quarta-feira, 16 de abril de 2025

Viagem aos antípodas - dia 7 - Rotorua

 


Dia fantástico em Rotorua, uma cidade com uma Uma grande atividade geotérmica, um verdadeiro mundo de maravilhas termais - é um constante cheirou a enxofre. 


Rotorua, situada no coração da Ilha Norte da Nova Zelândia, e o integrada na Zona Vulcânica de Taupo, uma região geologicamente ativa que se estende desde a Ilha Branca até o Monte Ruapehu, oferece um cenário único onde as forças da Terra se manifestam de formas impressionantes e diversas.

Esta atividade geotérmica é o resultado da fina crosta terrestre na região, impulsionada pelo calor do manto terrestre. A água subterrânea penetra profundamente na terra, onde é aquecida pelas rochas vulcânicas quentes. Esta água superaquecida e rica em minerais então ascende à superfície, criando uma variedade de fenômenos termais fascinantes.

As Manifestações Espetaculares da Geotermia:

Ao visitarmos Rotorua somos presenteados com um espetáculo natural inesquecível, que inclui:


 * Géiseres, jatos de água quente e vapor que irrompem do solo com força impressionante. O Géiser Pōhutu, em Te Puia, é o maior da Nova Zelândia e um dos mais confiáveis do mundo, com erupções frequentes que alcançam até 30 metros de altura.


 * Piscinas de Lama Borbulhante, poças de lama cinzenta que borbulham e estalam devido aos gases geotérmicos que escapam. Estes "vulcões de lama" oferecem um vislumbre da energia fervente sob a superfície.

 * Fontes Termais:, piscinas de água quente natural, ricas em minerais, que variam em cor e temperatura, devido aos minerais dissolvidos e às reações químicas, e que são usadas para banhos terapêuticos, como as famosas piscinas do Polynesian Spa,  ou a Champagne Pool em Wai-O-Tapu  com as suas bordas laranja e efervescência constante.


 * Fumarolas, aberturas na crosta terrestre que emitem vapor e gases geotérmicos, muitas vezes com um forte cheiro de enxofre.

 * Terraços de Sinter: Formações rochosas coloridas criadas pelos minerais depositados pela água geotérmica que escorre pela superfície. Os terraços de sinter em Orakei Korako e as antigas Pink and White Terraces (destruídas pela erupção do Monte Tarawera em 1886, mas ainda com remanescentes visíveis) são exemplos notáveis.

 * Lagos  formados em antigas crateras vulcânicas, como o Lago Rotoiti e o Lago Rotorua, que também exibem atividade geotérmica em suas margens.

O nosso guia, o chefe Wawi

A importância cultural e económica:

Para o povo Māori, a atividade geotérmica de Rotorua é uma taonga (tesouro) de grande significado cultural e espiritual. Durante séculos, eles utilizaram as fontes termais para cozinhar, aquecer, tomar banho e para fins medicinais e cerimoniais. Aldeias Māori, como Whakarewarewa, estão integradas às paisagens geotérmicas, demonstrando uma coexistência única entre a cultura e a natureza.

Economicamente, a geotermia é um pilar do turismo em Rotorua. devido aos minerais dissolvidos e às reações  visitámos a aldeia de Whakarewarewa, onde o chefe Wawi nos explicou tudo. A visita terminou com um interessante espetáculo com canções tradicionais (waiata) e danças (haka).



 


Whakarewarewa, a aldeia maori que visitámos, está aninhada no vale geotérmico de Rotorua,. Mais do que um simples local turístico, Whakarewarewa é o lar para 44 pessoas de  21 famílias. que mantêm uma ligação ancestral profunda com esta paisagem geotérmica e vivem em harmonia com as fontes termais, géiseres e piscinas de lama borbulhante, utilizando os recursos naturais para o seu dia a dia e preservando as suas tradições culturais.







As casas e os edifícios da aldeia estão construídos entre as manifestações termais, com o vapor a serpentear entre as estruturas e o som constante da atividade geotérmica. 

