quinta-feira, 30 de julho de 2015

Viajar com crianças na Lufthansa

Tempo de férias significa viagens. Cerca de 750 mil crianças e jovens voaram na Lufthansa no ano passado. Os destinos mais populares dos nossos passageiros mais jovens nos voos intercontinentais foram Nova Iorque, Miami e Dubai. Nas rotas de pequeno e médio curso, Barcelona, Londres e Istambul estavam entre os principais destinos. Neste Verão, a Lufthansa espera um total de 230 mil passageiros jovens durante julho e agosto.



A Lufthansa dá especial atenção aos desejos e às necessidades dos passageiros mais jovens aéreas, oferecendo serviços especiais para famílias e crianças desde a reserva à chegada ao destino. Publicámos listas de controlo e informações úteis relativas à viagem com crianças em LH.com para assegurar uma ótima preparação da viagem.


Em casa: serviços online ajudam a preparar a viagem
Os passageiros têm a possibilidade de imprimir o cartão de embarque em casa a partir de 23 horas antes da partida em LH.com ou transferi-lo para seu dispositivo móvel. Com um cartão de embarque válido podem também usar no aeroporto o check-in automático de bagagem, fácil de operar, onde, com apenas algumas ações simples, podem despachar a sua bagagem.


No aeroporto: relaxar e aproveitar o tempo antes da partida
Nos aeroportos de Frankfurt e de Munique existem áreas de check-in para as famílias, facilmente reconhecidas graças a um grande arco com as mascotes da Lufthansa, Lu e Cosmo. Os passageiros com crianças até aos doze anos podem fazer o check-in aqui. As crianças também recebem um cartão de embarque para o seu boneco de peluche. Aos pais distribuímos o "Guia da Família", com dicas úteis antes da partida.
As famílias, assim como as crianças que viajam sozinhas, juntamente com seus acompanhantes, podem esperar nas várias salas de acolhimento para crianças e em diversas áreas de lazer em Frankfurt e Munique.
As crianças também são bem-vindas nas lounges - com saquinhos especiais, que incluem chapéus e brinquedos para o voo. Um destaque especial para a grande área para crianças na Business Lounge em Frankfurt, junto à porta de embarque B48 com mesas de pintura, cinema infantil, PlayStations da Nintendo e muitos brinquedos.
Graças ao serviço de pré-embarque, os pais podem entrar no avião com os seus filhos antes dos outros passageiros. As cadeirinhas e os carrinhos de bebés podem ser levados até à porta do avião - além de também existirem à disposição cadeirinhas para crianças de empréstimo gratuito.
A Lufthansa oferece em todos os aeroportos um serviço de assistência à infância para as crianças e jovens com idade superior a cinco anos a viajarem sem um acompanhante. Cerca de 80 000 crianças e jovens viajam sozinhos anualmente na Lufthansa, dos quais 30 mil nos meses de verão - isto é, até 800 crianças nos principais dias de viagem nas férias de verão, quem são confiadas a funcionários da Lufthansa com formação especial. Neste caso, a idade média é de onze anos. Os funcionários de terra e de bordo dão atenção especial às necessidades das crianças, com muita diligência e empatia, garantindo que eles são entregues com segurança às pessoas que está à sua espera no aeroporto de destino.


A bordo: o tempo voa para passageiros grandes e pequenos
Para que os passageiros mais jovens não se aborreçam a bordo, a Lufthansa desenvolveu o seu próprio brinquedo. Cerca de 1,44 milhões de brinquedos vão ser dados aos jovens passageiros neste verão. A gama inclui livros para colorir com motivos interessantes, lápis de cor, o quebra-cabeças "Lu e Cosmo" e jogos de cartas, bem como material de leitura, como revistas e cadernos com quebra-cabeças.
O programa de entretenimento a bordo, com música, áudio-livros e jogos, assim como filmes e documentários especialmente para crianças, oferece um variado leque de entretenimento, recentemente ampliado pela Pixi com os livrinhos por Carlsen, com recursos de realidade aumentada. Trata-se das aventuras de Lu e Cosmo no aeroporto; os sentidos dos jovens passageiros são estimulados com funções interativas emocionantes.

