Salão |
A 1 de março de 1912, foi fundada em Sofia, a Academia
Militar Georgi Rakovski, a instituição militar de ensino
superior mais antiga da Bulgária, tendo recebido o nome Georgi Sava Rakovski.
Porém, só pôde ser inaugurada em janeiro de 1915 por causa das duas Guerras dos
Balcãs de 1912-1913.
Desde a sua criação, a academia tem sido a
principal instituição de formação de comandantes e pessoal militar na Bulgária
e não só e a principal instituição no domínio da segurança nacional e das ciências militares, bem como da
compatibilidade operacional da NATO.
A academia forma 1 500 oficiais e civis por ano e tem 148 professores
qualificados.
Ao longo de
todo o período da sua existência, a Academia Militar tem tido um papel muito
importante não só no exército, mas também na vida pública da Bulgária. É uma
instituição académica de grande prestígio com um enorme potencial, um foco de
conhecimento militar, um símbolo da ciência militar nacional e um local onde o
pensamento teórico militar búlgaro é forjado. É, sem dúvida, o centro de
ciência e educação militar mais importante do país.
Foi uma
decisão rápida. No dia seguinte, o relatório sobre a criação da Academia foi
aprovado pelo Czar Fernando I. “Congratulo-me com a apresentação deste projeto
de lei na 15ª Assembleia Nacional Ordinária e felicito o exército por esta
feliz decisão”. Três dias depois, o Ministro da Defesa anuncia a decisão e o
projeto de lei é submetido à apreciação e aprovação da Assembleia Nacional.
As
atividades académicas começar a 4 de Janeiro de 1915 com a presença d Czar. Mas
mais uma vez, surgiram problemas. Os estudantes não puderam terminar o curso, porque,
entretanto, a I Grande Guerra chegou à Bulgária no outono desse ano. Todos os
oficiais do exército búlgaro foram enviados para as suas unidades e os cursos interrompidos.
No entanto,
o final da guerra não trouxe consigo tempos melhores. Nos termos do Tratado de
Neuilly, assinado com os países da Entente no outono de 1919, a Bulgária
encerrou todos os seus centros de oficiais na reserva e instituições de
formação militar. Apenas a Academia Militar permaneceu. Apesar das cláusulas
restritivas do contrato, em 1922, a Academia Militar começou a sua existência
em segredo nas instalações da Escola Militar de Sófia, mas disfarçada de Curso
de Formação de Instrutores, mantendo-se nesta forma até 1938.
Mas nova
guerra começou na Europa. Em 1946, os alunos regressaram à acidemia militar,
que recebeu então o nome do escritor revolucionário e Georgi Stoykov Rakovski.
Nos anos
seguintes, assistiu-se a uma série de mudanças no país – e na Escola Superior
de Defesa - relacionadas com a sua transição para um modo de existência em
tempo de paz, com a racionalização da experiência da guerra e, sobretudo, com a
aspiração do Partido Comunista a assumir o controlo da instituição. Tudo isto
se refletiu na implementação de reorganizações estruturais e de pessoal
básicas, bem como na formação e educação ideológica do seu pessoal.
Fooram
também iniciados programas de investigação científica. Em 1954, foram admitidos
os primeiros doutorandos, foram atribuídos os primeiros títulos académicos e
foi eleito o primeiro professor.
Foram
criadas novas faculdades, incluindo a preparação do pessoal de comando e dos
responsáveis pela ideologia, e conselhos científicos especializados em ciências
militares, filosóficas e económicas. Especialistas militares da União
Soviética, de Cuba, do Iémen e do Vietname também iniciaram a sua formação na
instituição.
As
condições em que esta Academia Militar existiu nos anos da Guerra Fria tiveram
um impacto na sua estrutura e nas matérias curriculares. Os seus contactos eram
limitados no âmbito do Pacto de Varsóvia e o processo de aprendizagem tinha
basas ideológicas.
As
profundas mudanças sociopolíticas que ocorreram em todas as esferas públicas na
Bulgária após a queda da chamada “Cortina de Ferra” em1989 afetaram também esta
instituição. Houve que a despolitizar e
despartidarizar. As estruturas políticas do Partido Comunista foram
abolidas e a faculdade político-militar, juntamente com os departamentos
ideológicos da academia, foi encerrada.
A nível
político e governamental foram iniciados contactos com a OTAN e com as
estruturas científicas militares dos seus países membros e dos países vizinhos.
A integração do ensino militar e civil foi acelerada.
Desde 2000,
a cooperação internacional da academia tem vindo a expandir-se. Atualmente,
mantém relações oficiais com mais de 20 instituições similares de outros
países.
A Academia
Militar não está fechada à sociedade. O seu salão pode ser alugado para eventos
sociais.