Tínhamos
decidido dar um passeio pelos belos campos de colza, bem amarelos nesta época
do ano na região de Nottingham (Inglaterra). Chegámos a uma pequena estrada. O
passeio de um dos lados era composto por grandes lajes com aspeto de já terem
sido usadas há vários séculos.
Estávamos a
chegar à vila de Strelley e logo à entrada a explicação. Estas lajes faziam
parte do chamado caminho dos monges do século XIV e que ligaria os mosteiros e
fazia a ligação a Nottingham e ao rio Trent. Conta a lenda que os monges usavam
mulas para o transporte das lajes e que traziam uma de cada vez que usavam o
caminho.
A ocupação de
Strelley já vem desde os tempos romanos.
Perto da atual localidade havia um forte romano. No entanto, os
primeiros habitantes do local terão sido
um grupo de bárbaros. O primeiro registo da vila é porém de 1086 e encontra-se
no chamado “Domesday Book”, um um
grande levantamento da Inglaterra,
uma espécie de recenseamento, mandado fazer por Guilherme
I de Inglaterra.
A vila sofreu muito durante a Peste Negra de 1348: dos seus
300 habitantes, morreram mais de 200! Como gratidão por ter sido poupado, Sir
Sampson de Strelley mandou erigir a Igreja de Todos os Santos em 1350.
O edifício mais importante de Strelley é o chamado “Strelley
Hall”, uma casa senhorial que passou por diversas fases. As antigas cavalariças foram transformadas num simpático café, o Mulberry Tree Café, onde se comem uns
deliciosos scones e bolos caseiros.