Uma festa para os olhos
As ementas infantis da Lufthansa podem ser reservadas gratuitamente até 24 horas antes da partida telefonicamente ou em LH.com. Ementas coloridas para crianças criadas pela famosa chefe Sybille Schönberger estão atualmente a deliciar os pequenos passageiros em determinadas rotas europeias e em todos os voos de longo curso. Só no ano passado, foram servidas aproximadamente 24 000 ementas infantis.
Também damos muita atenção aos bebés a bordo: disponibilizamos bercinhos confortáveis para bebé em todos os aviões de longo curso, brinquedos para bebés e mesas para mudar as fraldas em todos os aviões. Além disso, fornecemos comida para bebé, chás e biberões para crianças.



A nova Lufthansa para crianças a partir dos sete anos
As crianças gostam imenso do mundo da aviação. A primeira app da Lufthansa para crianças “Partida! A viagem em desenhos animados para pequenos passageiros” é muito popular. Aqui, as crianças com idades até aos seis anos podem a ficar as saber tudo sobre a futura experiência de andar de avião ainda antes da partida. A partir de agosto, a nova app “Super JetFriends” irá deliciar as crianças entre os sete e os onze anos. Com esta app, partem para uma visita guiada ao aeroporto as mascotes da Lufthansa, Lu e Cosmo, imergindo no mundo dos “Super JetFriends”. Os utilizadores da app têm de completar tarefas importantes com os seus novos amigos Lu e Cosmo: terão de construir um super-avião, ajudar a pilotar um avião, atestar o depósito, testar o seu conhecimento e muito mais. Mais informações sobre a app estão disponíveis em JetFriends.com, na Lufthansa e no clube Miles & More para crianças e adolescentes.


Miles & More Frequent Traveller – promoções especiais do verão 2015

Os portadores do cartão Frequent Traveller podem voltar a comprar acesso à lounge para toda a família, tal como no ano passado. Esta oferta aplica-se a todas as Business Lounges da Lufthansa na Alemanha, nos EUA e no aeroporto Charles de Gaulle de Paris até ao dia 6 de setembro de 2015. Os vales exigidos poderão ser adquiridos nos balões de emissão de bilhetes da no aeroporto de partida, ou diretamente na receção da lounge em Frankfurt, Munique e Dusseldórfia, por um preço de 40 euros ou 50 dólares americanos. Além do portador do cartão Frequent Traveller, o acesso é dado Ao cônjuge e aos filhos com idades até os 19 anos, desde que viajem juntos com o passageiro num voo da Lufthansa.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Atlanta, para além da Coca Cola e da CNN


Atlanta é mais do que a sede da Coca Cola e da CNN ou a paróquia de Martin Luther King. É por exemplo a cidade onde se encontra a fábrica de cerveja Sweetwater (www.sweetwaterbrew.com). Três vezes por semana, a Sweetwater abre as portas aos seus clientes para conhecerem a fábrica e as suas cervejas. 
Steve, o nosso guia à cervejaria Sweetwater


Apesar de só ter sido fundada em 1997 e em Atlanta, as raízes da Sweetwater estão em Boulder, Colorado, quando dois estudantes universitários, Freddy Bensch e Kevin McNerney, partilhavam um quarto numa residência da Universidade do Colorado, nessa cidade. Durante o seu curso, dedicavam-se mais à cerveja do que aos livros. Paralelamente aos estudos encontraram um trabalhito a lavar barris numa pequena fábrica de cerveja a troco de… cerveja gratuita! Tornaram-se assim o centro das amizades de todos os colegas… Quando acabaram os cursos, aprofundaram os seus conhecimentos
na Ciência da fermentação na American Brewers Guild na Califórnia, começando depois a oferecer os seus serviços profissionais a diversas fábricas de cerveja na Costa Oeste, sonhando um dia a vir a ter um negócios próprio.
Dia de portas abertas na cervejaria


