quarta-feira, 18 de abril de 2018

Galerias da Justiça de Nottingham



Paragem obrigatória de qualquer visita a Nottingham, para além do castelo e de um passeio pela famosa Floresta de Sherwood, é nas Galerias da Justiça, cujo tribunal data do século XIV.
A visita está muito bem concebida com guias/atores que desempenham vários papéis como guardas prisionais ou como encenadores de peças de teatro e que vão explicando aos visitantes a história não só da justiça em Nottingham e em Inglaterra assim como a do edifício.
No hall de entrada somos recebidos por um “juiz”, vestido a rigor que nos faz a introdução ao edifício e nos leva à sala do tribunal, onde põe os visitantes como protagonistas dum caso que deu muito de contar: o de assassínio da mulher dum famoso médico. E com historietas interativas se vai contando a história do edifício e do sistema prisional e de justiça no Reino Unido.
Parece que os primeiros a usar este local para fins oficiais foram os normandos, que designavam xerifes para manter a paz e cobrar impostos— daí o local ser conhecido por “Sheriff's Hall” ou “The County Hall “ ou mesmo “The Kings Hall”
Os primeiros registos escritos sobre o local ser usado como tribunal são de 1375 e como prisão de 1449.
Em 1724, o tribunal ruiu e um novo foi construído no mesmo local entre  1769 - 1772  - como está inscrito no edifício “Este tribunal foi edificado no ano de MDCCLXX , no décimo ano do reinado de Sua Majestade o Rei Jorge III.“ 
À frente do edifício foi colocada uma paliçada de ferro para ajudar a controlar melhor as multidões, que poderiam ficar descontroladas durante os enforcamentos públicos, que eram um espetáculo muito popular.
A última pessoa a ser enforcada publicamente foi o talhante Richard Thomas Parker  em 1864—um “espetáculo” visto por mais de 10 000 pessoas.
No último quartel do século XIX, um novo incêndio voltou a destruir o tribunal que voltou a ser construído entre 1876 e 1879. No entanto, a prisão fechou definitivamente em 1878 por causa das suas más condições.
No início do século XX, em 1905, foi ali instalada uma esquadra da polícia.
Finalmente, em 1986, fechou-se este local de “crime e castigo”.