quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Grupo Lufthansa recebe prémio “Eco-Airline of the Year”

A revista americana Air Transport World reconhece o papel decisivo do Grupo na área da consciencialização do clima e do ambiente pela segunda vez

Conduzir os negócios de forma sustentável e responsável está firmemente inserido nos princípios estratégicos do Grupo Lufthansa. E os seus esforços foram reconhecidos: a revista americana Air Transport World (ATW) atribuiu mais uma vez ao Grupo Lufthansa o título de “Eco-Airline of the Year” (Companhia aérea ecológica do Ano). Já em 2013, a revista tinha já reconhecido o variado leque de iniciativas e de inovações do grupo na área da proteção do meio ambiente. Isto significa que este famoso prémio é atribuído ao Grupo Lufthansa pela segunda vez em três anos. O prémio foi entregue à Lufthansa ontem, 25 de fevereiro, em Washington, D.C.

“A Lufthansa tem sido um excelente colaborador para a consciencialização sobre o meio ambiente no mundo da aviação e muito tem feito neste campo mesmo antes de o tema estar na moda", disse Karen Walker, chefe de redação da ATW. "O Grupo Lufthansa não só tem algumas das práticas ambientalistas mais fortes do mundo, mas é também uma empresa que realmente investe e dedica tempo e esforço em programas de eficiência e desenvolvimentos que beneficiam o planeta e toda a indústria da aviação".



Na sua candidatura ao prémio, a Lufthansa impressionou a revista com o seu programa estratégico ambiental que tem como objetivo tornar a mobilidade sustentável para o ambiente e para o clima, sendo, assim, um elemento-chave dos esforços de todo o grupo nesta área. Entre as prioridades do grupo incluem-se o investimento contínuo numa frota eficiente, baixa emissão de ruídos dos aviões e uma variada gama de programas para maior eficiência de combustível e menos emissões de CO². Até 2025, o Grupo Lufthansa irá receber 263 novos aviões, tecnologicamente muito avançados, o que corresponde um investimento de 37 mil milhões de euros. A Lufthansa apoia ativamente a utilização de combustíveis alternativos e respetiva investigação. Em 2011, a Lufthansa realizou um trabalho inovador com seus testes a longo prazo de biocombustível e demonstrou que pode ser usado sem problemas. A partir da primavera de 2015, o Grupo Lufthansa vai abastecer os seus aviões no aeroporto de Oslo com uma mistura de bioquerosene.

PELO CAMBOJA

Quando começámos a planear a nossa viagem pela Indochina, que iria incluir o Vietname e o Camboja, o meu filho perguntou-nos se tínhamos algo prazer especial em visitar países que tinham estado em guerra com os EUA. Muitos dos nossos amigos disseram-nos que éramos loucos em querer fazer todo o percurso por terra, utilizando transportes públicos. Seria assim tão louco embrenharmo-nos num país saído há tão pouco tempo duma sangrenta guerra civil?

