sábado, 26 de abril de 2025

Viagem aos antípodas - dia 16 - de Queenstown a Dunedin

 




O dia começou cedo e com grande emoção. 

O dia 25 de Abril também tem grande importância na Nova Zelândia (e na Austrália).  O Dia ANZAC é um dia de profunda importância e significado, um momento solene de reflexão, memória e gratidão para com aqueles que sacrificaram as suas vidas nas forças armadas. ANZAC significa “Australian and New Zealand Army Corps” e o dia marca o aniversário do desembarque das tropas ANZAC em Gallipoli, na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial, em 1915.

Por todo o país o dia começa com cerimónias relembrando os combatentes. Também em Queensland, onde estávamos. A cerimónia estava marcadas para as 6h.  Às 6h20, saímos de casa, pensando que não iríamos empatar ninguém a uma hora tão madrugadora. Enganámo- nos. Imenso pessoas a rua e todas as caminhar na vc mesma direção. Quando chegámos junto ao monumento à 1ª Grande Guerra já a praça estava cheia! 

Às 6h30 em ponto, começaram! 

As cerimónias do Dia ANZAC são ricas em tradição e simbolismo, unindo comunidades em todo o país e além-fronteiras. O acontecimento central do dia é o Serviço da Alvorada, na vc qual estávamos a participar. Este serviço solene comemora a hora do desembarque original em Gallipoli.

Os discursos foram curtos, simples e grande significado. Um padre fez uma pequena oração. Comovente foi a Oração da Lembrança, a recitação da quarta estrofe do poema "For the Fallen" de Laurence Binyon:

 They shall grow not old, as we that are left grow old:

  Age shall not weary them, nor the years condemn.

   At the going down of the sun and in the morning

   We will remember them.

  Seguiu- se o Toque de Silêncio, o som melancólico do "Last Post" tocado por um corneteiro, marcando um minuto de silêncio para a reflexão e a lembrança. O silêncio termina com o toque vibrante do "Reveille".

Por fim, foi feita a deposição de coroas de flores por representantes de várias organizações, autoridades locais e membros do público ao pé do memorial em homenagem aos falecidos.

Pelo que foi dito, este foi o 1º ano onde não esteve presente nenhum veterano da 1ª Guerra. Mas vimos mos presentes muitos veteranos de outras guerras, 

uma marcha maior de veteranos, e descendentes com as medalhas dos pais ou avós. 

Outras tradições associadas ao Dia ANZAC incluem o uso de papoilas vermelhas de papel, cuja venda reverte para fundos para os veteranos e as suas famílias. Os biscoitos ANZAC, feitos com filiai flocos de aveia, coco e açúcar, são outro símbolo do dia, remontando aos tempos da Primeira Guerra Mundial, quando eram enviados aos soldados.

Estas cerimónias servem para honrar os combatentes e para refletir sobre a importância da paz. 



Depois da cerimónia, partimos para a nossa etapa de hoje que nos levou até Dunedin.  A primeira paragem foi no desfiladeiro de Kawarau que é atravessado por uma ponte suspensa. 

@Isabel Figueira 

@ Isabel Figueira

Em 1988, esta ponte tornou-se o primeiro local comercial de 
bungee jumping do mundo. A ponte estende-se por 120 metros sobre o rio Kawarau, alcançando uma altura de 43 metros acima do nível da água. Foi construída em 1880 pelo engenheiro Harry Higginson para ligar as regiões de Queenstown e Cromwell durante o período da corrida do ouro. 




Após vermos alguns saltos de uns corajosos, continuámos caminho até a Cromwell, situada ao lado do Lago Dunstan, criado quando o vale foi inundado em 1992 como parte do esquema hidroelétrico , da barragem de Clyde no rio Clutha. Tem 26 km2.

Como resultado, grande parte da cidade original está agora submersa, mas vários edifícios históricos foram transferidos para a 'Old Cromwell Town'. O lago transmite muita serenidade. 

Seguimos através de Otago Goldfields, tendo passado pelas vilas de Alexandra, Lawrence e Roxburgh, outrora com populações três vezes maiores do que as atuais no auge da corrida do ouro de 1800. Alexandra, em tempos mais recentes, tornou-se a “capital da fruta de caroço” da Nova Zelândia, assim chamada devido ao seu clima ideal para o cultivo de fruta. 

À medida que íamos avançando

para sul, a paisagem foi mudando  para terras agrícolas com muitos pomares. À beira da estrada surgiram vários pontos de venda de fruta, faseados no sistema de honestidade. Não havia vendedores, somente uma caixa onde se deixa o dinheiro correspondente a fruta que se levar.

A meio da tarde chegámos finalmente a Dunedin, a segunda maior cidade da Ilha Sul da  Nova Zelândia e a principal cidade da região de Orago. É a sétima maior cidade em população do país, com 111 565 habitantes, a maior em tamanho e a quinta maior área urbana do país. A sua universidade é uma das mais prestigiadas da Oceania.

O porto e as colinas que rodeiam a cidade são o que resta de um vulcão extinto. 

Ao final do dia fomos até ao final da península de Otago para tentar ver os pinguins azuis, uma tentativa em vão.







Pernoitámos numa casa enorme, de 500 m² de superfície com uma vista espetacular sobre a baia.