Estávamos no Porto e resolvemos descer a pé a Avenida Boavista até à Foz.
O passeio de quase 5 km faz-se muito bem e podemos ir admirando as vivendas que se encontram ao longo da avenida.
Por fim chegámos ao Castelo do Queijo que na realidade se chama CASTELO
DE S. FRANCISCO XAVIER DO QUEIJO. Segundo consta no sítio onde foi edificado
havia uma enorme pedra de forma arredondada, semelhante a um queijo – daí o
nome.
É um pequeno forte, diretamente junto ao mar, maciço. A entrada está
decorada com o escudo de armas portuguesas. Do fosso original só resta uma
parte e nada já existe da ponte levadiça que lhe dava acesso. Foi construído a
expensas da cidade do Porto durante a guerra da Restauração possivelmente, pelos
anos de 1661 ou 1662.
Durante o famoso cerco do Porto esteve ocupado pelas forças
miguelistas, apesar do bombardeamento insistente das baterias da luz e dos
navios liberais. Depois da jornada de Lordelo foi abandonado e saqueado sendo
em 1839 entregue à guarda da companhia de Veteranos. Em 1846, durante a Revolta
da Maria da Fonte (podia agora cantar-te a canção da Maria da Fonte….) e tendo sido
ocupado pelas tropas da Junta do Porto, foi alvejado pela fragata Iris, fiel ao
governo de D. Maria II. Em 1890, ficou entregue à Guarda-Fiscal que lá
permaneceu até 1910. Em 1949 foi cedido ao Núcleo da Brigada Naval da Legião
Portuguesa do Porto que ali esteve instalado até ao 25 de Abril. Atualmente
encontra-se à guarda da Associação de Comandos. Um dos Comandos ocupou uma das
salas para fazer uma exposição/venda das obras de arte da mulher, do filho e da filha.