domingo, 19 de abril de 2015

Luxo informal, sol, luz e mar em The Oitavos

Era uma vez um senhor muito abastado que se apaixonou por uma grande terra junto ao mar que só tinha dunas e vegetação rasa. Este senhor comprou essa terra a pensar nos filhos. Estes porém zangaram-se quando o pai morreu e não se falaram durante várias décadas. Todos queriam o quinhão maior. Quando finalmente, passados muitos anos, dividiram a terra, começar a investir. Construíram um picadeiro, um spa, um hotel. E de todo o mundo acorriam as pessoas para desfrutar das maravilhas operadas.

Uma lenda? Não, esta é a história da Quinta da Marinha e do hotel The Oitavos, entre Cascais e o Guincho.
Em 1920, Carlos Montez Champalimaud, médico-cirurgião, empresário e visionário, compra ao conde de Moser os terrenos inóspitos, arenosos e quase desérticos, onde se encontra a Quinta da Marinha, para os quais anteviu grande potencial urbanístico.
Para  estabilizar as dunas, inicia em 1922 um programa de plantação de pinheiros em todo o terreno. Em 1937, constrói um centro hípico.
Após a sua morte, os projetos ficaram parados por os irmãos, desavindos, não acordarem com a herança. Na década de 1970, os terrenos da Quinta da Marinha foram finalmente divididos. Carlos de Sommer Champalimaud, um dos quatro filhos de Carlos Montez Champalimaud, deu continuidade ao projeto inicial do pai, ampliando-o. Foram construídas estradas, abertos furos para o abastecimento de água.
Em 2001, foi construído o campo de golfe de 18 buracos, em 2004 um ginásio e clube desportivo de última geração e, finalmente, em 2010, foi inaugurado o hotel The Oitavos, o culminar do grande sonho, da visão e da filosofia desta família.
É com grande entusiasmo que Miguel Champilamud, diretor-geral do hotel e bisneto do fundador da Quinta da Marinha, fala do The Oitavos e do envolvimento de toda a família no planeamento do hotel.
“Queríamos algo inovador para a região”, conta aos Cadernos de Viagem Miguel Champalimaud. “Na região de Cascais a maioria dos hotéis de luxo foram construídos a partir de casas apalaçadas existentes. Nós construímos de raiz, tirando partido da península onde estamos instalados”.
O projeto foi dado ao arquiteto José Amaral Anahory que criou um edifício em forma de um Y perfeito, de braços simétricos, permitindo assim que todos os quartos tenham vista para o mar.
O azul do mar, ali tão perto e sempre no campo de visão dos hóspedes, reflete-se igualmente no interior do edifício, cujo interior é todo em azul.
Estátuas de  arquiteto José Amaral Anahory estão espalhadas pelo empreendimento
“Sabemos que a grande maioria dos turistas que visitam a região de Cascais são do Norte e do Centro da Europa vêm com grande sede de sol e de luz”. Assim, todo edifício tem paredes de vidro para deixar entrar a luz e o sol.
Piscina exterior
Outra característica importante é a sensação de espaço que se tem no hotel. Todo o andar térreo é um open space com 2000 m2, cheio de luz, onde informalidade, design  contemporâneo e luxo estão de mãos dadas.
Todos os móveis —sofás, mesas, biombos — têm rodas. A decoração do espaço é assim facilmente mudada conforme as necessidades dos clientes.
Tudo sobre rodas
Também o layout dos quartos se baseia no conceito de open space.  As grandes varandas permitem “aumentar” o quarto para o exterior. O hotel tem 143 quartos de hóspedes, todos com soalheiras varandas privativas.
Especialmente espaçosos são os “Premium loft corner”, com uma área de 120 m2, e configurados como uma suite em open space  com casa de banho integrada e uma ampla zona de estar.  As fantásticas varandas permitem uma vista do oceano a 180º.
O creme de la creme do The Oitavos é a vila, privada, com 120 m2, escondida entre as dunas, com sala de estar, cozinha equipada, terraço/solário e piscina privada de água salgada aquecida.
Aliás, as duas piscinas comuns do hotel, a interior, no spa, e a exterior são de água salgada e aquecida — as únicas aquecidas do concelho de Cascais.
A sauna com vista para o exterior
A um hotel de luxo não poderia faltar um spa. Um espaço mágico de paz e tranquilidade,  em completa harmonia com a natureza, o spa oferece um serviço completo que proporciona uma abordagem completamente natural de bem-estar, ao combinar as propriedades curativas da água do mar com uma seleção de tratamentos orgânicos de saúde e beleza inspirados no oceano. São usados em exclusivo produtos Voya, uma marca irlandesa conhecida pelos seus excecionais tratamentos de beleza, cosméticos e terapias biológicas certificadas à base de algas marinhas. 
Piscina interior
O bem estar gastronómico, da responsabilidade do chef Cyril Devilliers, também não foi esquecido, com uma alargada oferta inovadora.
Um recanto do restaurante Ypsilon
O The Oitavos tem diversas zonas de refeições. O Ipsylon Restaurante & Bar é um espaço informal com um ambiente elegante e cosmopolita. Uma cozinha onde as influências da costa atlântica e da cozinha tradicional portuguesa e francesa se associam e combinam na perfeição. Ao jantar,  “Le Diner du Chef” é a proposta gastronómica de excelência, a escolha diária do Chefe. Para os que procuram algo diferente, “The chef’s table” é a resposta: sentados no meio da cozinha,  os clientes podem deliciar-se com um menu de degustação preparado especialmente por Cyril Devilliers.
À 6º feita e ao sábado um dos três bares do hotel transforma-se num japonese bar, onde o sushi master  prepara à frente dos clientes sushi e sashimi numa nova fusão de sabores.
The Oitavos é assim mais do que um hotel, é uma experiência de sol, luz e gastronomia.