quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Banguecoque e Laos - 6º dia

Com medo do trânsito de Banguecoque saímos cedo do hotel para o aeroporto. Tinham-nos dito que deveríamos contar com 1 h a 1h30. O que é certo é que chegámos ao aeroporto Don Mueang em somente 30 minutos! Como ocupar o tempo do check-in até à partida?
À chegada ao aeroporto chamou-nos a atenção um templo ali bem parto. Dito e feito decidimos ir visitá-lo. Em boa hora o fizemos, pois é muito bonito.
O Wat Don Mueang começou a ser construído por volta do ano 1894 por Phra Ajahn Chah, um monge que viajava de barco. Parou junto a Khlong Prem e viu o Buda a descansar no barco. Toda a população de Khlong Prem ajudou a construir um templo, usando bambu para fazer a estrutura e palha para o chão. Mais tarde, a população voltou a ajudar para construir outro pavilhão. Nessa altura o tecto também era coberto de palha.
O templo wat don mueang


O interior do templo







Monges numa cerimónia funerária

Um voo da low cost Air Asia, do luso-descendente Tony Fernandes, levou-nos do aeroporto Don Mueang de Banguecoque (MDR) até Vienciana, a pacata capital do Laos.
A cidade foi declarada capital do Reino do Laos em 22 de outubro de 1953, após a declaração formal da independência em relação a França. O país passava por uma série de conflitos em as diversas facções políticas. Durante a Guerra do Vietname, o país serviu de apoio às tropas americanas e Vienciana deu um grande passo no seu desenvolvimento - com toas as suas consequências, incluindo o aumento da prostituição e proliferação de bordéis. Em 2 de dezembro de 1975, o partido comunista tomou o poder. As elites financeiras e intelectuais saíram do país que entrou em regressão. Recomeçou a desenvolver-se no início dos anos 90 do século XX, tendo ainda um longo caminho a percorrer.
O aeroporto de Venciana é pequeno e depressa chegámos ao nosso hotel com uma ótima localização.
Como estava muito calor, mergulhámos na piscina, deixámos as malas no quarto e saímos à descoberta a pé da cidade.
A capital parece uma vila. Muito pacata.
Antes de chegarmos à avenida principal, a Lane Xang, rasgada à imagem dos Campos Elisios franceses, parámos no That dam, parto da embaixada americana. O nome - stupa (that) preta (dam) - reflete o monumento elegante sobre uma base octogonal, de cor escura. Não há registos da fundação deste templo, mas pensa-se que será do início da era Lan Xang, ou srja, do século XIV/XV. Diz uma lenda que na stupa vive uma serpente naga que protege a capital e os seus habitantes.


That dam
Seguindo pela rua da embaixada chegámos à Avenida Lane Xang, muito larga, no cimo da qual brilha o Patuxai (o arco de triunfo) e o parque adjacente, muito usado pela população ao final do dia. Hoje estavam lá também os estudantes finalistas a tirar as fotografias com os seus fatos das licenciaturas.
No meio do parque, mesmo atrás do arco de triunfo está uma enoje estátua de elefantes feitos somente com chávenas, pratos, pires, talheres etc de porcelana
Patuxai

Patuxai

Estátua de porcelana
Descendo a avenida pela direita temos a meio o Talat Sao, o mercado matutino, mas que funciona tido o dia e onde se encontra tudo, incluindo uma enorme coleção das saias típicas laocianas (sin), que se enrolam à volta da cintura.
Mais adiante temos o templo Wat Si Saket, mandado construir pelo rei Anouvong.
No outro extremo da avenida encontra-se o palácio do presidente e ao lado o templo Ho Pha Keo, o templo do rei por ser mantido pela casa real. Este templo não se chama Wat mas somente Ho (sala) porque aqui não vivem, nem nunca viveram monges.
Wat Si Saket


A presidência da república está instalada num belo edifício art deco, que nos tempos coloniais servia de residência do governador. Tem um belo jardim virado para o rio Mekong.
Junto ao rio funciona todos os dias o mercado da noite com grande oferta comercial a preços mais do que acessíveis e muitos restaurantes de rua.