quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Banguecoque e Laos - 9º dia

Último dia da nossa viagem. Tínhamos tempo até às 15h. Decidimos visitar o que nos faltava: o templo Wat Xieng Thong e o antigo palácio real, agora transformado em Museu Nacional.
Em 1556, depois do rei Setthathirath ter mudada a capital de Luang Prabang para Venciana, fundou o convento Xieng Thong, da Cidade Dourada, para reforçar a importância religiosa da cidade. Quando em junho de 1887 as hordas dos Ho atacaram e destruíram a cidade, o templo foi poupada porque o seu líder tinha sido noviço aqui.

Wat Xieng Thong

Wat Xieng Thong

O objeto mais importante neste templo é, sem dúvida, o carro funerário que, em 1960, transportou a urna com corpo, em posição fetal, do rei Sisavang Vong de Luang Prabang para o wat That Luang, em Vienciana, onde foi cremado.
O complexo deste templo inclui vários edifícios que albergam várias estátuas de budas.
Do templo há uma escadaria muito íngreme até ao rio Mekong.
Continuámos o nosso passeio pela rua Sakkarine, ladeado de pequenas lojas e de muitos templos.
Monges a preparar a festa do dia 24 de outubro




Até que chegámos ao final da península onde o rio Khan desemboca no rio Mekong.
No parque um grupo de alunos estava a fazer um piquenique com dois professores e cantavam. Estavam alinhados em três filas e batiam as palmas enquanto cantavam. Nós sentámo-nos em frente como num concerto. As crianças cantavam bem e foi um prazer ouvi-las. Retribuímos cantando duas canções tradicionais portuguesas.



Chegámos ao Ho Khan, o palácio real, às 13h30, à hora que deveriam reabrir depois de almoço. Mas... o almoço dos funcionários deve ter-se atrasado e só abriram o guichet 5 minutos depois.
Há regras de vestuário para se visitar o palácio: não se pode estar de ombros nus nem mostrar os joelhos. Vinha preparada para tapar o meu top. Quanto aos calções, que eram bermudas mas ligeiramente por cima do joelho,... puxámo-lo para baixo. Felizmente a túnica e as camisas que tínhamos eram longas e nem se notava que os calções estavam em baixo...
O complexo onde está inserido o palácio real foi mandado construir em 1904-09, pelo rei Sisavang Vong, após a sua coroação, substituindo o palácio anterior madeira. Rompeu com a tradição, tanto no que respeita o estilo como o material usado. Até então a pedra era usada exclusivamente em edifícios religiosos. Todos os outros teriam de ser construídos em madeira.
Na parte superior da entrada do palácio pode ver-se um chapéu de chuva sobre Airavata, o elefante com três cabeças, que simboliza os três reinos históricos laocianos, e várias serpentes Naga entrelaçadas, simbolizando chuva e fertilidade.

Logo à direita de quem entra está, imponente, o belíssimo templo Ho Pha Bang, construído no estilo próprio de Luang Prabang, e que alberga a estátua do Buda Pha Bang. Segundo a lenda, esta estátua terá vindo do Sri Lanka, onde um monge a terá decorado com diversos metais e cristais. Esta figura de 54 kg terá sido feita no Cambodja em ouro, prata e bronze. Terá sido trazida em 1358 de Anghor Wat pela rainha consorte de Fa Ngum.
Templo Ho Pha Bang

Depois da visita fomos rapidamente para o hotel onde tomámos um duche e partimos para o aeroporto. Nem tivemos tempo para o almoço. Mas ao chegarmos ao aeroporto vimos um restaurante de rua com uns grelhados que nos pareceram feitos para nós. Após o check-in fomos até lá. Sobre a grelha estavam pedaços de entremeada e rabo de porco vem estaladiços. Não resistimos e comprámos. Sentámo-nos no hall do aeroporto e abancámos. Uma delicia! Bem temperado e bem grelhado.
Voo Luang Prabang na Bangkok Airways, Asia’s boutique airline, num avião ATR72-600. Esta companhia aérea ganhou dois prémios Skytrax: World’s best regional airline e Best regional airline in Asia. E com razão. Pessoal de terra muito competente e disposto a resolver desafios (pedimos para fazer through check-in das nossas bagagens até Lisboa, para onde voamos a partir de Banguecoque via Dubai na Emirates), pessoal de bordo muito simpático e serviço de bordo requintado (talher de metal, folhado - infelizmente não estaladiço - de perto de frango, pudim verde de côco, vinho, cerveja, sumos, água, chá e café). Descolámos 15 minutos antes da hora programada, tendo chegado às 19h10, em vez das 19h35 programadas - sem vantagem para nós, pois o nosso voo para o Dubai só partiria à 1 da manhã.