A ilha do Pico, vista do Faial |
Quando estivemos na Horta na XX Convenção Anual da
Bestravel, ficámos num hotel num quarto com uma bela varanda virada para o
Pico. E essa montanha exerceu sobre nós um fascínio, uma atração mágica.
A montanha envolta em nuvens |
Até que nos decidimos atravessar os 6 km do Canal do Faial,
entre a Horta e a Madalena, a capital do Pico.
Com
42 km de comprimento e 15 km de largura, a ilha do Pico é a 2ª maior do
arquipélago dos Açores - e , com os seus 250 mil anos, a mais nova. É também a
ilha com maior diversidade
económica e que encanta
seus visitantes com maravilhosas paisagens vulcânicas, uma cultura rica e um
ambiente natural exuberante. As paisagens vulcânicas do Pico são um testemunho
da força da natureza, com campos de lava negra, grutas misteriosas e formações
rochosas únicas.
Há vida no meio das pedras da lava |
Localizada no grupo
central das ilhas, a Ilha do Pico é um paraíso para os amantes da natureza e
entusiastas da geologia. O seu nome vem da montanha cujo sopa ocupa
praticamente toda a superfície da ilha. O nome da montanha vem do seu cume em
forma de pico - a 2351 m de altura. É a
montanha mais alta do nosso país.
97% da ilha não é arável. Como não tinham terra, os
picoenses viraram- se para o mar.
O seu solo é lava, mas, com mestria, os picoenses plantam
vinhas entre as pedras, fazendo um delicioso vinho vulcânico.
A
cultura especial da vinha foi declarada Património Mundial da UNESCO em 2004. A Vinha da Criação Velha é um exemplo
notável de como a mão humana adaptou-se à paisagem vulcânica, criando um
labirinto de currais de pedra para proteger as vinhas do vento e do mar. No século
XIX, o vinho da ilha do
Pico era
exportado para a corte do czar em São Petersburgo. Até hoje, inúmeras pequenas
adegas oferecem não só vinho, mas também aguardente caseira. O Museu do Vinho vale uma visita.
Na parte leste da ilha, há um pequeno planalto e algumas
pequenas crateras de vulcões, onde há pastagens para vacas.
Em 1439, a coroa portuguesa tomou a ilha. Os primeiros
colonos chegaram à ilha a partir de 1460. Viviam do cultivo de cereais e taro,
bem como da criação de gado. A viticultura foi acrescentada mais tarde. As
erupções do Pico em 1562 e 1718 provocaram a emigração parcial da população.
Em meados do século XIX, a viticultura foi gravemente
afetada pelo míldio. No entanto, a caça à baleia prosperou e foi uma importante
fonte de rendimento para a população durante um século. A caça profissional à
baleia, que os ilhéus praticavam em pequenas embarcações tripuladas por 10 a 20
remadores (“Botes Baleiros”), foi abandonada em 1984 e a última baleia foi
capturada em 1987. Atualmente existem dois museus baleeiros no Pico. Um
situa-se nas Lajes do Pico e o outro, uma “fábrica da baleia” restaurada, em
São Roque.
A Ilha do Pico oferece
uma variedade de atividades ao ar livre para todos os gostos. Além da escalada
do Pico, é possível fazer caminhadas por trilhos belíssimos, observar baleias e
golfinhos em seu habitat natural, mergulhar em águas cristalinas, explorar
grutas vulcânicas e muito mais. Atualmente, o Pico é um centro de
observação de baleias na Europa, uma indústria que se desenvolveu desde 1985.
Das Lajes e da Madalena partem barcos para observar os mamíferos marinhos. Na
Madalena, os operadores especializaram-se em viagens para fazer snorkeling
com golfinhos selvagens.
As paisagens verdejantes,
as flores coloridas e a fauna diversificada tornam a Ilha do Pico um destino
perfeito para os amantes da natureza e para quem busca tranquilidade e contacto
com a natureza.
Dicas para a visita:
* Melhor época para
visitar: A melhor época para visitar a Ilha do Pico é durante os meses de
verão, de junho a setembro, quando as temperaturas são mais agradáveis e há
menos hipóteses de chuva. No entanto, a ilha é bela em qualquer estação.
* Como chegar: A Ilha do
Pico possui um aeroporto com voos para as outras ilhas dos Açores. Também é
possível chegar à ilha de barco a partir de outras ilhas do arquipélago.
* Onde ficar: A Ilha do
Pico oferece uma variedade de opções de hotéis, pousadas e alojamentos locais.