Estávamos no Vietname. Camboja está a poucas horas de Saigão. Podíamos ir de avião, uma hipótese que pusemos logo de lado, de barco, descendo o rio Mekong, ou de camioneta. Decidimo-nos pela última alternativa. Tínhamos lido vários relatos de turistas que tinham feito essa viagem e nenhum nos assustou. Na realidade, a viagem correu docemente e muito melhor do que pensáramos – o único problema é o tamanho dos assentos para pessoas que sejam duma estatura um pouco maior do que a média cambojana…
A viagem por terra valeu a pena. A paisagem, se bem que pouco variada, é lindíssima e nada monótona: arrozais muito verdes, búfalos, arrozais, búfalos, arrozais, búfalos, arrozais, aqui e além uma aldeia. Palmeiras ladeiam a estrada – e dão alimento precioso às populações. Onde há arrozais, há água. A água é o espelho natural e assim o céu continua pela terra adentro. Tudo se espelha naquelas superfícies húmidas a perder de vista: o sol, as nuvens, as palmeiras, os búfalos, os templos, as casas. Apesar de estarmos a viajar numa estrada internacional, que ligava Saigão a Phnom Penh, capital do Camboja, partes da mesma são de estrada de terra batida com grandes buracos que o condutor conhece como as rugas das suas mãos. Nestes troços abranda, vamos mesmo devagar, devagarinho, quase parados. mas curiosamente chegamos à hora prevista. Tudo está sob controlo! As casas são como caixas de vidro – podemos ver tudo o que lá se passa. São casas modestas de madeira, construídas sobre estacas por causa das águas dos arrozais. As pessoas fazem o seu dia-a-dia no único compartimento que a casa tem: cozinham, lavam, embalam os bebes. As crianças, essas, vivem no paraíso, com imenso espaço para brincarem: os arrozais são locais de brincadeira perfeitos, agora que já não têm minas, e os búfalos bons companheiros de brincadeira.
Chegámos a Phnom Penh ainda não era noite, mas já estava tudo escuro. A camioneta a parar e à volta só se viam tuk-tuks e muitos homens todos a gritar, tentando angariar clientes. Os tuk-tuks são motos de três rodas (triciclos) com caixa aberta, onde seguem os passageiros. Entrámos um pouco assustados para o escritório do Mekong Express, a rodoviária que nos tinha trazido e perguntámos onde havia táxis. “Táxis? Não há táxis aqui. Só tuk-tuks!”. Assim, confiantes de que em Roma há quer ser romano, lá fomos de tuk-tuk até ao nosso hotel. As ruas praticamente não têm iluminação, à excepção das avenidas principais. O nosso hotel ficava numa rua paralela à avenida principal, ou seja, sem luz. Munimo-nos das nossas lanternas, saímos do hotel e fomos procurar um restaurante para jantar. Encontrámos um fenomenal, com comida e decoração típicas khmer: as mesas eram baixas e em vez de cadeiras, sentámo-nos no chão sobre almofadas, com almofadas triangulares a servirem de apoio às costas. Comemos luxuosamente por pouquíssimo dinheiro. País a sair da guerra O Camboja viveu várias dezenas de anos em guerra: com os americanos, com os vizinhos, cambojanos contra cambojanos. Um guerra civil de que Pol Pot é o expoente máximo da maldade, da falta de humanidade, da manipulação, dos massacres. A capital foi esvaziada dos seus habitantes – não havia excepções até os hospitais tinham de enviar os doentes para o campo –, puseram-se filhos contra pais, pais contra filhos, mataram-se milhões, transformaram-se crianças em soldados. Calcula-se que tenham sido mortas 3 milhões de pessoas entre 1975 e 1979! O horror da guerra que deixou um povo sofredor. No final do século XX, o Camboja começa a respirar com um regime de governo estabelecido numa Monarquia Parlamentarista, sob a égide do então rei Norodom Suihanouk; em 2000, começam os julgamentos, apoiados pela ONU, dos líderes dos Khmer Vermelhos por crimes contra a humanidade. Aos poucos, os cambojanos estão a libertar-se do estigma da guerra e a tentar viver as suas vidas em paz, esperando pelo ano de 2010, quando termina a praga enviada pelo Buda, como nos disse o nosso condutor de táxi.

Phnom Penh, a capital 
Em 1372, quando foi criada Phnom Penh, a actual capital do Reino do Camboja, não era mais do que um pedaço de terra inundada onde vivia, como nos diz a lenda, uma mulher muito rica que se chamava Yeay Penh ou Daun Penh (Daun ou Yeay significam Avó). A cidade está situada na confluência de três rios (o Mekong, o Tonlé Sap e o Bassac), formando quatro braços precisamente em frente do Palácio Real. Phnom Penh é o centro comercial, político e cultural do reino ; é também a porta de entrada para uma terra exótica que engloba uma das maiores heranças culturais mundiais: o maior complexo religioso do mundo, os templos de Angkor. No dia seguinte à nossa chegada, fomos a pé até ao Palácio Real (Preah Barom Reachea Vaeng Chaktomuk), que é verdadeiramente sumptuoso e riquíssimo em nada comparável com o estilo de vida que se tem fora de muros…Jardins muito bem tratados, arruamentos perfeitamente limpos, paredes e telhados cobertos a folha de ouro… Um luxo num país paupérrimo!
Construído em 1866, como residência do rei, da sua família e hóspedes dignitários estrangeiros, tem servido como centro de cerimónias e rituais da corte cambojana. Ainda hoje, vive aqui a família real, numa parte reservada, não aberta aos turistas. O complexo do palácio e do Pagode Prateado incluem várias estruturas e jardins, todos localizados numa área totalmente murada de 400.000 m². O pagode Prateado está separado do palácio Real por um caminho murado, dentro do complexo de construções reais; o seu nome é uma alusão aos 5.000 ladrilhos de prata que cobrem o chão do pagode. Como todos os templos budistas, o complexo inclui outras construções. É a este pagode que o rei vem orar e ouvir os sermões dos monges. Perto do Palácio Real temos ainda o Museu Nacional que é digno de visita. Foi construído em 1920 e dedicado ao rei Sisowath. O seu acervo engloba mais de 5.000 objectos, incluindo estátuas angkorianas e a lendária estátua do Rei Leper.