Os habitantes de Whakarewarewa adaptaram-se engenhosamente ao seu ambiente geotérmico. As fontes termais são utilizadas para cozinhar alimentos de forma tradicional, em cestos  enterrados no solo quente ou em piscinas de água fervente. As caixas de madeira onde cozinham são vistas como os microondas desta aldeia. . . As águas termais também são utilizadas para banhos terapêuticos e para aquecimento - mas que não estão disponíveis para os visitantes.


Durante a visita, pudemos testemunhar a força da natureza, com a erupção espetacular do Géiser Pōhutu, o maior da Nova Zelândia. Este gigante natural entra em erupção várias vezes ao dia, lançando jatos de água quente e vapor a alturas impressionantes. 

O jardim do governador 

Depois de almoço, temos um passeio pelo jardim do governador., um contraponto aos poços de lama . Este parque histórico  é um oásis de serenidade e beleza.


Originalmente estabelecido nas margens do Lago Rotorua, o Jardim do Governador possui uma história rica e fascinante. A área foi outrora conhecida como Te Wharepuni, uma importante aldeia Māori com fontes termais de grande significado cultural e medicinal. No final do século XIX, o governo da Nova Zelândia reconheceu o potencial turístico da região e reservou a área para um jardim público.

O desenho do jardim reflete a estética vitoriana da época, com caminhos sinuosos, canteiros de flores bem cuidados, árvores majestosas e amplos relvados . Ao passearmos pelo parque, somos envolvidos por uma atmosfera de calma e beleza natural.

O Jardim do Governador abriga vários edifícios históricos, que testemunham a evolução da região, como o Museu de Rotorua  Te Whare Taonga o Te Arawa, o antigo Edifício de Banhos Públicos, em Tudor Revival, que Infelizmente estava envolto em tela para reconstrução, ou o Band Rotunda,  para concertos e apresentações musicais . 

O Jardim do Governador continua a ser um contraponto à geotermia. Enquanto Rotorua é famosa pela sua atividade geotérmica, o Jardim do Governador oferece um contraponto sereno a este cenário vulcânico. A beleza paisagística e a atmosfera calma proporcionam um refúgio relaxante.

No final do dia, fomos à Ponta do Enxofre onde, no rio, existe um santuário de pássaros  na realidade, este santuário de gaivotas. 

As gaivotas são uma visão comum ao longo da costa da Nova Zelândia e também podem ser encontradas em lagos do interior e áreas urbanas. Existem várias espécies de gaivotas nativas da Nova Zelândia, cada uma com suas próprias características e habitats únicos.

Uma das espécies de gaivotas mais comuns na Nova Zelândia é a gaivota-prateada (Chroicocephalus novaehollandiae scopulinus). Esta gaivota de tamanho médio tem costas cinzas, partes inferiores brancas e um bico e pés vermelhos. São frequentemente vistos revirando praias, parques e lixeiras em busca de comida.

Outra espécie nativa é a gaivota-de-bico-preto (Chroicocephalus bulleri), que é menor que a gaivota-prateada e tem um bico preto distinto. Esta espécie está infelizmente em declínio e é classificada como criticamente ameaçada. Eles são normalmente encontrados em rios trançados e áreas úmidas do interior da Ilha Sul.

A gaivota-de-bico-vermelho (Chroicocephalus scopulinus) é outra espécie endêmica encontrada na Nova Zelândia. Como o nome sugere, eles têm um bico vermelho brilhante e podem ser encontrados ao longo das áreas costeiras, especialmente na Ilha Sul.

As gaivotas desempenham um papel importante no ecossistema da Nova Zelândia como limpadores e predadores. Eles se alimentam de uma variedade de itens, incluindo peixes, caranguejos e restos de comida. Embora sejam frequentemente vistos como barulhentos e às vezes um pouco incômodos, as gaivotas são parte integrante da vida selvagem da Nova Zelândia.

