sábado, 28 de setembro de 2019

Banguecoque e Laos - 8º dia

Despertar cedo para irmos à procissão dos donativos aos monges. Quando a pré-aurora desponta, os monges saem dos templos de Luang Prabang e percorrem ordeira e silenciosamente a rua Sakkaline onde os fiéis lhes dão arroz cozido e doces. Nesta ronda, os monges recebem a ração diária de alimentos. 






Tomámos o  pequeno-almoço junto ao rio Mecong. Experimentei khao piak khao (porridge de arroz com ovos), uma canja de galinha muito espesso com tiras de ovos fritos. 
Às 10h20 partimos Mecong acima até às caves de Pak Ou onde chegámos às 12h05. 
A viagem - infelizmente muito barulhenta por causa do motor -  é muito bonita graças às altas colinas cobertas de vegetação no meio das quais corre o rio. De quando em quando uma aldeia de pescadores donde se eleva uma coluna de fumo das lareiras onde se cozinham as refeições. Junto ao rio homens pescam ou reparam as redes e mulheres lavam a roupa e aproveitam para tomar banho. 

Paragem a meio do trajeto para pôr combustível. Durante muito tempo condutor olhou para trás desconfiado de que alguns ervas do rio se tivessem enrolado - e nós a temer ficar parados no meio do rio. 
São duas as caves de Pak Ou. Não se Um abraço ao certo desde quando são usadas. Há registos do século XV onde já se fala das caves como importante centro de peregrinação. 
A cave inferior - tham thing- de fácil acesso a partir do barco tem ainda centenas e centenas de estátuas de Buda de todos os tamanhos - de alguns centímetros a 1,5 m - que bem atestam a religiosidade dos pessoas. 
Ligada por uma escada com 240 degraus, está a cave superior - tham phoum - que além das centenas de estátuas de Buda tem igualmente uma stupa. A escuridão dentro da cave é total - apesar de haver fios elétrico um holofote -, pelo que uma lanterna é essencial. 


No caminho de regresso a Luang Prabang, o condutor do barco parou na aldeia de Sang Hai, que significa “fabrico” (sang) de recipientes  de barro (hai). Esta aldeia é famosa pela sua aguardente de arroz, que os aldeões chamam “whisky de arroz”. 


É preciso ter tempo, como tudo no Laos. Primeiro o arroz gomoso fica a fermentar num recipiente de barro durante duas semanas. Só depois é destilado. O produto obtido tem 50% de graduação alcoólica! A bebida só fermentada sem destilação só tem 15%. A aldeia vive do artesanato - fiação de linho e algodão, tecelagem e bordado - e respectivo comércio. 
Mas a grande sensação do regresso foram os elefantes que vimos passeando à beira rio.


Terminámos o passeio com um belo almoço tardio à beira rio: crepes fritos, carne de vaca agridoce, legumes salteados e camarão frito estaladiço. 
No caminho para o hotel ouvimos uns sons de tambor. Fomos ver. Uns cinco monge budistas estavam a bater vigorosamente  num tambor deitado , por ordem cronológica de nascimento. Era precisa muita força para o fazer e o mais pequeno, talvez com 9 - 10 anos, brilhava de suor ao bater com força e em ritmo rápido num tambor que era o quádruplo dele. 


O pôr do sol foi, como não poderia deixar de ser, no cimo do monte Phu Si, que se eleva no meio da cidade. Não fomos só nos que tivemos essa ideia. Após subirmos os 328 degraus, ficámos boquiabertos ao ver imensa gente no cimo do monte - entre as pessoas, estudantes das escola de Lusang Prabang que vão até para praticar o Inglês com os estrangeiros. Uma ótima ideia! Perguntam educadamente se podem falar connosco. os diálogos que se seguem dependem do grau de conhecimento dos alunos.