Freddy passou o verão de 1996 em Atlanta a trabalhar para os Jogos Olímpicos – e onde notou que a cidade não tinha nenhuma cerveja que se visse. Rapidamente viu que ele e o seu amigo Kevin eram as pessoas ideais para alterar a situação. Dito e feito! Deitaram as mãos à massa, pediram apoio financeiro à família, a amigos e aos bancos e no ano seguinte fundaram a sua própria fábrica de cerveja. E que nome lhe dar? Para se refrescar do calor abafador do verão da Georgia, Freddy gostava de ir andar de caiaque para o rio Sweetwater que atravessa o Parque Nacional com o mesmo nome. A fábrica de cerveja foi então batizada de Sweetwater e  o slogan adotado foi “Don’t Float the Mainstream” (Não vás com a corrente). A 17 de fevereiro, Kevin e Freddy começaram a vender cerveja em Atlanta numa velha carrinha. Atualmente fabricam por ano 100 000 barris de cerveja não-pasteurizada, de diversos estilos. Nós apaixonámo-nos pela 420, uma pale ale, com intenso sabor a lúpulo e um final refrescante.

Mas se “nem só de pão vive o Homem”, nós também não vivemos só de cerveja e fomos almoçar o Fox Bros. Bar B Q (www.foxbrosbbq.com), o restaurante com a melhor comida grelhada de Atlanta, dos texanos Jonathan and Justin Fox , onde nos deliciámos com pão de milho e malaguetas, tatter tots (puré de batata frito aos montinhos), piano grelhado,  pulled pork (carne de porco cozida lentamente e despois desfiada), frango fumado, Brunswick stew (estufado de várias carnes com milho e feijão), frito pie (chilli com carne com batatas fritas dentro), entre muitas outras especialidades.

O nosso segundo dia em Atlanta era um domingo. Começámos por um brunch no restaurante Local Three. Quem são os “local three”? Dois cozinheiros, Chris Hall e Todd Mussman, e o gerente Ryan Turner. Com uma filosofia comum no que respeita comida, bebidas, saber receber e saber fazer negócios. A sua prioridade são as pessoas, o que faz sentido são produtos sazonais, o que impera é a autenticidade, o que governa é a qualidade, o que sustenta tudo é a prudência.
À tarde fomos até ao Parque Nacional da Ribeira de Sweetwater, a tal musa inspiradora dos fundadores da cerveja Sweetwater.
Reza a lenda que Sweetwater seria o nome por que era conhecido Ama-Knast , o chefe dos índios cherekee que viviam na região.  Do que podemos ter a certeza , por haver muitas vestígio, que a região era habitada por índios  já no chamado “período da floresta”, ou seja, entre 1000 a.C. a 100 d.C.
Em 1830, as tribos cherokee foram obrigadas a sair do estado. Esta parte da Georgia foi então dividida em lotes de 40 hectares cada um e distribuída pelos interessados por sorteio.

Em 1849, dois empresários instalaram aqui uma fiação, a New Manchester Manufacturing Company. A topografia da Ribeira de Sweetwatwe era a localização ideal para uma fábrica a trabalhar à base de água– Infelizmente, em 1861 rebentou a Guerra Civil e a fábrica foi obrigada a trabalhar para as tropas confederadas, tornando-se um bom alvo para as forças da União. Durante a Batalha de Atlanta o general da União William T. Sherman ordenou a destruição das fiações em diversas localizações, incluindo a New Manchester. A fábrica foi incendiada a 9 de julho, tendo ficado totalmente destruída.
As ruínas da fiação
Hoje em dia, as ruínas da fábrica junto à Ribeira de Sweetwater são um destino agradável dos caminhantes do parque natural. As águas da ribeira, cristalinas e com ligeiros rápidos, convidam a que se molhe os pés ou que se fique somente sentado nas margens a apreciar o marulhar das águas e a descansar a mente dos barulhos da cidade.
No dia seguinte embrenhámo-nos no centro de Atlanta. Começámos por visitar a casa de Margaret Mitchell (www.atlantahistorycenter.com/mmh), a autora do livro que serviu de base ao famoso filme “E tudo o vento levou”.
A casa onde viveu Margaret Mitchell 

Foram problemas de saúde que levaram Margaret a começar a escrever. Trabalhava como repórter de um jornal quando partiu  um pé que a obrigou a ficar parada em casa. O marido trazia-lhe livros da biblioteca pública e que ela lia avidamente. Um dia, a brincar, o marido desafiou-a:
- Já leste os livros todos da biblioteca. E que tal escreveres tu agora um livro?
Era a acha que precisava de ser ateada. Apaixonada pela história da Guerra Civil, Margaret escreveu num ápice uma história de amor em tempo de guerra.
A máquina de escrever de Margaret Mitchell