As populações de algumas espécies de gaivotas nativas, como a gaivota-de-bico-preto, estão enfrentando ameaças devido à perda de habitat, predação por espécies introduzidas e perturbação humana. Os esforços de conservação estão em andamento para proteger essas aves e seus habitats para garantir sua sobrevivência para as gerações futuras.


terça-feira, 15 de abril de 2025

Viagem aos antípodas - dia 6 - de Pauanui a Rotorua

 


De Pauanui seguimos para Whangamata, outra  praia popular nesta costa, conhecida como capital do surf.  

O nome Māori "Whangamatā" significa "baía de obsidiana", referindo-se às pedras vulcânicas escuras que eram encontradas na área.

A praia de Whangamata ė famosa pelo sua extensão de areia branca com cerca de 6 quilômetros e pelas suas excelentes ondas para surfe , sendo considerada uma das melhores praias da Nova Zelândia.

O “Bar de  Whangamata" é um famoso banco de areia que cria onda s excecionais 

Em frente da ilha temos a Ilha Whenuakura com uma lagoa escondida, acessível por caiaque ou a nado na maré baixa. 

Whangamata tem uma população residente de cerca de 4500 habitantes, mas esse número aumenta significativamente durante os meses de verão.

Antes da chegada dos europeus, a área era habitada por tribos Māori que utilizavam os recursos naturais, incluindo a obsidiana encontrada na praia para a fabricação de ferramentas. A cidade começou a se desenvolver após a construção de uma estrada ligando-a a Waihi em 1923, o que facilitou o acesso.


Seguimos para a histórica cidade mineira de Waihi, uma cidade, cuja  história e identidade estão intrinsecamente ligadas à mineração de ouro, que moldou o seu desenvolvimento e continua a ser uma parte significativa do seu caráter.

Crianças a brincar na água quente que saia da mina 

O nome "Waihi" tem origem na língua Māori e significa "água que jorra" ou "água em cascata", provavelmente referindo-se aos riachos e quedas de água da região. No entanto, foi a descoberta de ouro no final do século XIX que realmente colocou Waihi no mapa.



Em 1878, ouro de alta qualidade foi descoberto em Martha Hill, marcando o início de uma intensa corrida ao ouro. A mina de ouro de Martha rapidamente se tornou uma das maiores e mais produtivas minas de ouro da Nova Zelândia, atraindo mineiros e famílias de todo o país e do mundo. A cidade de Waihi cresceu rapidamente em torno da mina, com a construção de casas, negócios e infraestruturas para apoiar a crescente população.

A mina de ouro de Martha operou continuamente por mais de um século, passando por várias fases de propriedade e expansão. Em 1952, a mina subterrânea original fechou, mas a mineração a céu aberto recomeçou em 1987, revitalizando a economia local. A enorme cratera da mina a céu aberto é hoje uma característica marcante da paisagem de Waihi e um testemunho da sua história mineira.

Vale a pena fazer o  passeio de 4 km à volta da cratera da mina. 


A rua principal tem uma série de lojas, cafés, restaurantes e galerias de arte.

Depois de um belo almoço fomos até às quedas de água de Owharoa, onde nadámos no pequeno lago que se formou na sua base, seguindo para o desfiladeiro de Karangahake, sempre ao lado de um maravilhoso  curso de água.



Antes de chegarmos a Rotorua ainda passámos pelo local onde foi filmado os Hobbits e o Senhor dos Anéis



Viagem aos antípodas - dia 5 - de Auckland à Hot Water Beach





A viagem de Auckland a Pauanui é lindíssima. Passámos por montes e vales, por grandes  grandes matas de fetos e muitos mares de tufos, nos vales e nas colinas acima. 


 Que diferença o trânsito de domingo para 2ª f? No domingo tudo estava calmo na cidade. Hoje era um autêntico caos. A entrada em Auckland estava atafulhada. Quilómetros e o quilómetros de carros parados! Felizmente, nós íamos em sentido contrário em direção a Miranda. 

Ao sair do limite da cidade de Auckland, a paisagem muda para terras agrícolas exuberantes. Atravessámos as planícies férteis de Hauraki - uma das maiores regiões produtoras de leite da Nova  Zelândia. Na língua maori, o termo Hauraki significa vento do norte.  

