividida por influências, na ementa do Segundo Muelle, pode encontrar-se
pratos chifa (fusão da cozinha chinesa com peruana), nikei (fusão da gastronomia japonesa com peruana),
mediterrânica (influência espanhola e italiana), crioula (influência africana)
e comidas nativas. O rei é sem dúvida o ceviche, um prato que tem por
base o peixe cru marinado em sumo de limão. A acompanhar estes pratos, o
Segundo Muelie dispõe ainda de uma ementa de cocktails peruanos, confecionados
com o tradicional Pisco, com destaque para o Pisco Sour, o embaixador de todos
os cocktails, um batido com Pisco, sumo de lima e clara de ovo.
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Pisco Sour |
Como nasce o Segundo Muelle...
Natural do Perú, Daniel Manrique sempre foi um apaixonado
pelo mar, por surf e pela pequena vila onde, desde pequeno, passava férias com
a sua família. Desde cedo se acostumou a manusear e a degustar o peixe mais
fresco e de melhor qualidade que provinha das águas da praia do sul e que
abastecia todo o distrito de San Bartolo.
Na praia com o mesmo nome aprendeu a pescar, e desde cedo,
com 15 anos apenas, começou a demonstrar a sua grande paixão pelos ingredientes
frescos e aí desenvolveu o sonho de que um dia viria a ter um restaurante, onde
não só serviria pratos confecionados por si com o peixe da região, como também
os pratos de ceviche que a sua mãe preparava.
Anos mais tarde, enquanto dava os primeiros passos na
faculdade, em parceria com um amigo e colega decide abrir um restaurante, numa
pequena garagem em San Isidro, Lima, de apenas 40 metros quadrados e apenas
quatro mesas, onde dava a provar as suas criações aos amigos que o visitavam.
Com pouco mais de 20 anos e sem qualquer experiência no ramo da restauração,
Daniel Manrique batiza este espaço com o nome de Segundo MuelIe, em honra ao
segundo molhe de San Bartolo onde havia passado grande parte da sua infância e
adolescência.
A criatividade, o tempero especial dos pratos de Daniel e o
amor que o próprio lhes confere fizeram soar o nome "Segundo Muelle"
por toda a cidade de Lima e assim aumentar o potencial de negócio desta marca,
sem nunca descartar a paixão pelo mar, pelos pratos e pela cidade de origem.
Com muita garra, paixão e criatividade Daniel Manrique e o
Segundo Muelle conseguiram chegar onde se encontram hoje, contando com mais de
17 restaurantes, em 6 países, entre os quais se encontra agora Portugal. Em
Lisboa, o Segundo Muelle está na Praça D. Luís 1, nº 30 loja 4 b, a uns metros
da praça da Ribeira.