Tudo o que anda à volta das viagens e muito mais para sonharmos e viajarmos sem sair de casa e para ficarmos com vontade de fazer a trouxa e sair por esse mundo fora
quarta-feira, 18 de maio de 2016
domingo, 8 de maio de 2016
As cascatas de Tallulah
Planeáramos passar um dia no Parque Natural de Tallulah, a
1h30 de Atlanta (EUA). Tínhamos ouvido falar os trilhos deste parque que na garganta
do rio Tallulah cujas águas caem em diversas cascatas no fundo das quais
haveria um lago onde se poderia nadar. Era esse mesmo o objetivo do nosso
passeio.
Partimos depois do pequeno-almoço. Apesar de sabermos que só
se dão 100 autorizações por ida para descer a garganta íamos esperançadas de
conseguir receber uma, pois os dias andavam ronhosos a temperatura tinha caído abruptamente.
A garganta do rio Tallulah é uma das formações geológicas
mais antigas na América do Norte. É um dos canyons
mais espetaculares na parte leste dos EUA com 3,2 km de comprimentos e
aproximadamente 300 m de profundidade. Uma ponte suspensa balança a 24 m por cima
da água, proporcionando vistas fantásticas sobre o rio e sobre a Cascata de
Furacão (Hurricane Falls).
Criado Parque Estatal em 1992, a Garganta de Tallulah é
gerido num parceira público-privada única no país entre o estado e uma empresa
produtora de eletricidade.
Chegámos ao parque por volta das 11h. A guarda-florestal que
nos deu a autorização teve de nos ler as normas – que por acaso também estávamos
escritas no verso do impresso. Mas o caminho é muito difícil e o Departamento
dos Recursos Naturais do estado da Geórgia quer que fique bem explícito que não
é responsável pelo que possa acontecer. O risco é todo dos caminheiros.
A primeira parte do caminho faz-se “com uma perna às costas”.
A passagem pela ponte suspensa é excitante. Toda a ponte treme com os nossos
passos. Ao fundo corre o rio Tallulah. Ao longe vemos duas cascatas: a Água de
Ouro com 14 m e a Cascata de Tempesta com a água a cair para a garganta.
Daqui descem-se mais de 500 degraus até às cascatas de
Oceana que caem de uma altura de 15 metros. Aqui começaram as nossas
dificuldades. Neste ponto há que atravessar o rio por pedras. Só que como tinha
chovido muito nos dias anteriores as pedras estavam em parte submersas.
Conseguimos chegar a meio do rio saltando de pedregulho em pedregulho. Mas como
avançar? Ficámos uns 10 minutos especadas no meio do rio em cima de uma pedra.
Que fazer? Voltámos para trás para estudar a situação. Não havia outra maneira
de chegar ao outro lado senão passando pelo rio. Descalçámos os sapatos e recomeçámos
a travessia. Da pedra onde já tínhamos
estado pusemos o pé sobre uma pedra submersa. A água corria com alguma velocidade
não nos deixando ver bem o chão.
Começou então o difícil caminho paralelo ao rio até ao Véu
da Noiva de 1,2 km sobre pedras e pedregulhos, alguns dos quais com uma inclinação
de 45 graus. Tínhamos de avançar devagar, pois algumas pedras eram muito
escorregadias e inclinadas e nós não queríamos ir para ao rio.
Chegámos finalmente ao lago no fundo da garganta. O rio
corre aqui por um pedregulho liso com 27 m de comprimento e uns 5 de largura:
um escorrega natural que termina num pequeno lago. Uma maravilha a meio da
caminhada. Rapidamente vestimos o biquíni e fomos para cima do pedregulho.
Depois foi só sentarmo-nos e deixarmo-nos levar pedregulho abaixo até mergulharmos
no lago!
Depois de nos secarmos, retomámos a caminhada de regresso
para a parte alta da garganta. Primeiro havia que voltar a travessar o rio precisamente
naquele lugar onde nos sentamos para escorregar… Havia que ter muito cuidado
para irmos até ao ouro lado e não irmos parar de novo o lago. O caminho para
cima é dificílimo só com pedras, pedregulhos e raízes expostas de árvores.
Demorámos uma hora a subir 300 metros! No cimo o caminho é então plano e muito
fácil de caminhar, pois a superfície do trilho é feita de pneus reciclados.
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