Passámos pelo estuário do Tamisa, um paraíso para a vida selvagem e aves costeiras e fizemos  depois um pequeno desvio para a vizinha Pūkorokoro (até 2015 conhecido como Miranda) para ver os grandes bandos de godwits (nem sei o nome destes pássaros em Português) e ostraceiros. Pūkorokoro é um forte histórico e uma pequena aldeia no Firth estatuário do Tâmisa. As Miranda Hot Springs são outra atração. O Makomako Marae local é um ponto de encontro tradicional para Ngāti Pāoa e apresenta a casa de reuniões Rangimarie. A aldeia Ngāti Paoa de Pūkorokoro foi renomeado após o navio de guerra HMS Miranda, que trouxe 300 soldados do 70º Regimento de Surrey para a área em 1863, junto com mais 600 homens em outros navios. Embora o iwi local, Ngāti Pāoa, fosse leal à Coroa, a sua povoação de Pūkorokoro foi bombardeada pelo Miranda, matando muitos dos aldeões. Os soldados deviam construir um forte para apoiar as tropas britânicas que lutavam na região de Waikato durante as guerras da Nova Zelândia. Acabaram por ser construídos vários redutos, um dos quais recebeu o nome do navio que liderava a pequena flotilha de tropas. Um promontório local também ostenta o nome, garantindo assim a fixação do nome.



A próxima localidade por onde passámos foi a antiga cidade mineira de Thames. A cidade de Thames começou como sendo uma pequena localidade dividida em duas zonas (Grahamstown e Shortland), em 1874, que se dedicavam principalmente à exportação do ouro proveniente das minas que se localizam perto da autoestrada 25, no pico este da ilha, na península de Coromandel, com, quedas de água mar e desfiladeiros rochosos.

Algumas lendas Maori falam da ocupações ndeste local a partir do ano de 950 da nossa era, uma das primeiras ocupações da Polinésia. Samuel Marsden e os missionários anglicanos ocuparam estas terras por volta do ano de 1824. Após isso, em 1867, William Hunt descobriu ouro em Kuranui que veio a revelar-se uma lucrativa mina de ouro. Por volta do ano de 1868 havia nesta zona cerca de 18 000 pessoas que viviam em Thames, fazendo deste local a maior concentração populacional da Nova Zelândia imediatamente atrás de Auckland. 
Queríamos visitar o museu de história de Thames pois seria um bom lugar para aprender um pouco mais sobre as origens desta região. Mas… não foi possível. 

Bem de Thames que caminho seguir? Havia duas rotas diferentes para a costa leste do Coromandel.
Diretamente sobre a cordilheira Coromandel irá até a costa em 45 minutos ou até Coromandel Township ao longo da Pohutukawa Coast (auto estrada. Costal do Pacifico). Foi este último o caminho que escolhemos ) e revelou-se  um passeio espetaculares com paisagens lindíssimas: vales, montes, baías, praias. 

Parámos finalmente em Hot Water Beach . Obviamente e porque chegámos na mré baxa fomos  logo para a praia.

A Hot Water Beach é famosa pelas suas nascentes termais. Tal como os locais, escavámos a nossa própria "piscina" na areia para gozarmos as águas termais que podem chegar a 60°C. E como escavámos a piscina? Pedimos uma pá emprestada! 

Para refrescar, nada como um mergulho no Pacífico.


Depois seguimos para Pauanui, onde pernoitámos. 

Pauanui é uma estância balnear localizada na costa leste da Península de Coromandel. O nome "Pauanui" significa "grandes paua" em Māori, referindo-se às grandes ostras que se encontram na área.

Desenvolvida no final da década de 1960, Pauanui foi concebida como uma cidade de férias sofisticada, com estradas vermelhas distintas para melhorar a visibilidade dos pedestres, uma característica pioneira na Nova Zelândia na época. A cidade possui uma atmosfera relaxante.

A principal atração de Pauanui é a sua extensa praia arenosa. 

O comércio está numa praça perto da igreja.

