terça-feira, 18 de junho de 2024

Viagem à Coreia : Seul, último m dia


 

Último dia em Seul. Um dia calmo, de meditação. 

Mas antes de entrarmos num espírito meditativo, tivemos que manter os pés na terra e estudar o caminho  para apanharmos, no dia seguinte, o autocarro para o aeroporto. Não queríamos que nos acontecesse o mesmo que aconteceu na véspera que andámos completamente perdidas. O caminho que nos pareceu melhor foi através do hanok Bukchon. 

Depois desse reconhecimento, podemos sim começar o nosso Último passeio Pela cidade.




Santuário de Jongmyo 


Começámos pelo Santuário de Jongmyo é o santuário Confuciano mais importante de Coreia. Aqui estão consagradas as tábuas dos antepassados reais. Foi aqui que se realizaram as cerimónias fúnebres em memória dos reis e rainhas da dinastia Joseon. A construção do santuário de estilo confucionista foi concluída em 1395 por ordem do rei Taejo.

Taejo, o primeiro rei de Joseon, construiu o santuário para homenagear os reis e rainhas falecidos. Também ordenou a construção do Palácio Gyeongbokgung, que foi construído em simultâneo.


Em 1395, Jeongjeon, o pavilhão principal, foi construído com sete câmaras espirituais. Os reis mais prestigiados que viveram uma vida de virtude foram aqui consagrados. Em 1421, foi construído o pavilhão Yeongnyeongjeon (Salão da Paz Eterna) com seis câmaras espirituais.

O santuário original foi então destruído durante a invasão japonesa em 1592. Felizmente, as tábuas foram salvas.


O pavilhão Jeongjeon, o edifício de madeira mais longo da Ásia Oriental,  foi reconstruído em 1608 com onze câmaras espirituais. Ao longo dos anos, o edifício foi sendo ampliado. Em 1726, o pavilhão foi ampliado para quinze câmaras espirituais. Em 1836, foi novamente ampliado para 19 câmaras espirituais.

 

Atualmente, Jeongjeon alberga 49 mesas em 19 câmaras espirituais de antigos reis. As tábuas do Rei Yeonsangun e do Rei Gwanghaegun não se encontram aqui, uma vez que foram destituídos do trono.

A morte de um rei ou de uma rainha era seguida de três anos de luto. Após este período, era colocada em Jongmyo uma placa comemorativa. O santuário ia sendo ampliado quando era necessário mais.

O rei deslocava-se ao santuário várias vezes por ano para venerar os seus antepassados. Com ele ia sempre O príncipe herdeiro e uma série de funcionários e membros da nobreza. Essas cerimónias eram só com homens. As mulheres estavam excluídas exceto no dia em que o rei casava. No dia do casamento, a rainha ia ao santuário prestar homenagem aos anos passados do rei.



Depois de passarmos a porta de entrada do santuário, vemos um caminho de pedra com três filas. A fila do meio era usada pelos oficiais que iriam fazer a cerimónia, carregando as tábuas com os espírito, o incenso e as orações escritas, 

A fila da esquerda era para o rei e a fila da direita era para o príncipe herdeiro.

Este caminho levava a zona dos pavilhões onde se faziam os preparativos para os rituais que duravam cerca de seis dias. O pavilhão do meio era do rei e era construído sempre sobre uma plataforma para ficar mais alto do que os outros. O pavilhão do príncipe herdeiro ficava teste do pavilhão do rei, pois o príncipe herdeiro era visto como o sol nascente.

As cerimónias começavam  à 1 da manhã porque os espírito só estão ativos à noite e tinham quatro passos: Oferta do incenso para dar as boas vindas,  entrega das oferendas que consistiam de comida crua para os espíritos comerem, a preparação da comida e, por fim, a queima do papel com as orações. 

Estava zero então colocadas nas câmaras. Aqui lugar das tábuas era diferente, a oeste ficava a tábua  do rei pois oeste significa o pôr do sol, ou seja, a morte


Templo de Bongwonsa









O Templo de Bongwonsa é um templo budista com mais de 1000 anos, situado no sopé da montanha de Ansan, O templo era conhecido como Banyasa quando foi fundado pelo Mestre Dosun em 889. Estava originalmente localizado nos terrenos da atual Universidade de Yonsei.

Foi mudado para a localização atual em 1748 e foi o próprio rei YongJo que escreveu a caligrafia para o novo nome, Bongwinsa. 

O venerável Lee Dongin, O líder psicológico da Juventude envolvido num golpe de estado falhado de 1884, viveu aqui durante cinco anos, tornando o templo o ninho de tentativas de reforma e modernização.