Siam Reap
À tarde, fomos de camioneta para Siam Reap. A viagem voltou a ser paralela a arrozais, permitindo-vos ver um pouco mais da vida quotidiana no Camboja. Arrozais, búfalos, arrozais, búfalos, arrozais, … Ao final do dia, chegámos a Siam Reap. No dia seguinte, fomos então fazer o chamado petit circuit, ou seja, visitar os templos principais.
Apesar de Angkor Wat ser o mais importante e o mais rico do ponto de vista tanto histórico como da história de arte, do que mais gostámos foi do templo de Ta Prohm que, felizmente, os arqueólogos deixaram em parte como encontraram: silencioso e guardador de mistérios, com as sequóias (tetramelis nudiflora), milenares, donas e senhoras do local, a entrar dentro das pedras. Um espectáculo digno de se ver: pedras e raízes numa comunhão profunda. Impressionante é também o Bayon, com as suas mais de 200 caras esculpidas na pedra a olhar para nós com um sorriso nos lábios… 36 reis governaram a região a partir de Angkor entre os anos de 802 e 1432. E mandaram construir mais de 50 complexos de templos para assim consolidar o seu poder terreno e renovar a harmonia com o cosmos. Os primeiros eram budistas, depois vieram os que praticavam o hinduísmo e depois voltaram os budistas. Budas eram esculpidos, depois retirados para mais tarde voltarem a ser esculpidos. Os reis mais visionários adaptaram algumas estátuas de Buda, mandando esculpir o terceiro olho hindu.
Já nada resta das antigas cidades khmers. Os edifícios mundanos, incluindo os palácios reais eram feitos de materiais perecíveis como o bambu ou a madeira. Mas os edifícios sagrados eram construídos de pedra, porque o poder dos deuses é eterno. E é assim que ainda hoje temos alguns vestígios dessa civilização fascinante.
A história dos povos—a real e a lendária—foi esculpida nas paredes das galerias. Os séculos XI e XII foram os mais prósperos para o reinado dos khmers. As fronteiras do reino estavam bem definidas, o povo bem fornecido graças ao sistema de distribuição de água que permitia colheitas férteis. Porque é que Angkor Wat foi abandonado? Nunca se sabe ao certo o que leva ao desaparecimento destas grandes civilizações. Atingem o máximo e depois desaparecem. Deixam-nos como legado a certeza de que tudo na terra é temporário.


Informações úteis
Como chegar? Não há ligação directa de Portugal para o Camboja. A viagem é longa. Primeiro apanha-se um avião para uma outra cidade europeia, daí para Banguecoque e finalmente para Phnom Penh. A ligação de camioneta para Siam reap ou Shianoukville é feita pelo Mekong Express, por somente 10 dólares americanos, que incluem uma sandes, água e um bolo! Documentos exigidos: Passaporte com uma validade superior a seis meses e visto tirado à entrada do país.

Onde ficar? Em Phnom Penh: Goldiana, perto da enorme Praça da Independência, ou o Sunway Hotel. Em Siam Reap: Apsara Angkor Hotel, construído em estilos khmer e colonial.

O que comer? A base da cozinha cambojana é o arroz. Os pratos se preparam misturando especiarias doces e salgados e o indispensável Tuk-trey, um molho feito com óleo de peixe fermentado e temperado com muitas especiarias. Pratos típicos são o Prahoc, elaborado a base de uma pasta de cor rosado fermentada e salgada, com um sabor muito picante, o Machhra Troeungou (sopa de carne) e o Tea Tim (guisado de pato). Para os mais corajosos, há também baratas e gafanhotos fritos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Pousada do Porto homenageia Auguste Escoffier

Menu especial recria receitas do “rei dos chefs”

De 16 a 22 de Fevereiro a Pousada do Porto viaja no tempo e apresenta um menu especial dedicado a homenagear Auguste Escoffier, chef francês do início do século XX que ficou conhecido como “rei dos Chefs e Chef dos Reis”.

Durante uma semana será possível aliar a oportunidade de jantar no ambiente palaciano de um monumento nacional à experiência única de degustar um menu que é um verdadeiro monumento da gastronomia mundial. De acordo com Pedro Serra, gestor da Pousada, “com este menu assinalamos a grande contribuição de Georges Auguste Escoffier para a indústria culinária internacional. Este é um menu que interpreta diversas criações deste grande gastrónomo”.

Georges Auguste Escoffier foi o chef, restaurateur e escritor grancês que revolucionou a culinária francesa. Expoente máximo do desenvolvimento da moderna Cuisine Française, é conhecido por ter sublimado e modernizado a gastronomia do país. Assinou e registrou milhares de receitas emblemáticas. Mas mais do que isso, elevou a profissão de chef a arte instroduzindo-lhe uma disciplina que até então não existia.

