domingo, 16 de junho de 2024

Viagem à Coreia - Busan 1



Hoje viajámos de comboio-bala de Seul para Busan. Pela fresca deixámos o nosso apartamento em Seul e fomos para a paragem do autocarro. Rapidamente chegámos à estação de comboios - às 6h da manhã ainda não há trânsito. 

A estação, porém, há no estava com grande atividade. Os comboios suburbanos despeja vem centenas de pessoas, de modo no que até havia uma na espécie de  “polícias sinaleiros” a regular o fluxo dos passageiros. 

Fomos logo para a “sala” de espera dos comboios de alta velocidade. Não era uma sala, mas uma zona de espera em anfiteatro, com pequenas mesas com tomadas para recarregar os aparelhos electrónicos. 

Dez minutos no antes da partida, somos convidados a descer à plataforma. No chão está marcado o sítio onde irá parar cada uma das carruagens. 

Pontualmente o comboio entra na estação e sem pressas todas os passageiros entraram. 

O comboio é confortável, silencioso e … rápido. Cada lugar tem um carregador para o telemóvel. Parece um suporte de telemóvel, mas é um carregador.  O que não esperava é que a cada de banho estivesse sujíssima! Um horror!

As 2h20 de viagem passaram rapidamente. Chegámos a Busan à hora prevista. No Centro de BBC Turismo fomos atendidas por uma funcionária muito simpática e que falava bem inglês - e que nos convenceu a ficar mais um dia na cidade, em vez de irmos a Andong e a Hahoe. Só teríamos de prolongar o aluguer do apartamento. 













O apartamento que alugámos ficava bem pertinho da estação, a somente 4 paragens de elétrico. A zona é conhecida por “40 degraus” porque uma escadaria com 40 degraus  liga a parte alta da baixa. Aliás, toda a cidade está cheia de escadas, pois Busan está encurralada entre o mar e as montanhas. 

Para este bairro vieram muitos refugiados durante a Guerra da Coreia e aqui viveram em casas muito pobres e com grandes dificuldades. Agora a cidade relembra-os em diversas estátuas: uma mãe com dois filhos, um tocador de acordeão, um fazedor de bolachas de arroz , etc.

Felizmente podemos entrar logo no apartamento. Deixámos as mochilas e partimos à descoberta da cidade. 


Ao contrário de Seul que tem a maioria dos monumentos mais ou menos no centro, Busan está espraiada. Tivemos que planear a visita à cidade por zonas. 

Começámos pelo Museu de Busan, ótimo para ficarmos a as conhecer a história da cidade. 

Os primeiros registos humano na região são de há 700 mil anos. No século XV a.C. Iniciou-se o cultivo do arroz. 

A cidade desenvolveu- se durante a dinastia Joseon, tendo-se tornado a grande fortaleza de defesa quando Jin abriu um porto em 1397. O reino de Joseon já tinha relações diplomáticas com o Japão e Busan era a única cidade em todo o reino a ter uma Casa do Japão. Busan servia igualmente como placa giratória de comércio, que era frequentada frequentemente por comerciantes japoneses no caminho de regresso ao seu país 

A dinastia Joseon adotou o neo confucionismo como ideologia nacional, promovendo-o como indicadores espirituais e princípios pedagógicos. 

No século XVI, rebentaram vários conflitos domésticos e externos em várias nações asiáticas. O Japão sofreu grandes prejuízos económicos por causa do comércio entre o reino Joseon e a dinastia Ming da China. Assim, em 1592,  o Japão decidiu invadir a Coreia para resolver as lutas entre diversos grupos de poder domésticos, tentando ao mesmo tempo resolver as dificuldades económicas.  Foi o início de uma longa ocupação do país. 

O grande movimento de revolta contra o Japão começou a 11 de março de 1919 na escola feminina de Ilshin de Busan. 

Durante a Guerra da Coreia,  Busan tornou- se a capital provisória da Coreia durante 1023 dias., de 18 de agosto de 1950 até 15 de agosto de 1953. 

Com mais 49 mil estudantes, Busan teve de  abrir 49 novas escolas. Como as escolas foram transformadas em hospitais, as escolas passaram a funcionar debaixo de árvores ou em largos ao ar livre.

Monumento às Nações Unidas


Depois da visita do museu, demos um passeio pelo parque onde está instalado. No cruzamento em frente do museu está um grande monumento relembrando a presença da Nações Unidas no país aquando da Guerra da Coreia. 22 países enviaram tropas para a força de ajuda das ONU. 


Mais adiante está o cemitério das Nações Unidas, o único cemitério das Nações Unidas em todo o mundo. Foi começado em 1951. Aqui estão enterrados mais de 2300 pessoas de 13 países que no âmbito das Nações Unidas morreram durante a a guerra. Há alguns veteranos da guerra que deixaram em testamento querer ser enterrados aqui. 

O cemitério está cuidadissimo. Todos os dias há duas cerimónias fixas; a do içar da bandeira às 10h e do arraiar às18h. 

O cemitério está dividido pelos diversos países. No meio passa um pequeno curso de água que tem o nome do soldado mais jovem que morreu: James Patrick Daunt, um australiano de somente 17 anos. 

Muro da 


No Muro da Memória estão escrito os nomes de todos os elementos da ONU  que morreram. 


O sol estava na quase a pôr- se mas c ainda queríamos ir  ao Skywalk. Apesar dos transportes públicos serem fantásticos, resolvemos apanhar um Uber para termos a certeza que chegaríamos antes de fechar. E conseguimos. 



O Skywalk é uma plataforma que avança sobre o mar e que tem o chão de vidro. À entrada , foram- nos dados umas pantufas de feltro que calçámos sobre os nossos sapatos. Assim evita-se riscar o vidro quando  vamos ver de cima o mar e os rochedos. E ao longe os ilhéus,  os arranha-céus de luxo do bairro de Haeundae.


Terminámos o dia num pequeno restaurante entre a Chinatown e a estação de comboios onde comemos um delicioso polvo estufado e uma sopa de ossos de vaca. 

Polvo estufado



Sopa de ossos de vaca