sexta-feira, 3 de março de 2017

Botsuana - dia 5 Cataratas de Vitória





Acordámos com as nossos jipes rodeados de uma família de javalis com inúmeras crias. Um pouco mais afastada uma impala - que depois até se atreveu a vir junto de nós e comeu a comer da mão da B.
O plano para hoje era ir até às Cataratas de Vitória. Mas não queríamos ir com os nossos jipes porque iria ficar muito caro e burocrático, além de ficarmos à mercê de polícias corruptos. Ou seja, o  mais importante hoje era tratar de arranjar um transporte para as cataratas. Apesar de normalmente esses passeios se organizarem de véspera , fizemos ver aos agentes que há que saber dar a volta e se tinham ali 6 clientes que queriam um serviço deveriam arranjar -lho. E após alguns telefonemas, TT (os bostuanianos têm nomes muito complicados de pronunciar e simplificam usando somente iniciais) disse -me que dentro de uma hora e meia chegaria o carro para nos levar às Cataratas. 
Mas ainda mais importante era esclarecer o arranjo do jipe. Após vários telefonemas para a África do sul, conseguimos um contrato do representante local da Britz que veio ter connosco ao campo. Ouviu os ruídos e disse que o jipe não estava em condições de ir para a estrada. 
Combinámos então que a Britz trataria de arranjar uma solução e que voltaríamos a falar ao final do dia. 
Fomos então para às Cataratas de Vitória. Para dar a volta à burocracia, estes passeios fazem-se com dois carros: um vai do hotel à fronteira bostuaniana e o outro vai da fronteira do Zimbábue até às Cataratas. Os funcionários botsuanianos da fronteira são muito simpáticos e descontraídos e até sabem umas palavrinhas em Português, possivelmente graças à proximidade de Angola. 
O Zimbábue faz negócios com os turistas - não nos importamos só lamentamos que os lucros não sejam usados para bem do povo. O visto de entrada no país custa US$30 ou, querendo pagar em euros, €30!
Da fronteira a Victoria Falls - é assim que se chama a localidade - é mais ou menos 30 minutos de carro. A cidade vive do negócio do turismo das cataratas. Estás estão num parque cuja entrada custa US$30. 
Segundo consta o primeiro europeu a ver às cataratas foi o explorador inglês David Livingstone. Ficou tão maravilhado que as dedicou à sua rainha , a rainha Vitória.  
As águas do rio Zambeze chegam aquele local e caem dum altura de 98  numa de mais de um quilómetro. A força da queda da água é tão forte que a neblina que provoca ao cair sobre até ao cimo, vendo-se a grande distância. 
A beleza destas cataratas deixa-nos extasiados. Podemos ficar horas a olhar as água revoltas do Zambeze a cair pelo precipício. 
O parque em frente das cataratas está muito bem cuidado com vários pontos de observação. O passeio começa na grande estátua de Livingstone, onde encontrámos muitas sericatas. Todos os outros 15 pontos são mesmo em frente das cataratas, sendo o mais excitante o chamado "danger point", o único sem proteção. 
Regressámos a Kasane ao final da tarde. Entrada no Botsuana tivemos de passar por um tapete de desinfetante para desinfectar as solas dos sapatos.
Voltámos a ligar para Joanesburgo para saber que decisão tinha sido tomada. Nem queríamos acreditar na resposta que nos deram: "Não falámos com ninguém". 
Tivemos que lhes explicar bem claramente que tínhamos de sair de Kasane mesmo no dia seguinte pois dali a dois dias seria o nosso voo para a Europa.
Ligaram-nos alguns minutos depois para nos dizer que fossemos no dia seguinte à oficina da Toyota. Onde ? Que procurássemos ....
 Ficámos tão aborrecidos que resolvemos ir jantar fora em vez de fazer o churrasco planeado. GG, o recepcionista, aconselhou-nos o restaurante do "Lodge" em frente onde comemos uns filetes de um Peixe do rio, panados, com legumes , e uns  deliciosos bifes, muito tenros. 
Amanhã será outro dia.

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