A estrada de Queenstown para Milford Sound um espetáculo de de grande beleza com paisagens que parecem ter saído diretamente de um livro maravilhoso .
Ao deixarmos para trás Queenstown, a estrada serpenteia suavemente, como um abraço da natureza. As montanhas imponentes erguem-se no horizonte, vestidas com mantos de vegetação luxuriante, como guardiões silenciosos de um reino mágico.
À medida que avançamos, o cenário transforma-se constantemente, Mas mantendo sempre a beleza natural. Vales verdejantes estendem-se até onde a vista alcança, pontilhados por cachoeiras com as suas águas cintilantes a saltarem de pedra em pedra.
O Lago Wakatipu, com as suas águas azuis profundas, Acompanhamos durante algum tempo
A estrada torna-se mais sinuosa, guiando-nos através de passagens Maravilhosas e desfiladeiros profundos.
A entrada no Fiordland National Park é como atravessar um portal para outro mundo. A vegetação torna-se mais densa e selvagem, com fetos gigantes e árvores antigas a sussurrar histórias do tempo.
Fomos fazendo pequenas paragens em locais bom paisagens de cortar a respiração.
Finalmente, ao chegarmos a Milford Sound, somos recompensados com um espetáculo que supera todas as expectativas. Os imponentes picos de Mitre Peak elevam-se dramaticamente das águas escuras e calmas do fiorde, criando uma atmosfera de reverência e admiração. O reflexo das montanhas na água é perfeito, duplicando a magia do momento.
Milford Sound, ou Piopiotahi em Te Reo Māori, é um fiorde de beleza espetacular. No coração do Parque Nacional de Fiordland, este local Património Mundial da UNESCO é uma sinfonia de picos imponentes, quedas de água maravilhosa, florestas e águas escuras e profundas.
No fiorde, somos recebidos pela visão do Mitre Peak, elevando-se majestosamente a 1692 metros diretamente da água. A sua forma distinta é um símbolo inconfundível de Milford Sound, refletindo-se na superfície calma do fiorde, criando uma imagem de beleza hipnotizante.
A viagem de autocarro até ao fiorde Foi muito interessante pois Anette, a condutora, que fazia também de guia, deu inúmeras informações a que juntava detalhes de sua vida familiar. Por exemplo, a sua tia-bisavó foi a primeira europeia a viver numa tribo Maori. Estávamos no século XIX. O seu pai tinha feito negócio com o chefe tribal, mas que não pôde concretizar. Então os homens da tribo resolveram vingar-se raptando a filha ao comerciante, uma menina de nove anos. A menina não sabia nem uma palavra, mas rapidamente aprendeu a língua e adaptou-se a nova realidade. Os anos foram passando e a menina cresceu e casou dentro da tribo. Este casamento correu muito mal pois o marido maltratava.-a, Felizmente enviuvou cedo. Um dia, já viúva, estava na cidade olhar para uma loja que vendia sapatos. E comentou: Como eu sonhava um dia poder usar sapatos! Um homem da tribo ouvir o comentário. Entrou na loja e comprou-lhe os sapatos, que lhe custaram o equivalente a seis meses de salários. Os dois apaixonaram-se, casaram e tiveram três filhos, um dos quais foi a tia-bisavô de Annette.
No Cruzeiro novo histórias mas paisagens maravilhosas. Navegar pelas águas escuras e espelhadas permitiu-nos apreciar a escala colossal das paredes rochosas verticais que se erguem de ambos os lados.
Cascatas como a Bowen Falls e a Stirling Falls despencam de alturas incríveis, lançando véus de água cintilante que por vezes chegam perto dos barcos.
A vida selvagem prospera neste ambiente isolado. Não vimos nenhum animal, mas dizem que focas frequentemente descansam nas rochas, golfinhos acompanham os barcos, saltando e brincando nas ondas. Em ocasiões raras, pinguins-de-fiorde podem ser avistados nas margens rochosas. A única coisa que vi foi o repuxo de uma baleia mas não consegui vislumbrar o animal.
O regressarmos ao Porto, a atmosfera em Milford Sound ficou envolta em mistério. As nuvens baixas cobriram os picos das montanhas, criando uma sensação mágica.
Milford Sound é um lugar que evoca um profundo respeito pela força e beleza da natureza, pela grandiosidade do local .