Foi ontem inaugurada, no Museu Arpad
Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa, a exposição “Da História das Imagens”
do artista Manuel Casimiro, que ali nos mostra cerca de 100 obras em torno da trabalhos
fotográficos – onde não falta a sua marca pessoal: o ovóide. A curadora da
exposição é Isabel Lopes Gomes que também assina o documentário “Manuel
Casimiro: Pintar a Ideia”, dedicado à sua vida e obra. A exposição estará patente até 17 de março.
As obras aqui
patentes mostram o seu trabalho fotográfico de 1972 e 1988, dividida por séries:
“A Cidade” (1972); “Projeto Praia da Luz” (1974); “Projeto com Frutos e
Legumes” (1976); “Projeto para o Porto de Nice” (1976); “Autorretratos”
(realizados desde 1977, nomeadamente a série “Moi, je n’existe pas”); “Le
Cauchemar”, de 1980, e “Vénus e o Amor”, de 1988.
(Fotografia do Museu Vieira da Silva - Arpad Szenes) |
Algumas destas
obras “constituem um momento singular no percurso de Manuel Casimiro e
evidenciam questões fundamentais como a serialidade, a relação com o
cinematográfico, a inscrição do reprodutivo e a estética de apropriação”,
acrescenta o texto.
O documentário de
Isabel Lopes Gomes dá a conhecer grande parte do trabalho de Manuel Casimiro, que
abrange pintura, fotografia, instalação e escultura, e que conta com
depoimentos do próprio artista de escritores, filósofos, historiadores e
críticos de arte.
Nascido no
Porto, em 1941, Manuel Casimiro conta com dezenas de exposições individuais e
coletivas em diversos países europeus, nos Estados Unidos, Brasil, Japão e
China.
Em Portugal, a
sua obra está presente no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste
Gulbenkian, no Museu Coleção Berardo, e na Fundação de Serralves, entre outros.