Em 191, o tempo foi expandido em 1945 foi dirigido um monumento a independência mas com muitas outras propriedades como monumentos incluindo a galinha a caligrafia pelo rei YongJo foi destruído durante a reconquista de saúde pelas forças aliadas em setembro de 1950 durante a Guerra da Coreia. 

Em 1966, foi construído no pavilhão, que foi mais tarde levado para outra parte da cidade. Em 1991, durante a construção do pavilhão gigante dos 3000 Budas, o pavilhão principal do Buda foi destruído por um incêndio mas rapidamente reconstruído como novo pavilhão do julgamento em 1994.

O tempo pertence a ordem do budismo coreano de Taego. Atualmente vivem no mosteiro 50 monges.


Quando o Templo Central de Cheondogyo foi construído, entre 1918 e 1921, foi utilizado como templo do cheondoismo, um movimento religioso coreano do século XX. Cheondogyo significa literalmente "religião do Caminho Celestial"..

 


Catedral de Myeongdong 




Para terminar o passeio por Seul fomos até à catedral católica de Myeongdon. Apesar de haver muitos budistas, a Coreia tem também muitos cristão. 

A Catedral de Myeongdong da Virgem Maria da Imaculada Conceição foi a primeira igreja católica do país e é um importante símbolo do cristianismo.

Foi  primeira igreja de estilo gótico da Coreia a ser construída em tijolo. O telhado da igreja tem 23 metros de altura e a torre do sino tem 45 metros de altura. A planta da igreja foi concebida em torno de uma cruz latina.

As pessoas começaram a reunir-se neste local para exprimir a sua fé a partir de 1784. Na altura, o local era conhecido como Myeongnaebang.

Em 1894, pedreiros chineses iniciaram a construção de uma igreja nova e permanente, utilizando tijolos vermelhos e cinzentos. O rei Gojong, o vigésimo sexto e último rei da dinastia Joseon e primeiro imperador da Coreia, colocou a primeira pedra. Projetada por missionários franceses, a catedral foi construída em estilo gótico.

Quatro anos mais tarde, a 29 de maio de 1898, a construção foi concluída, tendo como padroeira Nossa Senhora da Imaculada Conceição.



Bairro de Myeong-dong



O Último jantar na Coreia foi no bairro de  de Myeong-dong. É uma zona muito animada com imensa gente, muitos restaurantes e inúmeras lojas de marcas de moda internacionais, armazéns comerciais de luxo e lojas de cosméticos fabricados localmente. Os restaurantes oferecem comida coreana e internacional, mas há também uma infinitude de vendedores de rua com a comida de rua coreana, japonesa e  tailandesa, entre outras. 


Myeongdong remonta à Dinastia Joseon, quando se chamava Myeongnyebang. Nessa época , era principalmente uma área residencial.Sob o domínio japonês, foi renomeado como Myeongchijeong em homenagem ao Imperador Meiji e se tornou mais um distrito comercial, sendo influenciado pelo crescente comércio na vizinha área de Chungmuro. Tornou-se oficialmente o distrito de Myeongdong em 1946, após a independência.


Após a Guerra da Coreia e na década de 1960, a economia floresceu e o setor financeiro de Namdaemun-ro e Euljiro gradualmente foi-se expandindo para Myeongdong. A área floresceu à medida que as reformas da cidade ocorreram e os arranha-céus foram construídos.


Muitas armazéns, centros comerciais, restaurantes, lojas de luxo e butiques abriram lojas em Myeongdong e o bairro tornou-se popular entre os jovens na década de 1970.


Além de ser um grande distrito comercial e financeiro, Myeongdong tem sido um local popular para manifestações políticas e protestos, especialmente durante os anos turbulentos das décadas de 1980 e 1990. A Catedral de Myeongdong tem sido um local frequente para muitas dessas manifestações e ainda é até hoje.


domingo, 16 de junho de 2024

Viagem à Coreia . Seul 3




 

Hoje viajámos de comboio-bala de Gyeongju para Seul. 

Tínhamos bilhete para o comboio da 8h30. Ontem ao vermos os horários da camioneta que nos iria levar à estação verificámos que teríamos de apanhar a camioneta às 7h03 para estarmos na estação às oito.. 

Hoje levantámo-nos cedo e à hora certa  apanhámos o autocarros. No entanto, talvez por ser domingo e tão cedo, chegámos à estação às 7h24! Que fazer durante tanto tempo? Lembrámo-nos de ir à bilheteira perguntar se seria possível trocar os bilhetes para um comboio mais cedo. A Korail, a correspondente coreana à nossa CP, mostrou - se muito flexível. Mudou- nos os bilhetes para o comboio das 7h58… e ainda nos devolveu 800 won (€0,54) porque o comboio demora mas 10 minutos a fazer o trajeto. 

