Como temos limite de bagagem, o outro problema que surge ao fazermos a mala é onde arrumar roupa e brinquedos que queremos distribuir pelas populações. Decididamente, não há espaço para tudo.
Pois bem, mochila feita. Check-in feito. A viagem pode começar.
Terras do Fim do Mundo. A administração colonial portuguesa assim chamou à maior província de Angola, no sudeste do país. Bem longe dos centros de decisão, ninguém queria ir para lá. Faltava infraestruturas. Era mesmo o fim do mundo
O governo do novo país quis mudar o destino dessa província. Começou por lhe alterar o nome para Terras de Progresso devido ao seu potencial económico.São 192 mil km2 cruzados por muitos rios com clima tropical a semi-desértico. A região tem boas perspetivas turísticas graças à sua fauna de grandes e pequenos animais africanos - palancas, elefantes, rinocerontes, hipopótamos, leões, hienas, onças, pacaças, etc. - à grande variedade de aves que atraem os ornitólogos de todo o mundo.
Os rios com as suas águas límpidas são bons para a prática da piscicultura. As terras férteis e as ótimas condições climáticas favorecem o desenvolvimento da agricultura. Atualmente as culturas exploradas são essencialmente alimentares (milho, feijão, mandioca, batata doce), mas a região tem potencial para o café e a cana do açúcar.
Amanhã partimos para Luanda e no seguinte começará a aventura africana. Em 13 etapas, num total de 4 000 km, iremos até ao Bico, o canto angolano que faz fronteira com a Namíbia e um pouco mais norte com a Zâmbia.
Pela 9ª vez, a Câmara de Almada organiza um raid por terras angolanas no âmbito do acordo de geminação com Porto Amboim, na província angolana do Kuanza Sul "com o objectivo de divulgar o turismo ecológico e o intercâmbio cultural com a comunidade angolana".