 O “Auguste Escoffier Honneur Menu” é composto de três pratos – Entrada, Prato Principal e Sobremesa – todos pratos marcantes da história da gastronomia e da carreira deste chef. Assim, a entrée é composta por um Consommé Poule-au-Pot, entrada que fez parte do menu do Savoy Hotel em 1895 e ilustra a singularidade de Escoffier em criar menus feitos à medida dos clientes. O plat principale, Tournedós Rossini, é um prato de carne criado em honra do compositor italiano e chef amador Gioacchino Rossini, e le dessert, Pêche Melba, é uma sobremesa criada por Scoffier, inspirada na interpretação da cantora australiada Nellie Melba da ópera Lohengrin.

O regresso ao passado de luxo pode ser feito todos os dias, de 16 a 22 de Fevereiro, a partir de 45€ por pessoa, no restaurante da Pousada do Porto.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O Papa já tem direito a um circuito em Buenos Aires

Diana Ayres do Instituto de Promoção Turística da Argentina falava em Lisboa dos vários passeios que se podiam dar em Buenos Aires. A Casa Rosada, Caminito, La Boca e… o Papa! Logo este Papa que é tão simples e humilde já serve para o comércio. Os operadores turísticos argentinos não perderam tempo em aproveitar o facto do Papa ser de Buenos Aires para logo criar um passeio a pé a que deram o nome de “Passeio papal”. E neste passeio pode ver-se onde Jorge Bergoglio, antes de ser Papa, ia beber o café, comprava o jornal, engraxava os sapatos—enfim, um circuito que leva os turistas por vários locais da cidade que foram importantes na vida do Sumo Pontífice.
O circuito é recomendado para pessoas qualquer religião, já que também é uma oportunidade para visitar bairros de Buenos Aires totalmente desconhecidos pelos turistas como Flores, Monte Castro, Villa Devoto e Agronomia.  
O circuito, grátis, é para pessoas qualquer religião, já que também é uma oportunidade para visitar bairros de Buenos Aires totalmente desconhecidos pelos turistas como Flores, Monte Castro, Villa Devoto e Agronomia. E o melhor de tudo, é grátis! 



Organizado por um operador turístico argentino, vieram a Portugal, uma mão cheia de empresas argentinas que oferecer serviços turísticos, para apresentarem o que a Argentina tem de melhor aos agentes de viagem portugueses.
Buenos Aires, a capital, além do circuito papal, tem muito para ver. É uma cidade descontraída, com grande laissez faire, sem stress, com grande sensibilidade para arte e design, com ruas simpáticas muito arvoradas, com esplanadas nos passeios convidando a parar um pouco e a ali ficar a dar uns dedos de conversa e bebendo um copo de vinho. Ou somente a desfrutar a leitura dum jornal.
Mas um país com 3800 km2 de superfície tem  muito mais para mostrar do que somente a sua capital. A Argentina é um país feito de grandes naturezas. E de uma grande diversidade de paisagens.
Bariloche, por exemplo, uma cidade perto da cordilheira dos Andes e em plena região dos lagos, foi designada pela Assembleia Nacional argentina como a Capital do Turismo de Aventura e…, ah, doçura, a Capital do Chocolate. É que não há ninguém que vá a Bariloche e não traga de lá chocolate  como recordação.
Mendonza é a Capital do vinho Malbec.
O fim do mundo fica na Terra do Fogo. De Ushuaia partem pequenos cruzeiros de 3 ou 4 noites que levam os viajantes à descoberta dos fiordes argentinos. 
Perto de El Calafate podem ver-se os maiores glaciares do mundo: o Perito Moreno, o único glaciar do mundo que ainda continua a crescer, o  Spegazzini, o mais alto com os seus 135 metros de altura, e o Upsala, com 600 km2 de superfície.  E claro que aqui temos o Glaciarum, o museu do gelo.
Pinguins, baleias, lobos, golfinhos—todos estes animais se podem ver, um pouco por toda a costa argentina. Mas em Punta Tombo, esperam-nos 1 milhão de pinguins magalhães!
O passado histórico deixou marcas por todo o país. Por exemplo, na Cova das Mãos, uma caverna na província de Santa Cruz, podem ver-se pinturas de 800 (!) mãos , em positivo e negativo, feitas por indígenas locais  há 9000 anos.
Os incas chegaram à Argentina e em Salta podem ver-se as múmias incas ainda em perfeito estado de conservação.
Mas para quem prefere a natureza selvagem, tem El Chaltén, a Capital do Trekking. Ou  o Parque Nacional Talampaya com formações rochosas que lembram paisagens lunares.
Enfim, Argentina, um país com um grande diversidade, com inúmeros parques nacionais, muitos locais declarados Património da Humanidade e… o tango. Um país a não perder.