Os coloridos barcos moliceiros são uma imagem de marca da cidade |
Aveiro tem uma história rica que remonta à época romana. Ao longo dos séculos, a cidade cresceu e prosperou graças à pesca, à produção de sal e ao comércio marítimo. A influência da Ria de Aveiro, um estuário que se estende por toda a região, é fundamental para a identidade da cidade.
Aveiro vive-se junto à ria, no Rossio. O Rossio, sempre identificado como parça pública de encontros e memória, ponto de ligação com a laguna ria, surge referenciada a partir do século XV. Lugar de ligações fluviais e terrestres, polo de economia local e além mar, local de encontros e de práticas religiosas, culturais e sociais.
O Rossio está
presente no topónimo Marinha Rossia ou Rocia, evocando a prática social da
atividade salícola, grande fonte económica de Aveiro até meados do século XX. Zona do porto, do comércio, de alfândega e de
feiras, de festas religiosas, de convívio e lazer.
Ao longo do século XV, verificou-se um grande
desenvolvimento da atividade portuária, inicialmente junto dos canais que limitavam
Aveiro, o que de imediato leva a que se consolide o povoado próximo das áreas
ribeirinhas e dos cais do postagem, junto das portas da muralha.
Aveiro é um verdadeiro museu a céu aberto da arquitetura arte nova |
Com aumento da população e da burguesia endinheirada, e com as influências de outros países, o Rossio cresceu na ocupação do território, envolto pelo casario de pendor arte nova. Novos paradigmas de cultura, de gostos e de formas de vida associado a uma recente republica , transforma o espaço, enquadrada pela frente urbana construída.
Porta do Museu de Arte Nova |
Entre as décadas de 50 e 80 do século XX, a praça já tem a configuração idêntica à que podemos ver atualmente. Continua, contudo, a ser um Rossio, uma praça pública, o “ local de esperança de uma Aveiro moderno e atual “. A relevância do comércio marítimo confere uma grande importância a Aveiro e esta zona central destaca-se pela abundância de circulação de pessoas e bens. Os registos documentam que por Aveiro passavam embarcações de grande porte, sendo esta a zona de entrada e o ponto central do comércio que se fazia das localidades próximas e os centros de comércio internacional. Com todo esse movimento, o Rossio ganha importância central de confluência de interesses comerciais e sociais.
Homem-estátua |
Pela localização central e pela importância histórica, o Rossio é paragem obrigatória dos aveirenses e ponto de partida para visitar Aveiro. No século XV taça grande desenvolvimento da atividade portuária marítima fixantes expandir despovoado junto às zonas ribeirinhas.
O canal central da tem um local um lugar privilegiado na
história da evolução urbana de Aveiro. Foi durante muitos séculos a via de
acesso privilegiado de ir para a vila cidade de Aveiro. É mais do que um braço
da Ria. É o sistema natural e de relevo que leva a paisagem abraço homem e pela
múltiplas ocupações.
Várias pontes juntam as duas margens dos canais. Os estudantes usam-nas para lá colocar fitas a lembrar as amizades forjadas durante o tempo da universidade.
Talvez por ser uma cidade jovem tem uma grande coleção de arte urbana.
Não podemos terminar sem falar dos ovos moles de Aveiro, o ex-libris doce da cidade. Os ovos moles de Aveiro são um dos doces mais emblemáticos de Portugal com uma combinação única de sabores e texturas.
A receita tradicional dos ovos moles de Aveiro é relativamente simples e levam somente três ingredientes principais: gemas de ovo, açúcar e água. Os ovos moles podem depois colocar-se nas conhecidas cápsulas de hóstia, com formatos variados, como peixes, conchas e outros motivos marítimos, ou então em barricas, em cornucópias, e num sem fim de doces.
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