Lançado a 10 de junho de 1936, o livro “E tudo o vento levou” depressa se tornou um "best-seller". Em outubro, já havia vendido um milhão de exemplares e os direitos de filmagem, comprados pelo produtor David O. Selznick por 50 mil dólares, à época uma pequena fortuna. Em maio de 1937, o livro foi premiado com o  prémio Pulitzer.
O filme homónimo foi estreado em Atlanta em dezembro de 1939. Margaret Mitchell não escreveu mais nenhum livro, tendo vivido dos direitos de autor e  da adaptação cinematográfica da sua  única obra.  
Dali fomos para uma obra do final do século XX, o parque olímpico, o  Centennial Olympic Park (www.centennialpark.com), criado para os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, cujo financiamento veio de doações do setor privado da cidade.
Centennial Olympic Park em Atlanta
A parte mais concorrida do parque é a Fonte dos Anéis, Fountain of Rings: dos cinco anéis olímpicos pintados no chão saem 251 jatos de água controlados por computador. Quatro vezes ao dia, estes jogos de água são acompanhados por música. Para crianças — e adultos — os jogos de água são um motivo de grande brincadeira e boa disposição.
À volta estão as bandeiras dos países para participaram nos Jogos Olímpicos e oito torres que lembram a torre da chama olímpica. Espalhada pelo parque há muita arte urbana, que inclui uma estátua de Pierre de Coubertain, o pai dos jogos olímpicos da era moderna.O extenso parque olímpico (85 000 m² ) faz parte do projeto Growing Green para a  preservação do meio ambiente . Assim por exemplo, nas casas de banho públicas são usados papel higiénico e papel toalha reciclados, o escritório de administração recicla o seu lixo e usa apenas papel 100% reciclado, os seguranças deslocam-se em bicicletas no parque, a água da rega e da Fonte dos Anéis vem de um poço e de uma cisterna.
O passeio pelo parque abriu-nos o apetite e fomos para o restaurante mais antigo de Atlanta, o Mary Mac’s Tea Room.
No final da 2ª Grande Guerra, em 1945, Mary MacKenzie abriu o Mary Mac’s Tea room. Nessa épica, muitas mulheres, muitas delas viúvas, começaram a abrir restaurantes em Atlanta para sobreviver e ao chamarem-lhes “tea room” estavam a elevar-lhes o estatuto. Com os anos, o restaurante foi crescendo, mas o seu espírito mantido.
No restaurante, com atualmente sete salas de jantar, continua a ser preparada a verdadeira cozinha sulista, só que não da maneira romântica como é apresentado no folheto.
Os publicitários são bons no trabalho que fazem. Escrevem textos lindos…. Mas que podem não corresponde à realidade. Escrevem por exemplo que “todas as manhãs, pelamos o milho, arranjamos cuidadosamente os legumes (…)”. Uma frase muito bonita que nos leva à verdadeira cozinha caseira. Mas nos Estados Unidos, comida caseira em restaurantes (e até em casa!) é algo muito raro. Ao falarmos com o gerente, vimos que afinal não é bem assim. O restaurante recebe os legumes… congelados — ”É que ao fritá-los, ficam mais estaladiços”. Os frangos vêm de aviários — ”Temos um produtor exclusivo que só cria frangos para nós”, mas infelizmente não se tratam de frangos caseiros.


Mas tirando estes pormenores, o Mary Mac’s Tea Room tem na realidade um ambiente especial. Pequenas mesas de madeira, cobertas com toalhas de algodão alvas, espalhadas por pequenas salas de jantar. O ambiente e a fama atraem a clientela que vai de “senadores e secretárias, canalizadores e CEO, celebridades e turistas, professores e estudantes”. A oferta gastronómica mantém o seu traço sulista: frango frito bem estaladiço, piano de porco grelhado, gambas panadas e fritas, quiabos fritos e estaladiços, nabiças cozidas, guisado de Brunswick, pão de milho, caracóis de canela, entre muitas outras especialidades.