 A viagem foi muito suave e às 10h18 estávamos de regresso a Seul. 

O apartamento que escolhemos para estes dias foi no bairro hanok (típico) de Bukchon. Este fica porém na parte alta da cidade, o no que significa que para lá chegarmos tivemos que subir muitas escadas. 



Depois de deixarmos as malas, fomos até ao palácio de Changdeokung, deambulando pelo bairro de Bukchon, antenado as casas antigas. Os moradores lutam pelo seu sossego e em todas as esquinas há não só um sinal a dizer: Sossego por favor, como já um homem com um colete amarelo com na o mesmo pedido. 




A aldeia tradicional é composta por lotes de becos, hanok, e é preservada para mostrar um ambiente urbano de 600 anos, permitindo aos visitantes sentir a atmosfera da Dinastia Joseon. 

Era aqui que viviam os funcionários de alto escalão do governo e da nobreza. 


Palácio de Changdeokgung 





A leste do Palácio de Gyeongdeokung , está o Palácio de Changdeokgung, uma grande residência real. Dos restantes palácios Joseon, é o que está mais bem preservado. O palácio é o segundo mais antigo de Seul, a seguir ao Gyeongbokgung, e foi utilizado como palácio secundário quando foi construído.








A construção do palácio, conhecido como "o palácio da virtude ilustre", começou em 1405, durante o reinado do rei Taejong, e ficou concluída em 1412. Taejong foi o terceiro rei da dinastia Joseon, que reinou de 1400 a 1418.

Este complexo é composto por uma área pública, um edifício residencial para a família real e Huwon, o belo e grande jardim das traseiras utilizado pela realeza para descansar e relaxar. 

Os edifícios estão dispostos em perfeita harmonia com as montanhas e outros ambientes naturais. 

Este tipo de design invulgar é único na Coreia e influenciou a disposição de outras residências reais.

Vários reis residiram aqui até o palácio ter sido incendiado e destruído em 1592, durante a invasão japonesa da Coreia. Por volta de 1610, a reconstrução foi iniciada pelo rei Gwanghaegun com a ajuda do rei Seonjo. Em 1623, foi novamente destruída durante as revoltas políticas e o golpe de Estado militar. Foi reconstruída 24 anos mais tarde, em 1647.

Changdeokgung foi a principal residência real de Seul durante 270 anos. Sunjong, o segundo e último imperador da Coreia, que reinou de 1907 a 1910, viveu aqui até à sua morte em 1926.

Apesar de ter sido danificado, destruído, reconstruído e substituído ao longo da sua história, o Palácio de Changdeokgung, um dos mais belos de Seul, graças ao seu jardim e à sua envolvente natural, continua a ser um dos exemplos mais bem preservados da arquitetura palaciana coreana.








Especial foi a visita aos jardins secretos do palácio com palácios e pavilhões muito conservados. 










O jantar foi no mercado de Gwangjang, um dos  maiores e dos Mais antigos da Coreia. tem mais de 5000 lojas. Inúmeros restaurantes que cozinham essencialmente comida de rua simples como patas de galinha, miúdos de vaca e de porco, bolinhos de arroz, massinha etc

Viagem à Coreia - Busan 1



Hoje viajámos de comboio-bala de Seul para Busan. Pela fresca deixámos o nosso apartamento em Seul e fomos para a paragem do autocarro. Rapidamente chegámos à estação de comboios - às 6h da manhã ainda não há trânsito. 

A estação, porém, há no estava com grande atividade. Os comboios suburbanos despeja vem centenas de pessoas, de modo no que até havia uma na espécie de  “polícias sinaleiros” a regular o fluxo dos passageiros. 

Fomos logo para a “sala” de espera dos comboios de alta velocidade. Não era uma sala, mas uma zona de espera em anfiteatro, com pequenas mesas com tomadas para recarregar os aparelhos electrónicos. 

Dez minutos no antes da partida, somos convidados a descer à plataforma. No chão está marcado o sítio onde irá parar cada uma das carruagens. 

Pontualmente o comboio entra na estação e sem pressas todas os passageiros entraram. 

O comboio é confortável, silencioso e … rápido. Cada lugar tem um carregador para o telemóvel. Parece um suporte de telemóvel, mas é um carregador.  O que não esperava é que a cada de banho estivesse sujíssima! Um horror!

As 2h20 de viagem passaram rapidamente. Chegámos a Busan à hora prevista. No Centro de BBC Turismo fomos atendidas por uma funcionária muito simpática e que falava bem inglês - e que nos convenceu a ficar mais um dia na cidade, em vez de irmos a Andong e a Hahoe. Só teríamos de prolongar o aluguer do apartamento. 