Com uma população relativamente pequena, mas que aumenta significativamente durante os períodos de férias, Pauanui mantém um ambiente acolhedor e descontraído.

domingo, 13 de abril de 2025

Viagem aos antípodas - dia 4 - Auckland


 

Auckland é não só a maior metrópole da nova Zelândia, com uma população de um milhão e meio de habitantes, como é a capital económica do país. É uma cidade muito cosmopolita e multiétnica, sendo a 4ª maior cidade do mundo no que respeita o número de habitantes que nasceram fora do país: 39%!  




A cidade tem 53 cones vulcânicos, alguns ainda em atividade. A atividade eruptiva futura continua a ser uma ameaça para a cidade, e provavelmente ocorrerá num local novo e desconhecido dentro do campo. A atividade mais recente ocorreu aproximadamente em 1450 d.C. no vulcão Rangitoto. Este evento foi testemunhado por ocupantes maoris da área, tornando-se a única erupção dentro do campo vulcânico de Auckland até agora observada por humanos.

Auckland situa-se entre o Golfo Hauraki a leste, a cordilheira Hunua a sudeste, o porto de Manukau a sudoeste e a cordilheira Waitākere e outras cordilheiras mais pequenas a oeste e noroeste.

As áreas centrais da cidade estão localizadas no istmo de Auckland, com menos de dois quilómetros de largura no seu ponto mais estreito, entre a enseada de Māngere e o rio Tāmaki. Existem dois portos em redor deste istmo. Pontes atravessam partes de ambos os portos, nomeadamente a Auckland Harbour Bridge, que atravessa o Waitematā Harbour a oeste da zona empresarial central. A ponte Māngere e a Upper Harbour Bridge atravessam a parte superior dos portos de Manukau e Waitematā, respetivamente. Antigamente, os portos atravessavam as secções mais estreitas do istmo.

O istmo de Auckland, foi colonizado pela primeira vez por volta de 1350 e era valorizado pelas suas terras ricas e férteis.

O nome em língua maori para Auckland é Tāmaki Makaurau, que significa “Tāmaki desejado por muitos”, em referência à conveniência dos seus recursos naturais e geografia. Existem várias teorias sobre a origem do nome “Tāmaki”. É considerado por alguns como sendo o istmo entre os dois portos da área, que é dito ser o nome de um filho de Maruiwi de Taranaki, uma linha de chefes do sul de Taranaki, ou uma líder feminina de Ngāti Te Ata.

No início dos anos 1700, Te Waiohua, uma confederação de tribos como Ngā Oho, Ngā Riki e Ngā Iwi, tornou-se a principal força influente no istmo de Auckland. A confederação chegou ao fim por volta de 1741, quando o chefe supremo Kiwi Tāmaki foi morto numa batalha. A partir da década de 1740, Ngāti Whātua Ōrākei tornou-se a principal força influente no istmo de Auckland.

Estima-se que a população Māori na área tenha atingido um pico de 20 000 pessoas antes da chegada dos europeus. A introdução de armas de fogo no final do século XVIII, que começou em Northland, perturbou o equilíbrio de poder e levou a uma guerra intertribal devastadora a partir de 1807, fazendo com que os iwi que não tinham as novas armas procurassem refúgio em áreas menos expostas a ataques costeiros. Como resultado, a região tinha um número relativamente baixo de Māori quando começou a colonização pelos neozelandeses europeus.

Em 1840, William Hobson, então tenente-governador da Nova Zelândia, estabeleceu aí uma colónia e, um ano depois, a escolheu como sua nova capital, após Ngāti Whātua Ōrākei lhe ter feito fez uma “doação” estratégica de terras para a nova capital.

William Hobson deu à área o nome de George Eden, Conde de Auckland, Primeiro Lorde Britânico do Almirantado. O condado de Auckland foi batizado em homenagem a West Auckland, uma aldeia do condado de Durham, no norte de Inglaterra. Pensa-se que o nome “Auckland” em West Auckland tem origem na palavra cúmbrica “Alclud”, que era o nome alternativo do Reino de Strathclyde, que significa “penhasco no Clyde”. Pensa-se que “Clyde” poderá ser o antigo nome do rio Gaunless.

