segunda-feira, 28 de abril de 2025

Viagem aos antípodas - dia 19 - Christchurch- Auckland

Mas que dia! Tudo começou muito bem. Como só teremos estar no aeroporto às 11 para entregarmos o carro, fazemos o check-in, passar a segurança e ir pro avião, decidi ir visitar o Centro Internacional da Antártica, que fica a cinco minutos a pé do aeroporto. Tudo correr como previsto. O Centro Internacional da Antártica é um centro de Investigação científica pública, Que oferece paralelamente uma experiência imersiva e educativa sobre o continente gelado da Antártica. Fundado em 1990, o centro está estrategicamente situado perto das bases de apoio logístico para os programas antárticos dos Estados Unidos, da Nova Zelândia e da Itália. Christchurch desempenha um papel histórico significativo como uma das principais "portas de entrada" para a Antártica, servindo como um ponto de partida crucial para expedições científicas e de exploração ao longo de mais de um século. 




Muito divertida é a Sala da Tempestade Antártica, uma simulação imersiva de uma tempestade de neve de verão na Antártica, completa com ventos gelados e neve. Em poucos minutos a temperatura baixa de -8º C para -18º C tudo por causa do vento. Para se entrar na sala onde vai decorrer esta experiência interativa, são fornecidos casacos bem quentes. 


 Também muito emocionante é o encontro com Pinguins Azuis, uma oportunidade de observar e aprender tudo sobre os pinguins azuis pequenos em um ambiente de reabilitação, pois o centro acolhe pinguins selvagens que precisam de ajuda. Para quem gosta de cães, há a Zona dos Huskies, um espaço para interagir e aprender tudo sobre os huskies, animais historicamente importantes para as expedições na Antártica. Paralelamente há diversas Galerias informativas que abordam a história da exploração da Antártica, a ciência moderna conduzida no continente, os ecossistemas únicos e o impacto das mudanças climáticas, a réplica da cabana usada pelo explorador Robert Falcon Scott durante sua expedição à Antártica, oferecendo uma visão da vida dos primeiros exploradores. No aeroporto tivemos a primeira pedra: o avião partiu com uma hora e meia de atraso. Vamos na Jetstar. A Jetstar Airways é uma empresa aérea com sede em Melbourne, na Austrália, foi fundada em 2003 como uma subsidiária da Qantas. No entanto a viagem fez-se bem. À chegada a Auckland pedimos um Uber. Perguntámos nas Informações do aeroporto onde era o ponto de recolha e a senhora apontou para um sítio , onde ficámos à espera, à espera… e o condutor a escrever que toma chegado. E nós à espera, à espera… Perguntámos então a outra pessoa que nos disse que o ponto de recolha era atrás do edifício do aluguer de carros. Aí encontrámos um condutor muito aborrecido com a espera… 
Entretanto, anoitecera. A dada altura, o condutor disse: Chegámos. Eu confirmei o nome da rua e o número da casa no meu mapa. Só que… naquele sítio só havia um silo de automóveis. Ao lado havia um prédio muito alto, mas às escuras. Tentámos encontrar a entrada. Naquela rua não havia entrada . Demos a volta à esquina, vimos uma rampa, subimos e… vimos que o edifício estava selado pelas autoridades por perigo. Que fazer? Ligar para o alojamento ficar-nos-ia muito caro. Perguntámos a um rapaz que passou se poderia ligar. Era muito simpático, ligou, mas do outro lado não havia resposta Entrámos num hotel, onde perguntámos se conheciam aqueles apartamentos. Não, não conheciam. Pedimos então se poderia ligar e a resposta foi a mesma: ninguém respondia do outro lado. Decididamente tínhamos alugado dois apartamentos que não existiam! 
Como no hotel havia internet sentámo-nos no lobby e ligámos para a minha filha que vive em Inglaterra para tentar resolver o problema através do Centro de Apoio da Booking.com, pois não encontrámos nenhum número nem na Nova Zelândia nem em Portugal. O funcionário da Booking.com ligou para o número de telefone do apartamento e… confirmou que não havia resposta. Imediatamente nos disse que nos iria tentar arranjar alojamento alternativo ou que, se nós quiséssemos, poderíamos procurar. Devolver-nos-iam o dinheiro e dar-nos-iam uma pequena compensação. 
Após 45 minutos conseguimos dois apartamentos! Já descansadas, resolvemos ir jantar um belo bife. 


Fomos ao Tony's Steakhouse, um restaurante bem conhecido em Auckland, conhecido por servir bifes de qualidade desde 1963. Localizado no número 27 da Wellesley Street West, o Tony's oferece uma experiência gastronómica tradicional num ambiente acolhedor e um pouco nostálgico. O restaurante orgulha-se de preparar os seus bifes com cuidado, mantendo a qualidade que o tornou popular ao longo dos anos. 


A ementa oferece uma variedade de cortes, incluindo o popular "Tony's Original", um saboroso Scotch Fillet marinado com uma receita secreta. Terminámos a refeição com uma pavlova, O famoso doce da suspiro, natas e fruta, que trata da sua origem aqui na Nova Zelândia. 



A história da pavlova é uma disputa - muito gulosa -  entre a Austrália e a Nova Zelândia. Ambos os países reivindicam a sua invenção em homenagem à famosa bailarina russa Anna Pavlova durante as suas tournées pela Oceania na década de 1920.

A Nova Zelândia aponta para uma receita de "Pavlova Cake" publicada em 1929, enquanto a Austrália reivindica que a sobremesa foi criada em 1935 por um chef de hotel em Perth. No entanto, algumas pesquisas sugerem que receitas semelhantes podem ter existido antes, inclusive nos Estados Unidos.

O nome "pavlova" surgiu como uma homenagem à leveza e à graça de Anna Pavlova no palco, com o merengue crocante por fora e macio por dentro representando o seu tutu. A cobertura de chantilly e frutas frescas adiciona um toque de frescor e sabor que complementa a doçura do merengue.

Apesar da disputa sobre a sua origem, a pavlova tornou-se um símbolo da culinária da Austrália e da Nova Zelândia, sendo uma sobremesa popular em celebrações, especialmente no Natal.

Independentemente de quem a inventou, a pavlova continua a ser uma sobremesa amada e apreciada, um testemunho da influência duradoura de Anna Pavlova e da criatividade dos cozinheiros da Oceania.

Depois de jantar viemos a pé até o novo apartamento que estava somente 1 km do restaurante. Só que não vimos que o caminho era todo a subir… Mas chegámos e tínhamos os nossos quatro quartos à nossa espera.