O apartamento que alugámos ficava bem pertinho da estação, a somente 4 paragens de elétrico. A zona é conhecida por “40 degraus” porque uma escadaria com 40 degraus  liga a parte alta da baixa. Aliás, toda a cidade está cheia de escadas, pois Busan está encurralada entre o mar e as montanhas. 

Para este bairro vieram muitos refugiados durante a Guerra da Coreia e aqui viveram em casas muito pobres e com grandes dificuldades. Agora a cidade relembra-os em diversas estátuas: uma mãe com dois filhos, um tocador de acordeão, um fazedor de bolachas de arroz , etc.

Felizmente podemos entrar logo no apartamento. Deixámos as mochilas e partimos à descoberta da cidade. 


Ao contrário de Seul que tem a maioria dos monumentos mais ou menos no centro, Busan está espraiada. Tivemos que planear a visita à cidade por zonas. 

Começámos pelo Museu de Busan, ótimo para ficarmos a as conhecer a história da cidade. 

Os primeiros registos humano na região são de há 700 mil anos. No século XV a.C. Iniciou-se o cultivo do arroz. 

A cidade desenvolveu- se durante a dinastia Joseon, tendo-se tornado a grande fortaleza de defesa quando Jin abriu um porto em 1397. O reino de Joseon já tinha relações diplomáticas com o Japão e Busan era a única cidade em todo o reino a ter uma Casa do Japão. Busan servia igualmente como placa giratória de comércio, que era frequentada frequentemente por comerciantes japoneses no caminho de regresso ao seu país 

A dinastia Joseon adotou o neo confucionismo como ideologia nacional, promovendo-o como indicadores espirituais e princípios pedagógicos. 

No século XVI, rebentaram vários conflitos domésticos e externos em várias nações asiáticas. O Japão sofreu grandes prejuízos económicos por causa do comércio entre o reino Joseon e a dinastia Ming da China. Assim, em 1592,  o Japão decidiu invadir a Coreia para resolver as lutas entre diversos grupos de poder domésticos, tentando ao mesmo tempo resolver as dificuldades económicas.  Foi o início de uma longa ocupação do país. 

O grande movimento de revolta contra o Japão começou a 11 de março de 1919 na escola feminina de Ilshin de Busan. 

Durante a Guerra da Coreia,  Busan tornou- se a capital provisória da Coreia durante 1023 dias., de 18 de agosto de 1950 até 15 de agosto de 1953. 

Com mais 49 mil estudantes, Busan teve de  abrir 49 novas escolas. Como as escolas foram transformadas em hospitais, as escolas passaram a funcionar debaixo de árvores ou em largos ao ar livre.

Monumento às Nações Unidas


Depois da visita do museu, demos um passeio pelo parque onde está instalado. No cruzamento em frente do museu está um grande monumento relembrando a presença da Nações Unidas no país aquando da Guerra da Coreia. 22 países enviaram tropas para a força de ajuda das ONU. 


Mais adiante está o cemitério das Nações Unidas, o único cemitério das Nações Unidas em todo o mundo. Foi começado em 1951. Aqui estão enterrados mais de 2300 pessoas de 13 países que no âmbito das Nações Unidas morreram durante a a guerra. Há alguns veteranos da guerra que deixaram em testamento querer ser enterrados aqui. 

O cemitério está cuidadissimo. Todos os dias há duas cerimónias fixas; a do içar da bandeira às 10h e do arraiar às18h. 

O cemitério está dividido pelos diversos países. No meio passa um pequeno curso de água que tem o nome do soldado mais jovem que morreu: James Patrick Daunt, um australiano de somente 17 anos. 

Muro da 


No Muro da Memória estão escrito os nomes de todos os elementos da ONU  que morreram. 


O sol estava na quase a pôr- se mas c ainda queríamos ir  ao Skywalk. Apesar dos transportes públicos serem fantásticos, resolvemos apanhar um Uber para termos a certeza que chegaríamos antes de fechar. E conseguimos. 



O Skywalk é uma plataforma que avança sobre o mar e que tem o chão de vidro. À entrada , foram- nos dados umas pantufas de feltro que calçámos sobre os nossos sapatos. Assim evita-se riscar o vidro quando  vamos ver de cima o mar e os rochedos. E ao longe os ilhéus,  os arranha-céus de luxo do bairro de Haeundae.


Terminámos o dia num pequeno restaurante entre a Chinatown e a estação de comboios onde comemos um delicioso polvo estufado e uma sopa de ossos de vaca. 

Polvo estufado



Sopa de ossos de vaca