O conflito entre os Māori e os Europeus sobre as terras da região levou à guerra em meados do século XIX.

No entanto,  Port Nicholson (mais tarde rebatizada Wellington) era considerada uma melhor escolha para capital administrativa, devido à sua proximidade da Ilha do Sul, e Wellington tornou-se a capital em 1865. Depois de perder o seu estatuto de capital, Auckland continuou a crescer, inicialmente devido ao seu porto e às atividades madeireiras e de mineração de ouro no seu interior, e mais tarde devido à agricultura pastoril (especialmente a produção de leite) na área circundante, e à indústria transformadora na própria cidade.

A Universidade de Auckland, fundada em 1883, é a maior universidade da Nova Zelândia.



Auckland é popularmente apelidada de “Cidade das Velas” ou “Cidade Rainha”, devido à popularidade da vela na região. 135 000 iates e lanchas estão registrados em Auckland, e cerca de 60 500 dos 149 900 proprietários de iates registados no país são de Auckland, com cerca de uma em cada três famílias de Auckland possuindo um barco.

Começámos o nosso passeio pela cidade pela Sky Tower, um marco na paisagem urbana de Auckland. Com uns impressionantes 328 metros de altura, é a estrutura mais alta da Nova Zelândia e oferece vistas panorâmicas deslumbrantes sobre a cidade, o porto de Waitematā e as colinas circundantes.

Construída entre 1994 e 1997, a Sky Tower não é apenas uma maravilha da engenharia moderna, mas também um centro de entretenimento e aventura. 

A construção da Torre número dois anos e nove meses e custou 85 milhões de dólares. Pesa 21 milhões de quilos o corresponde ao peso de 6000 elefantes.

Subimos em elevadores com frente de vidro até 51º onde se encontra o 1º  deck de observação, e depois ao 60º, dona tivemos até 80 quilómetros em todas as direções.

À noite, a Sky Tower ilumina-se com exibições de luzes LED vibrantes, tornando-se um espetáculo visual para todos em Auckland.

Do cimo da torre  podem também fazer-se saltos - 11 segundos de adrenalina pura. 



Culturalmente, a não perder a Galeria de Arte e o Museu Memorial da Guerra de Auckland (Māori: Tāmaki Paenga Hira), também conhecido como Museu de Auckland. Fundado em 1852, o museu estava originalmente instalado numa pequena casa de campo em Grafton Road, conhecida como “Old Government Farm House” ou “The Governor's Dairy”, perto da esquina com a Symonds Street, uma área que atualmente faz parte da Universidade de Auckland.

No primeiro ano de atividade, o museu atraiu 708 visitantes. O interesse foi diminuindo ao longo da década seguinte, mesmo com o crescimento da sua coleção, e em 1869 o museu, algo negligenciado e abandonado, foi transferido para o Instituto de Auckland, uma sociedade erudita formada dois anos antes. Foi construído um edifício de estilo italiano para albergar as coleções do museu, tendo sido inaugurado em 1876. Estas novas instalações incluíam uma grande galeria iluminada no topo por uma claraboia com estrutura metálica. Esta sala revelou-se problemática, uma vez que era impossível aquecer durante o inverno e, por outro lado, sobreaquecia durante o verão. Os toldos de lona utilizados para proteger o telhado da luz solar intensa tornavam as exposições difíceis de ver na escuridão resultante. No enanto, muita gente visitava o museu, incluindo o artista francês Gauguin, que desenhou vários objetos Maori e mais tarde os incorporou nas suas pinturas do período do Taiti.

Nos primeiros anos do século XX, o museu e as suas coleções floresceram sob a orientação do visionário conservador Thomas Cheeseman, que tentou estabelecer um sentido de ordem e separar as coleções de história natural, escultura clássica e antropologia, que anteriormente tinham sido expostas de forma pouco sistemática. A necessidade de melhores condições de exposição e de mais espaço obrigou a uma mudança do local de Princes Street e, por fim, o projeto de um museu construído para o efeito fundiu-se com a ideia de criar um memorial para homenagear os soldados perdidos na Primeira Guerra Mundial.

