sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cozinha portuguesa em boas mãos em Sintra


O Chefe Luís Santos saiu do restaurante Tágide e abriu um espaço próprio em Sintra a que deu o nome de InComum. Como é descrito no portal do restaurante, o InComum é “uma ideia, um sonho, um sentimento”. É acima de tudo o local onde Luís Santos pode dar largas à sua imaginação culinária.
Hambúrguer de morcela
font-family: Verdana, sans-serif;">Neste novo projeto, na Rua Dr. Alfredo da Costa, nº 24, em Sintra, este chefe que começou a aprender a sua arte aos 18 anos na Suíça no Hotel du Rhone, apresenta pratos inspirados na gastronomia portuguesa e com um toque de modernidade.
O caldo verde que lá comemos ontem foi dos melhores que já temos tido. Audacioso é sempre dúvida o hambúrguer de morcela com banana salteada, decididamente para estômagos fortes que possam comer um picado feito somente com morcela. Para quem prefere algo mais suave pode ficar-se pelo lombo de robalo.




Fantásticas são as sobremesas. O cheesecake com castanhas provou como se pode combinar cozinha internacional com um produto português. O tiramisu InComum tem em comum com o doce italiano somente o creme de mascarpone: em vez de palitos de la reine, Luís Santos usa pêra bêbada. O resultado é delicioso.

A escolha dos vinhos da casa é também bem feita com um Casa do Paço para o branco e um Gavião para o tinto.

A decoração do espaço é muito simples, quase zen mas muito acolhedora. Um restaurante a repetir em Sintra.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dia de los Muertos em Lisboa

O Dia de los Muertos, que corresponde ao nosso Dia dos Fiéis Defuntos, é a festa mais popular no México. Morte e vida andam de mãos dadas. Ao contrário do que se passa na Europa e nos EUA, a palavra é dita em alto e bom som. Brinca-se com a morte. Dança-se com a morte. Festeja-se a morte.

Com a cristianização do México, o povo, como aconteceu em muitas outras partes do mundo e com muitas outras festas religiosas, associou uma festa pagã a uma festa da nova religião. E assim festeja o Dia dos Fiéis Defuntos, católico, com as características da festa dos povos indígenas. 

Em Lisboa também se festejou o Dia de los Muertos na Embaixada do México que estava decorada a preceito com muitos esqueletos, muitas caveiras de papel machê e de açúcar, urnas, e, claro, o pessoal da embaixada pintado de morte.


No México acredita-se que as portas do céu se abrem à meia-noite do dia 31 de outubro e os espíritos dos mortos se reúnem às suas famílias. Primeiro vêm os angelitos, ou seja, os espíritos das crianças  e no dia seguinte o dos adultos.


É por isso que todos os mexicanos fazem lindos altares, as ofrendas, nas suas casas, decorados com cempasuchil , umas flores que lembram a calêndula, velas, e comida. Tipicamente faz-se o pan de los muertos, um pão doce, mas também a comida preferida dos mortos que estamos a lembrar. E tequila e cigarros.





A ida aos cemitérios não é carregada com a tristeza que se vê em Portugal. É uma festa. Limpam-se as campas, ao som de bandas , relembram-se os mortos queridos, festeja-se com muita cor, muita alegria, muita comida. Os mortos não morrem. Continuam vivos .