Junto à Catedral de São Patrício vimos a procissão de Domingo de Ramos  



A Catedral Católica de São Patrício, localizada no coração de Auckland, é oficialmente conhecida como Catedral de São Patrício e São José. É a igreja principal  da Diocese Católica Romana de Auckland e a sede do Bispo de Auckland.

A história da catedral remonta a 1841, quando o Bispo Jean-Baptiste Pompallier, o primeiro bispo católico da Nova Zelândia, adquiriu o terreno. Uma capela de madeira foi construída em 1843, que foi substituída por uma igreja de pedra em 1848. À medida que a população católica de Auckland crescia, também crescia a necessidade de uma igreja maior. Em 1884, foi construída uma nova nave, incorporando a igreja de pedra original como transepto. A estrutura que vemos hoje foi concluída em 1907.

Arquitetonicamente, a Catedral de São Patrício é um belo exemplo do estilo neogótico, caracterizado pelas suas altas torres, arcobotantes e janelas de vitral intrincadas. O interior apresenta madeira polida e vitrais belgas, criando uma atmosfera de calor e solenidade. Ao longo dos anos, a catedral passou por várias restaurações e melhorias, incluindo trabalhos de reforço sísmico para garantir a sua preservação para as gerações futuras.

A catedral também possui significado histórico, com seis bispos católicos sepultados nas suas criptas.



Por fim, fomos a Devonport, do outro lado de Auckland. Atravessamos aPonte do Porto, construída originalmente entre 1955 e 1959. É a maior ponte do país. Diariamente passam na ponte 170.000 veículos incluindo mais de 1000 autocarros . 

Devonport é um pitoresco subúrbio à beira-mar de Auckland, localizado na costa norte, mesmo em frente da cidade. Conhecida pelas suas charmosas ruas vitorianas, galerias de arte e cafés, tem uma atmosfera totalmente diferente da metrópole vizinha.

Mesmo junto ao porto onde chegam os barcos que fazer ligação para Auckland O Município fez em 1913 um campo para homenagear os soldados que morreram na primeira grande guerra.



sábado, 12 de abril de 2025

Viagem aos antípodas - dia 3 - Voo Pequim - Auckland

 


Boeing 787/9

Push-back 01h00

Descolagem  01h06

10732 km

Duração 11h22

Aterragem 16h37


Voo muito longo (11h20), mas muito suave. A partida foi rapidíssima, ao contrário do que aconteceu em Madrid. Do push back à descolagem foram somente 6 minutos. 

A business class tem somente 30 lugares. No seat guru vinha indicado que se deveria evitar a fila 14 porque não tinha janela. No voo MADPEK tal não aconteceu, mas neste confirma- se: a fila 14 não tem janela!

A tripulação deste voo não é tão atenciosa como a do na anterior, não deixando de ser amável. 



Como partimos à 1h da manhã, a primeira refeição servida foi a ligeira, equivalente ao pequeno almoço nos voos noturnos. A taça de massinha e carne de vaca estava muito boa. E é muito simpático servirem sempre fruta à sobremesa. 



Decido ao adiantado da hora, preparámo-nos logo para a noite. O edredão da Air China é muito confortável e quentinho e assim às 3h recostei-me e dormi seguido até às 6h25. Dei meia volta e continuei a dormitar até às 9h. Foi uma boa noite de sono. 






Às 14h (horas da Nova Zelândia / 10h hora de Pequim) serviram o almoço. O pato à Pequim estava muito bom . 


Entrada da nova Zelândia foi muito simples. Eu não quero do carro foi um pouco demorado o que fez com que saíssemos do aeroporto já era escuro. Facilmente chegámos ao apartamento alugado, uma belíssima moradia com quarto quartos todos com casa de banho individual. Relativamente perto há  uma rua comercial muito animada com muitos restaurantes onde jantámos num restaurante muito agradável com funcionários muito simpáticos